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Copom mantém taxa de juros em 13,75%; decisão não foi unânime

Publicado 21.09.2022, 18:06
Atualizado 21.09.2022, 18:38
© Reuters.

Por Leandro Manzoni

Investing.com - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve nesta quarta-feira (21) a taxa básica de juros em 13,75%, em linha com a expectativa de mercado. A decisão não foi unânime, com Fernanda Magalhães Rumenos Guardado e Renato Dias de Brito Gomes votando por uma alta residual de 25 pontos-base. 

O colegiado decidiu pela manutenção da taxa Selic devido a um cenário de incertezas e "um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva", reiterando que a taxa nesse patamar é "compatível com a estratégia de convergência da inflação" próximo às metas de 2023 e, em menor medida, de 2024.

Embora tenha reiterado que pode voltar a subir a taxa de juros caso não haja um processo de desinflação e como tampouco da queda das expectativa em relação às metas de inflação, o Copom fechou a porta para novos aumentos, reiterando a estratégia atual de manutenção da taxa Selic em 13,75% por "um período suficientemente prolongado".

LEIA MAIS: Conforme expectativa, Fed eleva taxa de juros em 0,75 ponto percentual

Balanço de risco

O Copom destaca em seu comunicado pós-decisão os riscos de continuação da alta inflacionária, como também da possibilidade de queda dos índices de preço. Entre os riscos de alta estão:

1) Persistência das pressões da inflacionárias globais, como choque de oferta devido à guerra entre Rússia e Ucrânia e gargalos na cadeia de suprimentos devido a restrições da Covid-19.

2) Incerteza do arcabouço fiscal e de novos estímulos que sustentem a demanda agregada;

3) hiato do produto mais estreito que o utilizado pelo Copom

Entre os riscos de baixa estão:

1) Maior queda do preço das commodities;

2) Desaceleração econômica global maior do que o esperado;

3) Manutenção dos cortes impostos (cuja reversão é planejado para 2023).

LEIA MAIS: Mais aumentos nos juros à vista, indica o Federal Reserve

Confira o comunicado na íntegra abaixo:

Em sua 249ª reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 13,75% a.a.

A atualização do cenário do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:

  • O ambiente externo mantém-se adverso e volátil, com contínuas revisões negativas para o crescimento das principais economias, em especial para a China. O ambiente inflacionário segue pressionado, enquanto o processo de normalização da política monetária nos países avançados prossegue na direção de taxas restritivas;
  • Em relação à atividade econômica brasileira, a divulgação do PIB apontou ritmo de crescimento acima do esperado no segundo trimestre, e o conjunto dos indicadores divulgado desde a última reunião do Copom seguiu sinalizando crescimento;
  • A inflação ao consumidor, apesar da queda recente em itens mais voláteis e dos efeitos de medidas tributárias, continua elevada;
  • As diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação;
  • As expectativas de inflação para 2022, 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 6,0%, 5,0% e 3,5%, respectivamente; e
  • No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de USD/BRL 5,20*, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária "verde" em dezembro de 2022 e "amarela" em dezembro de 2023 e de 2024. Nesse cenário, as projeções de inflação do Copom situam-se em 5,8% para 2022, 4,6% para 2023 e 2,8% para 2024. As projeções para a inflação de preços administrados são de -4,0% para 2022, 9,3% para 2023 e 3,7% para 2024. O Comitê optou novamente por dar ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, que reflete o horizonte relevante, suaviza os efeitos diretos decorrentes das mudanças tributárias, mas incorpora os seus impactos secundários. Nesse horizonte, referente ao primeiro trimestre de 2024, a projeção de inflação acumulada em doze meses situa-se em 3,5%. O Comitê julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual.

O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; (ii) a incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e estímulos fiscais adicionais que impliquem sustentação da demanda agregada, parcialmente incorporados nas expectativas de inflação e nos preços de ativos; e (iii) um hiato do produto mais estreito que o utilizado atualmente pelo Comitê em seu cenário de referência, em particular no mercado de trabalho. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma queda adicional dos preços das commodities internacionais em moeda local; (ii) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e (iii) a manutenção dos cortes de impostos projetados para serem revertidos em 2023. O Comitê avalia que a conjuntura, ainda particularmente incerta e volátil, requer serenidade na avaliação dos riscos.

Considerando os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2023 e, em grau menor, o de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

O Comitê se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação. O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza. Os seguintes membros votaram por uma elevação residual de 0,25 ponto percentual: Fernanda Magalhães Rumenos Guardado e Renato Dias de Brito Gomes.

*Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio USD/BRL observada nos cinco dias úteis encerrados no último dia da semana anterior à da reunião do Copom.

 

Últimos comentários

Último a comprar Cyrr3 é a mulher do padre. Hoje ibov tem tudo pra dar a porrada do século, marfrig, UNIP3 e pcar3 estão bem baratas, principalmente depois da sinalização do fim da alta dos juros, senhores hoje marca o dia em que o Brasil se desfavelizara. Favela é um legado do juro alto que a esquerda mantinha pra beneficiar banqueiros. Isso hoje começa a acabar, parabéns PG e Campos Neto, que Deus os abençoe.
Nem 13 nem 22 ! O país precisa de gente nova. Chega de Museu de grandes novidades...
Por quê se a economia (que é o que importa) está tão bem???
22🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Só Lula dá jeito nisso aqui
vc entendeu a notícia? inflação caindo, desemprego, só sobe p PIB e o número de petistas triste que vão ter que trabalhar em 2024 quando acaba o auxílio Brasil
Alguem perdeu a paciência com o bombeiro.kkkkk
Pra regular a inflacao no boatil seloc deveria ser de 22%
Selic doidão
ok obrigado
 Vá estudar!!!Se você não sabe a relação selic/investimentos/inflação deveria ler antes de se aventurar no mercado financeiro e principalmente na hora de votar.
Como tem brasileiros que amam adorar Políticos.
A taxa de juros não subiu, graças ao LULADRÃO
É melhor Jair se acostumando 🚀.⣿⣿⣿⣿⣿⣿⡿⠟⠉⠁⠄⠄⠄⠄⠉⠉⠙⠻⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⣿⣿⡿⠄⠄⣀⣤⣦⣶⣦⣦⣤⣤⣠⣀⠄⠹⣿⣿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⣿⠟⠁⠄⠘⢿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣧⠄⠹⣿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⡏⠄⢂⠄⠄⠸⠻⠿⠿⣿⣿⣿⣿⠿⠟⢿⡿⡀⣿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⡇⠄⠈⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⢹⣇⣀⣄⣘⣹⣇⣇⣿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⡇⠄⠄⠄⠰⠄⣀⡀⣤⡀⢨⣿⣾⣧⣷⣿⣿⣬⣿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⣿⠄⠄⠄⠄⠄⠘⣿⡟⠄⢀⣩⣽⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⣿⡇⠄⠄⠄⠄⠰⣏⠄⠈⢨⣍⣉⣛⣽⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⣿⣿⣶⡀⠄⠄⠄⠛⢀⢄⢰⣽⣿⣿⣿⣿⢟⣿⣿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣷⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠈⢃⡙⢛⡻⣻⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⣿⣿⣿⠏⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⢠⣶⣶⣾⣿⡿⣿⣿⣿⣿⣿⣿ ⣿⣿⣿⠿⠛⠁⠄⠄⢺⣶⣦⡀⠄⠄⢰⣻⢿⣿⣿⡇⠈⠻⣿⣿⣿⣿ ⠉⠁⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠻⣿⣿⡷⠆⠄⢓⢿⣿⣿⡇⠄⠄⠄⠄⠉⠙ ⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⢻⠏⠄⠄⠐⠄⣄⠹⣿⡇⠄⠄⠄⠄⠄⠄ ⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⢷⣤⡠⠄⢸⣿⣿⣮⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄ ⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠄⠘⣯⠄⠄⠈⢿⣿⣿⠄⠄⠄.
Eleição chegando, o estagiário precisa garantir alguns trocados na sua offshore e na offshore do seu chefe. Amanhã dólar dispara para felicidade do trazer que virou ministro.
COLOCA LOGO 15% E PAREM DE FALAR NISSO ESSE ANO. KKKKK
imagina 13% lá fora aqui vira pó
Dólar sobe ... a inflamação aumenta ... juros altos por mais tempo ... empresas não conseguem entregar P/L compatível ... Bolsa cai ... e assim continua a humanidade ...
A única coisa boa que este desgoverno fez foi gerar esta taxa de juros altíssima Ganho mais sem trabalhar do que trabalhando
Taxa de juros no governo Lula: 26,5%
Taxa de juros na ditadura dos milicos do Bozo, 70%
tadinho bateu o deseswe kkkkkkkkkk 22🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Já passou da hora de parar de subir esses juros, é um remédio amargo e necessário contra a inflação, mas precisa acertar na dosagem senão arrebenta com a economia, ainda bem que só 2 dementes votaram a favor.
deve ser culpa da despiora…
amanhã comprem ações a vontade,lulinha ganhando eleições dia 02,despenca tudo.
Poxa que pena tava felizão esperando mais altas da taxa selic, saudades da epoca da Dilma com selic a 14,25%. Meus investimentos rendiam muito 🤑
Amanhã a MGLU3 explode pra lua !
já precificando a volta 🥩🍺 kkkkkk
Cuidado com a mosca azul...0.25 apoiaria o seu próprio contexto.Apostando alto,Amanhã ibov rompe o pivot pra riba...atenção no núcleo de inflação nos próximos dados Como sempre dobrando a aposta tanto pra um lado como a para outro.
Ou muita gnt já detinha essa informação ou simplesmente especularam legal, maiores altas de hoje foram no varejo, antes mesmo desta decisão de manutenção, amanhã já devem colher mais frutos.
agora chegou a hora dos bancos....🚀🚀🚀
O dedo do Povão na Urna Eletrônica pesou na decisão 🥩🍺🎅
o que o individuo não faz para tentar manter o emprego....kkk na próxima sobem 1%
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