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Apesar de Queda em 2018, Comunidade Holda Bitcoin com Unhas e Dentes

Publicado 07.01.2019, 11:05
Atualizado 09.07.2023, 07:32

2018 foi um ano terrível para o Bitcoin: desde o frenesi de dezembro de 2017, quando chegamos a uma cotação de cerca de 20 mil dólares, o Bitcoin sofreu uma queda de cerca de 80% de seu valor, chegando a custar 3.200 dólares neste fim de ano. Nesse cenário de carnificina seria de se esperar que investidores que compraram próximo à alta histórica vendessem e nunca mais retornassem ao mercado.

Vi isso acontecer na bolsa mais vezes do que conseguiria contar: pessoas que investem em ações pela primeira vez e logo experimentam uma queda abrupta rapidamente se desfazem de suas posições, sem nunca mais pensarem em se arriscar na renda variável. Para o investidor de primeira viagem, o ideal é sempre o cenário de uma leve alta: valorizações exponenciais podem levar a excesso de confiança, enquanto que quedas podem causar traumas irrecuperáveis.

Uma queda de 80% deveria afugentar os investidores iniciantes do Bitcoin, porém isso não aconteceu. Uma exchange não sofreu um aumento de saques com a queda na cotação, pelo contrário: em 2018 quadruplicamos o número de ativos em gestão e quadruplicamos nosso número de clientes. É claro, temos uma proposta de valor diferenciada e tivemos um bom ano: através de arbitragem automatizada rentabilizamos os bitcoins de nossos clientes mesmo em períodos de queda, entregando rendimentos superiores a 60% somente em 2018. Portanto, é possível que nossa situação não seja representativa do mercado.

Entretanto, o aumento em número de clientes não é exclusividade nossa: assim como a Coinbase (NASDAQ:COIN), a Binance deve ter um faturamento superior a um bilhão de dólares no ano e também viu seu número de clientes crescer exponencialmente ao longo de 2018. Não parece absurdo acreditar que a tendência tenha se replicado no resto do mercado.

Naturalmente, muitas empresas sofreram cortes: o Mercado Bitcoin demitiu 20 funcionários e a ConsenSys, uma das maiores desenvolvedoras do Ethereum, anunciou que demitirá até 60% dos seus funcionários. Isso é previsível: por mais que todas as empresas do mercado acreditem no futuro das criptos, as contas precisam ser pagas em fiat e, com a queda da cotação, é natural que a operação seja prejudicada. Porém se tratando de volume e número de clientes, o mercado vai muito bem, obrigado.

Não se trata somente de referência anedótica: em um estudo da movimentação de UTXOs (unspent transaction outputs, isso é, saldos não gastos das carteiras) realizado pela Unchained Capital, podemos ver através do gráfico interativo que quem comprou próximo da alta histórica não realizou a venda, gradativamente progredindo para as bandas mais antigas:

Representação de momento próximo à alta histórica. Fonte

Vemos que há uma diminuição no percentual de carteiras sem movimentação há dois ou três anos, provavelmente decorrente da realização de ganhos. Todavia, com o passar dos meses, as bandas que seriam referentes àqueles que compraram próximo à dezembro de 2017 ou janeiro de 2018, seguem aumentando.

Antes de mais nada é preciso parabenizar aqueles que não venderam na alta histórica e que seguraram o prejuízo: provaram ter nervos de aço e estômago de titânio. Mesmo Vitalik Buterin, criador do Ethereum, admitiu ter liquidado um quarto de suas posições em criptomoedas durante a alta histórica e as ICOs têm despejado seus fundos na baciada, de acordo com estudo da BitMex.

O momento, porém, não é de desespero: se você não foi um dos sortudos que anteviu a queda do mercado e é um dos heróis que ainda segue acreditando no futuro das criptomoedas, há alguns indícios (sinais, fortes sinais!) de que sua paciência e persistência possam ser recompensadas em breve.

O MVRV (market value to realized value), indicador que é calculado dividindo o valor de mercado pelo valor de aquisição das moedas (utilizando a data das últimas UTXOs), se encontra próximo às suas mínimas históricas. Ecoando Mark Twain, “a história não se repete, mas muitas vezes ela rima”: historicamente, quando o MVRV se encontra abaixo de 1, isso indica uma subprecificação do Bitcoin, enquanto que um MVRV acima de 4 costuma indicar sobreprecificação. Eis o estado atual em relação à cotação:

Fonte: Coinmetrics

Se a análise técnica ainda não nos fornece uma previsão favorável, registrando topos e fundos cada vez mais baixos, o tape reading destas últimas semanas tem parecido mais otimista, registrando um livro de ordens com uma quantia desproporcional de ordens de compra em relação ao número de ordens de venda, como podemos ver na imagem abaixo, onde verde representa ordens de compra e vermelho ordens de venda:

Fonte: Bitstamp

Além disso, pela primeira vez na história há mais investidores institucionais apostando no long de Bitcoin do que realizando short na CBOE, a bolsa de valores de Chicago. Isso é, mais investidores acreditam em uma valorização do que em uma desvalorização do Bitcoin.

Por falar em investimento institucional, em 2018 vimos surgir o primeiro ETP (produto financeiro) de criptomoedas negociado em corretora de valores do mundo, já sendo o produto mais negociado da corretora Six, na Suíça. Com promessas de abertura da Bakkt, corretora de criptomoedas da ICE, responsável pela bolsa de valores de Nova Iorque e a Nasdaq anunciando a operação de futuros de Bitcoin em 2019, a chegada do investidor institucional nunca esteve tão próxima.

Se tratando de tecnologia, em 2018 vimos a Lightning Network crescer a passos largos e em 2019 podemos esperar que sua adoção se torne ainda maior. Realizando o processamento de transações off-chain, a Lightning promete garantir maior privacidade, velocidade e reduzir os custos das transações de Bitcoin, capitalizando sobre alguns dos maiores atrativos de outras criptomoedas.

Foi um ano difícil: sangramos, choramos e mais uma vez vimos a publicação de diversos obituários do Bitcoin. Na realidade, já sabemos que como uma Fênix, ele sempre ressurge das cinzas. E ao que tudo indica em 2019 ele poderá contar com um céu de brigadeiro para alçar vôos ainda mais altos.

 

Últimos comentários

O negócio é comprar mais um pouquinho a cada queda. To nessa desde agosto de 2017, apesar de ter perdido a chance de vender no ATH, acredito que daqui uns 4 anos vai ter valido a pena.
A maioria dos holders já tinha bitcoins quando iniciou Bull Run de 2018. Portanto não houve perdas para essa maioria.
Litecoin teve uma boa alta, acredito que vá corrigir em breve, mas é uma cripto bem promissora
hj investi em litecoin e estou satisfeito com o desempenho da moeda
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