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Commodities Nesta Semana: o Petróleo Irá Superar a Demanda Fraca? Ouro Aguarda Fed

Publicado 17.06.2019, 11:15
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Superdisparada nas apólices de seguro dos petroleiros, demanda fraca no petróleo, reunião da Opep adiada e probabilidade maior de corte na taxa de juros do Fed: os traders de petróleo simplesmente não sabem para onde olhar atualmente.

Nunca foi fácil, evidentemente, operar o ouro negro. Mesmo assim, sempre há uma medida de previsibilidade nesse mercado que permita equilibrar o macro com o micro, de forma a determinar a direção e os preços com certo grau de confiança. Essa perspectiva está ficando cada vez mais difícil, ainda mais agora que o petróleo demonstra dificuldade para sair em disparada um dia depois de ataques a navios-tanque em uma das rotas mais concorridas do mundo para o petróleo.

Tarifas de seguro exorbitantes para carregamentos de petróleo

Gráfico 1 Semana WTI- Powered by TradingView

A única coisa que realmente disparou desde o incidente de quinta-feira no Golfo de Omã foram as apólices de seguro dos navios-tanque de petróleo. A S&P Global Platts informa que as seguradoras das remessas de petróleo cobram agora até 0,4% do valor do carregamento, em comparação com o valor máximo anterior de 0,02%. Ainda não se sabe quanto disso será repassado nos preços do petróleo. Nas negociações asiáticas desta segunda-feira, tanto o petróleo norte-americano West Texas Intermediate quanto o britânico Brent apresentavam leve alta.

Para quem procura orientação para se posicionar no mercado de petróleo nesta semana, não poderia ser mais ambígua a admissão do ministro de energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, no fim de semana, de que o mundo estaria de fato saturado de petróleo, depois de ter expressado suas preocupações com as interrupções na oferta e com os atos de terrorismo.

Se esse dilema não fosse o bastante, Falih disse ainda:

“Estou confiante de que, no final, a comunidade internacional se unirá e fará o que é certo para garantir a segurança do abastecimento de petróleo."

Um mundo com petróleo em abundância?

Como líder de fato da Opep, as palavras de Falih são mais relevantes para os touros do petróleo, que constantemente contam com ele para dar suporte aos preços. Ao mesmo tempo que reconhece que a real situação da oferta de petróleo justifica sua recomendação para estender os cortes de produção da Opep, sempre que ele usa palavras como “abundante” e “seguro” para descrever o mercado, o resultado não é nada bom para os preços da commodity.

Para piorar a postura cautelosa de alguns traders, Falih também confirmou os rumores que pairavam no ar havia semanas de que a reunião de meio de ano da Opep seria realizada em julho, e não mais em 25 de junho, por causa da Rússia, maior aliada de Riad fora do cartel. Quanto mais a Opep adia essa reunião, mais dúvidas surgem em relação à sua capacidade de obter apoio suficiente dos seus membros e aliados para estender os cortes necessários para equilibrar parte da abundância de oferta mencionada por Falih.

AIE contra-atacará a restrição de oferta?

As manifestações de Fatih Birol, diretor da Agência Internacional de Energia (AIE), sediada em Paris, podem pesar sobre a situação da oferta mundial. Falih esteve presente no G20 e, às margens da reunião, afirmou que a AIE estaria pronta para responder caso houvesse qualquer distúrbio na oferta de petróleo.

O trabalho de Birol é prezar pelos interesses dos países ocidentais consumidores de petróleo. É uma função que o coloca do lado oposto ao da Opep – o que explica por que a AIE geralmente favorece os ursos em suas manifestações.

De acordo com os estatutos da AIE, cada país-membro tem a obrigação de manter reservas emergenciais de petróleo equivalentes a pelo menos 90 dias de importações líquidas de petróleo. Em caso de uma grave interrupção no abastecimento petrolífero, os membros da AIE podem decidir liberar esses estoques ao mercado com parte de uma ação coletiva. Os EUA são o melhor exemplo dessa iniciativa com sua Reserva Petrolífera Estratégica.

A AIE acaba de divulgar uma perspectiva nada empolgante para a demanda de petróleo na sexta-feira. Se a agência estiver realmente disposta a equilibrar qualquer falta de abastecimento maior, as chances de um rali prolongado no petróleo podem ser limitadas, independente das tarifas de seguro de frete.

Caminho do ouro brilha

A commodity que agora apresenta uma perspectiva fundamentalista mais clara é o ouro, cujo caminho em direção ao teste da resistência dos US$ 1.400 é praticamente certo nesta semana, em meio às expectativas de corte de juros pelo Fed.

Gráfico 1 Semana Ouro - Powered by TradingView

Tanto o ouro spot, que reflete as negociações em lingote, quanto os futuros do ouro romperam os níveis de resistência a US$ 1.350 na semana passada. O lingote chegou inclusive a atingir as máximas de 14 meses.

Um afrouxamento monetário por parte do Fed exercerá forte pressão sobre o dólar estadunidense e impulsionará alternativas como o ouro.

Na sexta-feira, a CNBC informou que a expectativa é que o banco central remova a palavra “paciente” do seu pronunciamento de junho na quarta-feira, sinalizando disposição para um corte de juros para sustentar o crescimento econômico diante do acirramento da guerra comercial entre EUA e China.

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