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Ação de Graça? Não na Bolsa

Publicado 26.11.2020, 08:19
Atualizado 10.01.2024, 08:22

Ibovespa, 110 mil pontos. Repetindo: Ibovespa, 110 mil pontos. Quem poderia imaginar o principal índice acionário da Bolsa brasileira reavendo essa marca simbólica em tempos de liquidez infinita dos bancos centrais? Imunes ao contágio descontrolado de coronavírus no país e esquivando-se do abismo fiscal que rodeia o governo, os investidores - estrangeiros, principalmente - mostram apetite pelo risco local.

O ingresso líquido de mais de R$ 26 bilhões em capital externo na renda variável nacional (mercado secundário) apenas neste mês até a última segunda-feira deu fôlego extra ao Ibovespa para se firmar no nível dos 100 mil pontos, voltando ao período pré-pandemia. E se os aportes continuarem nesse ritmo, a Bolsa brasileira pode até buscar o recorde histórico, visto em janeiro, colado à faixa dos 120 mil pontos, antes do fim do ano.

Hoje, o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos reduz o ritmo dos mercados globais, drenando a liquidez dos negócios e distorcendo o desempenho dos ativos durante o pregão. Esse comportamento errático tende a continuar amanhã, quando o varejo norte-americano realiza a Black Friday, com promoções inaugurando a temporada de compras de fim de ano. A data também é celebrada aqui no Brasil.

Mas os investidores que ainda procuram grandes descontos entre as ações brasileiras podem ter dificuldades em encontrar preços atraentes. O Ibovespa já praticamente zerou as perdas acumuladas no ano, reduzindo o prejuízo para cerca de 5% no período, sendo que muitos papéis são negociados com múltiplos elevados. Ainda mais, levando-se em conta as incertezas na cena política, que simplesmente não encaminhar decisões econômicas.

 

DR

Paulo Guedes e Roberto Campos Neto discutiram a relação ontem, após o presidente do Banco Central afirmar que o Brasil precisa de “um plano que dê clara percepção aos investidores de que o País está preocupado com a trajetória da dívida” para reconquistar credibilidade e assegurar a sustentabilidade das contas públicas. A declaração mexeu com o brio do ministro da Economia que, visivelmente irritado, disse:

“Se ele tiver um plano melhor, peça a ele qual é o plano dele. Pergunte a ele qual é o plano dele que vai recuperar a credibilidade. Porque o plano nós sabemos qual é. O plano nós já temos”, afirmou Guedes. Alegando ser alvo de críticas injustas, mas que “nos fortalecem”, ele citou as reformas em andamento, como o pacto federativo, a PEC Emergencial e a reforma administrativa. O ministro ainda festejou as altas do mercado “todos os dias”.

E passou a bola para o Congresso. De fato, o governo tenta articular a aprovação da PEC Emergencial ainda este ano, abrindo um “puxadinho” nas contas públicas para contemplar um novo programa de transferência de renda. Na pauta de discussão, está a redução de gastos com o funcionalismo, a desindexação de benefícios a partir de um salário mínimo e a revisão de subsídios. O esforço é para votar a proposta antes do recesso parlamentar.

A regra do “teto de gastos” pode cair, caso o governo decida prorrogar o auxílio emergencial aos mais vulneráveis à pandemia e/ou criar um programa social sem apresentar compensações. Ainda que a pressão por definições aumente e que presidente Jair Bolsonaro reforce o discurso de que só haverá extensão do benefício se houver segunda onda da covid-19, o tema deixa os investidores nervosos, tal qual a equipe econômica.

 

Exterior em pausa

Enquanto isso, os mercados internacionais fazem uma pausa para recompor o fôlego. O clima de cautela que prevaleceu em Wall Street ontem conteve o ímpeto dos negócios na Ásia, embora os investidores estejam convencidos de que a recuperação econômica mais forte virá dessa região, conduzida pela China, ainda mais se a pandemia persistir. Em uma sessão sem brilho, Xangai e Tóquio tiveram altas modestas. Dólar e petróleo estão de lado.

A euforia recente com o progresso de vacinas eficazes contra a covid-19 cedeu espaço à perspectiva de que a fase ruim da economia no Ocidente vai demorar a passar, deixando indefinida a abertura do pregão europeu. Os casos e mortes da doença continuam aumentando no mundo, atingindo mais de 60 de milhões e de 1,4 milhão de pessoas, cumulativamente, o que eleva a preocupação com as comemorações do feriado nos EUA.

Vários estados norte-americanos proibiram o atendimento ao público em bares e restaurantes, aceitando somente pedidos para entrega ou retirada no local, e pediram que as pessoas evitassem viajar. A recomendação para o uso de máscara de proteção facial também vem sendo reforçada. Mas enquanto muitos ainda resistem em enfrentar as leis dos homens, sabe-se que o ser humano não pode resistir às leis naturais.

 

Agenda local em foco

O feriado pelo Dia de Ação de Graças esvazia a agenda dos EUA e mantém as bolsas de Nova York fechadas. Por aqui, saem a confiança no comércio em novembro (8h), a inflação ao produtor (IPP) em outubro (9h), e os dados das contas públicas (governo central) e sobre o emprego formal (Caged), ambos referentes ao mês passado.

No exterior, destaque apenas para a ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE), realizada no fim de outubro, quando a autoridade monetária da zona do euro deixou a porta aberta para estímulos adicionais no encontro seguinte, em dezembro. O documento será publicada às 9h30.

Últimos comentários

Est joão tranca rua deveria pegar sua família, suas empresas e embarcar em um voo direto para a China e ficar por lá de vez. Traidor da Pátria.
se não fechar semana que vem, doria desmentiu que fecharia a 2 semanas atrás, mas o mesmo disse que tudo podia mudar se voltasse a ter elevados índices de contaminação e ficasse parecido com Europa, é o que vem acontecendo, não sou especulador, mas prefiro não arriscar no curto prazo com politicos fazendo politicagem barata com o Corona, tao barata que esta saindo caro, se eu fosse falar em curto prazo, diria para terem cautela, invistam com calma aguardem as próximas semanas, mas não deixem de investir. tomara que não feche mas as coisas não estão muito boas não por SP...
Parabenizo pela excelente descrição do cenário. Fica a preocupação com o ajuste fiscal que está longe de ser equacionado, enquanto isso os fundamentos econômicos se deterioram e não podemos  viver apenas do bom humor externo,
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