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China e Relatório de Empregos Podem Derrubar o Dólar Contra as Principais Divisas

Publicado 01.11.2019, 09:39
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Kathy Lien, diretora executiva de estratégia de câmbio da BK Asset Management

Os investidores continuaram pressionando o dólar estadunidense ontem, quando a moeda norte-americana se desvalorizou frente às principais divisas. O par USD/JPY foi o mais impactado, mas perdas significativas também ocorreram no dólar contra o GBP e o NZD. A perspectiva otimista do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, para a economia e o mercado de trabalho não se traduziu na força da moeda do país, pois uma flexibilização maior é improvável, e o aperto monetário tampouco está no horizonte. Os relatórios de renda e gastos pessoais ficaram aquém das expectativas, mas o que os investidores mais temem é se decepcionar com os números da folha de pagamento não agrícola nesta sexta-feira.

Economistas esperam a geração de apenas 85 000 empregos no mês de outubro, uma queda em relação aos 136 000 de setembro. De acordo com algumas medidas econômicas mais amplas que rastreiam esse indicador, há razões para acreditar em um crescimento mais fraco dos empregos no mês passado. A previsão para os empregos não agrícolas é bastante baixa, e tanto os relatórios industriais ISM e não ISM só serão divulgados após a folha de pagamentos, deixando-nos sem dois dos indicadores mais confiáveis sobre o mercado de trabalho. O corte de juros do Fed nesta semana é um sinal de fraqueza na economia, mas Powell também enfatizou a força do mercado laboral.

Mesmo assim, acreditamos que a desaceleração no crescimento da geração de empregos não agrícolas pode não ser tão decepcionante quanto se prevê. A taxa de desemprego, que atingiu a mínima de 40 anos no mês retrasado, deve subir, e tememos que o crescimento dos salários também terá um arrefecimento maior do que os economistas preveem. A previsão é que os salários cresçam 0,3%, depois de estagnarem em setembro. Se os empregos não agrícolas ficarem abaixo de 90 000 e os ganhos médios por hora trabalhada ficarem em 0,2% ou abaixo disso, será um desastre para o dólar estadunidense. O par USD/JPY atingirá 107,50, enquanto o EUR/USD irá a 1.12. Se os empregos não agrícolas ficarem acima daquele número, assim como os ganhos médios por hora trabalhada, podemos ver uma boa recuperação na moeda americana.

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Dito isso, um relatório de empregos mais forte terá um impacto menor no dólar do que um relatório fraco, por causa da incerteza com as relações comerciais EUA-China. Há notícias de que autoridades chinesas duvidam da possibilidade de um acordo comercial de longo prazo com o presidente Donald Trump. De acordo com a Bloomberg, houve conversas privadas em Pequim onde representantes da China disseram que não vão ceder em questões mais relevantes e expressaram ter poucas esperanças de que o aprofundamento das negociações possa resultar em algo significativo. Larry Kudlow foi rápido em dizer que as tratativas sino-americanas estavam indo bem, mas em razão das idas e vindas dos últimos anos, os investidores estavam preocupados com outro contratempo. Ao final, o compromisso dos EUA com um acordo comercial ficará patente na forma como as tarifas de dezembro forem tratadas. Será um sinal muito positivo se elas forem canceladas ou atrasadas, mas, se implementadas, confirmarão os temores de todos. O mais interessante é que o AUD e o NZD não estão sendo prejudicados por essa notícia, mas seus ganhos devem ser limitados.

Argumentos a favor de um relatório de empregos mais fraco

  • Relatórios da Challenger apresentam grande declínio nas demissões: -33.5% vs. -24.8%;
  • Leve aumento na média de 4 semanas de pedidos de seguro-desemprego: de 212,7 mil para 214,7 mil;
  • Aumento nos pedidos contínuos de seguro-desemprego: de 1,68 mil para 1,69 mil;
  • Queda na confiança do consumidor.
  • Argumentos a favor de um relatório de empregos mais forte

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  • Variação de empregos da ADP: 125 mil vs. 93 mil;
  • Elevação no Índice de Percepção do Consumidor da Universidade de Michigan;
  • Por fim, o Banco do Japão deixou as taxas de juros inalteradas na quarta-feira, mas seu pessimismo ficou claro na mudança das projeções e na previsão de crescimento mais baixo. A instituição mudou seu guidance para ressaltar sua confiança em alcançar a meta de inflação. De acordo com Haruhiko Kuroda, governador do Banco do Japão, a recuperação econômica global será atrasada em 6 meses ou mais, por isso a instituição não hesitará em realizar uma flexibilização ainda maior se os riscos aumentarem. Tudo isso deveria ter sido negativo para o iene, pois o Banco do Japão está considerando realizar mais estímulos. Porém, no que se refere à moeda japonesa, nada importa mais que o apetite pelo risco.

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