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2020: o Ano dos Investidores Institucionais no Mercado de Criptomoedas?

Publicado 17.02.2020, 14:38
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O Bitcoin iniciou 2020 com força total, somando 39% de valorização em janeiro. A performance do ativo é a melhor no primeiro mês do ano desde 2013. A criptomoeda chama cada vez mais atenção por seu desempenho superior aos maiores índices acionários do mundo: 2019 foi mais um ano de alta, encerrado com uma valorização de 53%.

Mas de onde vem todo esse dinheiro que faz do ativo o dono da maior capitalização do mercado de criptomoedas? Há investidores institucionais? Se não são eles os responsáveis por números tão positivos, o que é preciso para atrair o “big money” e alavancar de vez o mercado?

Chamamos de investidores institucionais aquelas organizações ou instituições que detêm e administram grande capital — milhões, bilhões ou trilhões de dólares — injetado em portfólios variados. É preciso entender que uma decisão de alocação de ativos ou mudança de estratégia para esse tipo de investidor leva em conta uma série de fatores, como cenários macroeconômicos, gestão de risco, liquidez, dentre outras variáveis.

Nenhum movimento é feito sem antes consultar especialistas em diversas áreas e conta-se, ainda, com o auxílio da tecnologia, especialmente por meio de robôs HFT’s (High Frequency Trading), que buscam o melhor preço na execução das ordens de compra e venda. Este é um jogo muito bem calculado e, por enquanto, o Bitcoin não entrou nas contas.

Razões para investir

Levando em conta esses fatores, a busca por rentabilidade por parte dos investidores institucionais está sempre ligada a ambientes com infraestrutura segura e sem incertezas regulatórias. Não é o caso do Bitcoin e da maioria das criptomoedas… ainda.

Há boas razões para acreditar que esse cenário está prestes a mudar: nos últimos anos, o mercado de criptomoedas testemunhou a entrada de alguns players com foco em atrair e atender a demanda desses grandes investidores que têm interesse em expor capital nele.

Exemplo disso é a Fidelity, uma das maiores gestoras de fundos dos EUA, com US$2 trilhões sob sua custódia. Acreditando no aumento de interesse dos fundos institucionais de Wall Street por essa nova classe de ativos, a empresa lançou a Fidelity Digital Assets, uma subsidiária focada em negociação e custódia de ativos digitais.

Mais um player interessado em atrair investidores institucionais é a Bakkt. A empresa surgiu em 2019 com o objetivo de ser um ambiente seguro para instituições e consumidores transacionarem e negociarem criptomoedas, além de disponibilizar uma plataforma para negociação de contratos futuros com liquidação física — que, apesar do pouco tempo de existência, já tem negociado, em média, US$15mm por dia. O que chama atenção na entrada da Bakkt no mercado é o fato dela ter sido criada por pessoas ligadas à New York Stock Exchange (NYSE), contando com parceiros como Starbucks e Microsoft. Neste segmento de contratos futuros também entrou no mercado a Chicago Mercantile Exchange (CME), maior companhia de câmbio do mundo.

Essas iniciativas têm buscado capturar as oportunidades provendo o melhor ambiente possível para os investidores institucionais com interesse em injetar capital nesse mercado. Com a melhor compreensão desta classe singular de ativos, a tendência do volume de negociação é continuar crescendo, de modo que o Bitcoin poderá ser utilizado em estratégias de diversificação e gerenciamento de risco em grandes portfólios.

E o Brasil, como vai?

Aqui, temos visto alguns projetos sendo implantados, como o sandbox regulatório. O objetivo é criar um ambiente para o desenvolvimento de pesquisa e inovação em prol do amadurecimento e avanço do mercado de criptomoedas, bem como outras soluções inovadoras desenvolvidas na tecnologia Blockchain.

Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que fiscaliza o mercado de capitais brasileiro, e a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) habilitaram pela primeira vez um fundo para investir em ativos digitais e gerir recursos de terceiros com essa finalidade.

O cenário, como um todo, é positivo.

Quando o “big money” chega?

Mesmo que nenhum mega investidor ou gestor de um grande fundo tenha declarado apoio ao Bitcoin publicamente, é evidente a necessidade de buscar proteção contra a depreciação de moedas fiduciárias, fruto de políticas monetárias que podem estar nos levando à próxima grande crise econômica.

Essa constatação foi feita também por Ray Dalio, bilionário e gestor da Bridgewater Associates, o maior hedge fund do mundo. Em Davos, ele admitiu: “dinheiro é lixo”. Dalio não apoia o Bitcoin, mas é fã do ouro, que considera uma verdadeira reserva de valor — e, como bem sabemos, o Bitcoin é o ouro da atual geração, com potencial para se estender às próximas.

Se infraestrutura segura e certezas regulatórias são o que investidores institucionais procuram, talvez 2020 marque o início da migração de seus capitais para o mercado de criptomoedas: cada vez mais países estão trabalhando para criar leis sobre esses ativos, a exemplo de declarações recentes dos EUA, bem como diretrizes que já entraram em vigor na Ucrânia e Alemanha.

Com resultados positivos na última década e um começo de ano já poderoso — beneficiado tanto por incertezas globais, como o coronavírus, quanto pela aproximação do halving —, o crescimento da capitalização de mercado do Bitcoin é uma questão de tempo. Poderemos ver, em breve, ela decolar dos atuais US$200 bilhões.

Fortaleçam seus fundamentos e preparem suas carteiras: tudo indica que, em breve, vamos presenciar grandes mudanças.

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