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B3: Habitada Por um Deus

Publicado 16.11.2020, 10:47
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Quando os gregos antigos viam uma pessoa com luz própria muito forte entrar num ambiente ou destacar-se numa conversa, usavam a expressão “en + theos” para defini-la. Era a ideia de que o sujeito estava habitado por um deus — opto pela letra minúscula não por desrespeito a Ele, mas pela referência politeísta.

Essa é a etimologia de “entusiasmo”, que chegou a ser considerada a palavra da moda durante o Renascimento na Europa, quando a saída das trevas do feudalismo e o desenvolvimento científico e artístico abriram espaço para um mundo novo, apoiado em pesquisa e empreendedorismo.

Não há palavra melhor para caracterizar meu estado de espírito no começo desta semana.

Poderia começar pelo flerte do MSCI World com novo recorde histórico. Sem dúvida, máximas históricas para as Bolsas globais me animam. Mas não é só isso. Mais até do que o comportamento positivo pontual, é a confirmação de certas teses de investimento e de tendências estruturais que me traz grande motivação.

O primeiro ponto é a volta do estrangeiro à Bolsa brasileira, depois de muito tempo ausente. Nos primeiros dez dias de novembro, o ingresso líquido de recurso gringo monta a R$ 12,7 bilhões. Somente no dia 10, a entrada líquida foi de R$ 4,9 bilhões, maior aporte diário desde agosto de 2011. No dia 9, o saldo líquido já havia sido recorde, em R$ 4,5 bilhões. No ano, o fluxo ainda é negativo em R$ 72 bilhões, mas a inversão de tendência chama atenção e sugere prováveis novas entradas à frente, porque a dinâmica dessa turma costuma ser aglomerada em clusters e dificilmente posições grandes são montadas em apenas poucos dias.

Gringo faz preço e pode ser o catalisador para um rali de fim de ano superior mesmo às estimativas mais otimistas. O comportamento está alinhado com a visão de que a eleição de Joe Biden poderia representar enfraquecimento do dólar e retomada do interesse por ativos emergentes. As notícias favoráveis de uma vacina contra a Covid-19 e, na margem, o menor barulho sobre a política fiscal brasileira frente ao observado em setembro e outubro corroboram o argumento.

A segunda questão relevante se refere ao maior dinamismo da economia doméstica. O IBC-Br de setembro subiu 1,29%, contra estimativas de alta de 1%. A referência, combinada a outras já divulgadas, claro, disparou uma série de revisões para o PIB brasileiro no terceiro trimestre. O Credit Suisse (SIX:CSGN) subiu sua estimativa de 7% para 9,1%; o UBS, de 8,5% para 9,5%; o Barclays (LON:BARC), de 8% para 8,7%. Já o Itaú (SA:ITUB4) levou sua expectativa para o PIB em 2020 de -4,5% para -4,1%; para 2021, subiu de 3,5% para 4%.

Além de um movimento importante em si, essa melhora nas projeções de crescimento da economia traz desencadeamentos relevantes para os ativos de risco. Primeiro no sentido de traçar melhor prognóstico para a dinâmica da dívida pública brasileira. Se o PIB cresce mais rápido, a razão dívida/PIB fica menos pressionada. Em paralelo, mais PIB significa mais arrecadação pública e menor déficit orçamentário. Cai a percepção de risco sobre o país como um todo, com impactos significativos sobre os mercados. Não quero, com isso, passar a impressão de que dou por superados nossos problemas fiscais. Passa longe de ser o caso. Mas, na margem, estamos melhores agora frente às preocupações mais intensas dos últimos meses, dada a recuperação mais acentuada da economia. Ativos se movem justamente a partir das informações na margem, das novidades.

Ainda dentro desse espectro, a revisão das projeções para o PIB enseja provável revisão também das estimativas para os lucros corporativos, que, por sua vez, resultam em preços-alvo maiores para as ações. Esse processo de revisão de expectativas pelos analistas é normalmente um driver importante para as ações.

Por fim, preciso falar do ambiente corporativo propriamente dito. Estávamos com a tese de que os resultados do terceiro trimestre seriam bons e mostrariam uma recuperação mais intensa do que o pressuposto pelo consenso. Com efeito, os números, em geral, têm superado as nossas projeções mais otimistas.

Na semana passada, tivemos a confirmação de algumas teses importantes nossas nessa direção.

Mitre superou as projeções de consenso da primeira à última linha, confirmando a tese de crescimento e muito valor lá na frente.

B3 (SA:B3SA3), a despeito de não ter encontrado reação favorável ao resultado, mostrou números muito fortes e também um pouco acima das projeções, com receita crescendo 35% ao ano, para um case de grande alavancagem operacional. A companhia cresce mais rápido do que pares internacionais e negocia cerca de 20% mais barata.

Yduqs (SA:YDUQ3) mostrou dinâmica de resultados incomparável a Cogna (SA:COGN3) ou Ser (SA:SEER3). Direção clara e empresa na mão, management de qualidade, com sinalização importante de que o pior ficou para trás. Drivers de crescimento notáveis com medicina e integração da Adtalem, com opcionalidade brutal vindo do digital e de eventual M&A. Tive a oportunidade de conversar com o management da companhia e me senti especialmente confortável com o case, absurdamente depreciado em Bolsa e um dos grandes beneficiados do processo de reabertura das economias.

Natura (SA:NTCO3) simplesmente voou, com uma performance muito forte da marca no Brasil e na América Latina, além de Aesop e The Body Shop. Isso com Avon ainda sem estar tão azeitada. Se conseguir levar para a Avon margem parecida com aquela da marca Natura, é para dobrar aqui.

Oi (SA:OIBR3) confirma seu turnaround executado sem falhas, com explosão da receita vinda de fibra e boa expansão de margem Ebitda. Consumo de caixa reduzindo bem e empresa na iminência de vender ativos. Confirmação da venda da operação móvel e ofertas firmes pela InfraCo podem vir ainda este ano, o que, se efetivamente rolar, poderia levar a ação para cima de R$ 2,30.

E para não esquecer do longo prazo, termino hoje com um lembrete sobre previdência e o quanto você vai pagar de imposto no ano que vem. Se você, assim como eu, recebeu juros do Tesouro Direto na conta nesta segunda-feira, talvez possa considerar fazer um plano PGBL, com vistas a pagar menos Imposto de Renda, caso você faça a declaração completa, dado o abatimento de até 12% da renda líquida tributável. Essa é a hora de pensar em otimização tributária. Há vários bons fundos de previdência disponíveis no mercado.

Últimos comentários

Eu estou aprendendo e me divertindo com esses comentários. kkkk😁É cada figura....
???
Cade seus 300k da empiricus? Kkkkk e a tecnisa em 19,80? Kkkkkk
Felipe qual é a sua visão para OIBR3 nos próximos 10 anos?
daqui a 10 anos?? diria 125 mil OI e TACHAU
B3 habitada por vários DEMÔNIOS também!
Felipe, cabe esclarecer aos leitores que para o calculo de 12% da renda BRUTA tributável (valor que pode ser aportado em PGBL e deduzido da base de cálculo do IR), NÃO devem ser considerados os rendimentos com tributação exclusiva/definitiva (como os rendimentos do Tesouro Direto).
Devido o dólar cair agora; real mais forte; deve este mês e o próximo ser forte a entrega de dólar ;sobe que é ótimo kkk
Otimas observacoes!
Avisa seus seguidores q uma derrocada está por vir!!!???q elite financeiro está mani-pulando mercados pela vitória pedo Biden!!!!???q assim suprema corte declarar Trump eleito, car-teis financeiro provocará enorme derrocada bolsa propositalmente
kkkkk comentario lunatico, amiguinho que se acha especialista em eleições Americanas rs.
Até o próprio Trump já admitiu a derrota kkkkkkkk.
Kkkkkk esse ai é aluno de outro demonio kkkkk o fausto botelho
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