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Autonomia do Banco Central: A Conta do Centrão Chegou

Publicado 11.02.2021, 07:43
Atualizado 10.01.2024, 08:22

O Centrão atendeu a um dos pedidos da “lista de desejos” do governo e aprovou ontem o projeto de autonomia do Banco Central. O texto não sofreu mudanças em relação ao que saiu do Senado, estabelecendo mandatos fixos de quatro anos à diretoria do BC, e segue agora para sanção presidencial. Mas isso não significa que o bloco de partidos vai presentear o Palácio do Planalto com os demais itens solicitados pela equipe econômica.

Ao contrário. A vitória esmagadora na votação ontem, por 339 votos a favor e 114 contra, derrubando todas as emendas da oposição, mostrou a força do Centrão na Câmara e a pressão dessa ala política no Congresso desde a vitória de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco nas Casas Legislativas. Portanto, não são os aliados do presidente Jair Bolsonaro que têm de se curvar ao Executivo.

Como bem salientou Lira ontem, ao ser questionado sobre o espaço fiscal para uma nova rodada do auxílio emergencial logo após a aprovação do projeto que dá autonomia ao BC, “quem tem que achar é a Economia, não eu”. Ou seja, a conta pelo apoio do Centrão ao governo chegou - e mal começou a ser paga. E o mercado financeiro vai entendendo que caberá ao bloco de partidos aliados definir como se dará o retorno do benefício social.

As dúvidas giram em torno do formato, tamanho, duração e se haverá ou não contrapartida fiscal. Diante disso, os ativos de risco locais vêm encontrando dificuldade para melhorar o desempenho e seguem em uma espiral negativa. O Ibovespa, por exemplo, emplacou ontem o terceiro pregão seguido de queda e ainda não fechou no azul nesta semana, apesar dos novos recordes de pontuação em Nova York.

LEIA MAIS: Auxílio emergencial é certo, a dúvida é como e quanto, dizem analistas

Já o dólar segue rondando a faixa de R$ 5,40, sob o olhar atento do Banco Central, que voltou a ofertar leilão no mercado futuro. Aliás, o mercado de juros futuros não consegue realizar prêmios, mesmo com os dados domésticos fracos de inflação e atividade, por causa do novo ataque ao fiscal. Esse cenário desafia a condução da taxa básica de juros pelo BC, com a curva a termo local embutindo alta de quase 3 pontos na Selic só neste ano.

Diante disso, os investidores devem continuar monitorando as movimentações políticas, cientes da necessidade de novos gastos para socorrer a população mais vulnerável à pandemia, sob o risco de não haver ajustes fiscais em paralelo. Por ora, sobram boatos de mais endividamento em detrimento à criação de imposto transitório. Se isso se confirmar, a piora das contas públicas coloca na berlinda a perspectiva otimista traçada pelo mercado.

Vai Ter Reflação?

Com isso, qualquer prognóstico de recuperação dos negócios locais hoje é fraco, apesar de mais um dia de sinalização positiva vinda dos índices futuros das bolsas de Nova York. A agenda econômica esvaziada lá fora deve garantir maior volatilidade no pregão, ainda mais com o início das festividades do Ano Novo Lunar em boa parte da Ásia, o que manteve a maioria dos mercados da região fechados hoje, enxugando parte da liquidez.

Enquanto aqui o foco está na cena política, o exterior se debruça sobre os dados fracos da inflação ao consumidor norte-americano (CPI), divulgados ontem. A alta mensal de 0,3%, abaixo da previsão (+0,4%), e a manutenção da estabilidade no núcleo do indicador, que exclui itens de preços mais voláteis, contrariando a expectativa de ligeira aceleração, esfria as apostas de rápida recuperação econômica dos Estados Unidos através dos gastos.

Ao mesmo tempo, os números esquentam o debate sobre se uma inflação de demanda estaria em curso, em meio aos estímulos monetários e fiscais lançados pelo Federal Reserve e pela Casa Branca - além de mais um pacote trilionário, o primeiro do governo Biden, que está por vir. A previsão ainda é de que a inflação está a caminho, graças a essa injeção de recursos, que deve estimular o consumo e intensificar a retomada da atividade.

Porém, se isso não se confirmar, o que pode acontecer é o estouro da bolha que vem se formando em torno de uma diversidade de classes de ativos. Em reação à falta de consenso, o dólar mede forças em relação às moedas rivais, o que enfraquece o petróleo. Já o juro projetado pelo título dos EUA de 10 anos (T-note) está abaixo de 1,5%, enquanto o rendimento (yield) do papel de dois anos (T-bill) atingiu o nível recorde de baixa.

Agenda local em destaque

A agenda econômica do dia traz como destaque os indicadores domésticos. Às 9h, serão conhecidos o desempenho do setor de serviços em dezembro (e no acumulado de 2020) e uma nova estimativa para a safra agrícola neste ano. Na safra de balanços, sai o resultado trimestral do BB (SA:BBAS3).

Lá fora, o calendário traz apenas os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA (10h30), que devem corroborar o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, ontem, de que o mercado de trabalho norte-americano ainda está longe de uma recuperação total dos impactos da pandemia até alcançar o pleno emprego.

Últimos comentários

EU CRITIQUEI O MERCADO. MUITO BOM O ARTIGO!!!
QUE SE DANE O AJUSTE FISCAL, NÃO PODE TER 15 MILHÕES DE DESEMPREGADOS MORRENDO DE FOME NA RUA. SERÁ QUE O MERCADO PREFERE SAQUES? DESORDEM SOCIAL?
Olivia, apesar de vários colegas colocarem que sua materia foi ideológica, achei sua exposição extremamente técnica, parabéns. Não se incomode com agressões e posições exacerbadas que alguns colocaram aqui. Ideologia é a posição de quem te critica. O site é tecnico, portanto, se você tem um cenário positivo, aposte nele, negativo, aposte na queda. É assim que funciona galera.
No caso abra a janela compare o PIB do Brasil com a media da Europa vou lhe adiantar o Brasil caiu menos verdade ou mentira se você e Brasileira escreva sobre os pontos positivos da economia para ajudar o Brasil .Vamos tirar a ideologia socialista comunista o que mais for da frente acabar com o Brasil para derrotar o Bolsonaro tipo se falar bem o Brasil vai crescer e o Bolsonaro vai se reeleger não é assim tanto que a pesquisa da o Moro ganhando.Materias destacando pontos positivos faz bem ao Brasil.Cara Olivia ajude o Brasil suas matérias sao importantes precisamos nos unir levantar nosso País deixar tudo de lado.
Parei de ler a matéria quando a articulista escreveu LISTA do GOVERNO acho altamente ideológica politica essa colocação haja visto a Sra. escreveu num site financeiro e deveria saber que é uma demanda do Brasil do mercado do povo das empresas pois a independência do BC traz resultados imensuráveis para a economia para o povo Brasileiro lamentavel.
Artigo fraco e fraco. A queda é decorrente principalmente do feriado prolongado.Tecnicamente falando, no cenario nacional, as coisas estão acontecendo apesar da lentidão do nosso legislativo lamentavelmente. A gangorra da nossa bolsa continuará sempre assim, vai e volta,Outra alternativa, para quem sabe, é apostar nas ações fora do país.
Se os canhotos são contra então o negócio será bom para o BR...
tudo eh motivo para critica, ate a aprovacao de um projeto bom.. ah va pastar
Tenha vergonha na sua cara PETISTA !!!!
Ate quando Investing vai manter esta ativista politica , APATRIDA ????
Que anál ise fraca, desprovida de conteúdo sério, mas carregada de ativismo político.
ela está com saudade dos black blokers queimando ministérios, invadindo Itamaraty. aposto que essa camisa vermelha viaja pra Europa nas ferias
olivia voce poderia ter trazido fatos novos, nao a mesmice de sempre
Rs... parece que recortou um pouco de tudo e fez o texto... Autonomia do Banco Central que se torna problema, DJI no azul e ao mesmo tempo tempo ruim (pacotes de estimulos), bolha prestes a estourar... Está igual vidente: vai acontecer!! ou não. rs...
QUA QUA QUA...essas sua bulla parece cvacina coronavaca
Desculpe a franqueza, mas sua matéria está inviezada e o tempo mostrará como está equivocada. Lamento!
Gozado que Rodrigo Maia também era do centrão(Dem) e não tinha toda essa revoltinha e mimimi que estamos tendo agora....
O Dem só é centro para quem é de estrema direita.
Vc me desanima , comentarista politica??!!!
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