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Commodities nesta Semana: Petróleo Segue Caindo; Ouro Tem Alvo em US$ 1600

Publicado 04.02.2020, 18:02
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Depois que as forças americanas mataram o general iraniano Qassem Soleimani, no início de janeiro, e Teerã respondeu lançando mísseis contra bases aéreas dos EUA, os investidores foram levados a pensar que poderiam escolher qualquer número que quisessem para a alta do petróleo WTI Futuros. Agora, estão sendo levados a escolher qualquer número que acharem adequado para a desvalorização da commodity, à medida que a crise do coronavírus se arrasta.

Os preços do petróleo quase não deram sinal de vida nesta segunda-feira, mesmo depois do anúncio da reunião técnica de dois dias feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, a fim de tentar encontrar formas de segurar o mercado. Poucos analistas enxergavam uma recuperação significativa no médio prazo para o Brent e o WTI, que despencaram dois dígitos em janeiro, registrando sua pior desvalorização mensal em três trimestres ou mais.

Preços Semanais Brent

Um “Cisne Negro” como nenhum outro?

“Independente da disseminação do coronavírus, a indústria mundial já vinha avançando a passos lentos", alertou a Moody’s Analytics em uma nota intitulada “O Coronavírus pode Ser (SA:SEER3) um Cisne Negro como Nenhum Outro”. A agência afirmou ainda:

“Se acontecer o cenário inimaginável de uma pandemia de proporções mundiais, os preços das commodities industriais podem apresentar uma queda considerável.”

De acordo com a Moody’s, levando em conta as médias mensais da queda do petróleo até as mínimas de 2015-2016, “o preço do WTI poderia afundar 43% em relação à cotação atual”.

O relatório apresenta um gráfico que mostra um caso extremo em que o barril do petróleo poderia ir abaixo de US$ 40. No pregão asiático desta segunda-feira, o WTI estava a menos de US$ 1 de perder o importante suporte de US$ 50.

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Preços Semanais WTI

Os mercados de ações e commodities da China caíram forte já na abertura desta segunda-feira, no primeiro pregão após o feriado estendido de Ano-Novo Lunar, decretado por causa da disseminação do coronavírus, que teve início na cidade central de Wuhan e já matou mais de 360 pessoas, além de infectar mais de 17.000, sem um final à vista.

Injeção de capital da China não está ajudando muito

A queda dos mercados chineses ocorreu mesmo após o banco central da China garantir que injetaria 1,2 trilhão de iuanes (US$ 174 bilhões) para melhorar o sentimento dos investidores.

O Goldman Sachs (NYSE:GS), em uma nota sobre investimento em energia emitida no domingo, afirmou que, com base nas reuniões que manteve com investidores na Costa Oeste norte-americana na semana passada, “não parecia haver muito interesse em se posicionar no mercado esperando uma melhora no ambiente macro em 2021-22”.

Deixando de lado esse cenário pessimista, o problema com a crise do coronavírus parece ser a dificuldade de quantificar com precisão o que pode acontecer nos próximos dias, semanas ou até mesmo meses. Até agora, o melhor que os bancos de Wall Street e as casas de pesquisa conseguiram fazer foi fazer suposições embasadas em conhecimento prévio.

O Sanford C. Bernstein & Co. afirma que o barril de petróleo pode cair para cerca de US$ 50 se não houver uma intervenção da Opep. O banco reduziu sua previsão de demanda de gasolina em 50.000 barris por dia e cortou suas estimativas de consumo de diesel em 40.000 barris pode dia.

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O Morgan Stanley (NYSE:MS) afirma que, se o vírus continuar piorando por três ou quatro meses, o crescimento da demanda petrolífera chinesa em 2020 poderia cair cerca de 75.000 barris por dia. Em caso de pico na difusão do vírus em um ou dois meses, o crescimento da demanda no primeiro trimestre cairia de 310.000 para 150.000 barris por dia, declarou.

Os cancelamentos de voos podem causar uma perda de 400.000 a 700.000 barris por dia na demanda de combustível de aviação no primeiro trimestre, enquanto a fraqueza na demanda de diesel poderia provocar cortes nas refinarias, segundo o Morgan Stanley.

A S&P Global Platts declarou que, no pior cenário, a demanda mundial de petróleo poderia cair "um volume catastrófico" de 2,6 milhões de barris por dia em fevereiro e 2 milhões em março. Para o combustível de aviação, isso poderia significar uma queda de 1 milhão de barris por dia na demanda no próximo mês, afirmou.

Quatro semanas desfizeram o trabalho de 18 meses da Opep

Em apenas quatro semanas, o coronavírus desfez o que a Opep levou mais de um ano para construir. O cartel pressionou seus membros mais erráticos – Iraque, Líbia e Nigéria – a cumprir os cortes acordados nos últimos 18 meses.

O grupo permaneceu focado em sua mensagem, apesar dos tuítes de Donald Trump para reduzir os preços elevados nas bombas de combustíveis em 2018, o que, segundo o presidente americano, poderia lhe custar votos importantes de colegas republicanos nas eleições de meio de ano (os rivais democratas acabaram vencendo na Câmara de qualquer forma).

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No entanto, nada do que a Opep tivesse feito no último ano e meio poderia tê-la preparado para a crise que estamos vivendo. O coronavírus praticamente acabou com qualquer fio de esperança do mercado, deixando em seu lugar nada além de medo.

Ele abalou as bases do movimento de alta que fez o Brent ultrapassar US$ 86 em outubro de 2018 – seu valor mais alto desde a época em que o barril custava mais de US$ 100 –, atingindo o pico novamente acima de US$ 71 neste ano, depois de meses de volatilidade. Agora, o que os operadores querem saber é até onde o mercado pode cair, porque o vírus não vai desaparecer sozinho.

Ouro rumo a US$ 1.600, mas o rali não será tranquilo

E qual seria o cenário para o ouro?

Como ativo de proteção favorito contra a epidemia do vírus – ao lado dos títulos do Tesouro americano e do iene, evidentemente – o ouro parece estar construindo um forte movimento para voltar às máximas de sete anos acima de US$ 1.600 por onça, atingidas no início de janeiro, após a morte de Soleimani.

Mas, no pregão asiático desta segunda-feira, tanto o XAUR/USD quanto os futuros do metal amarelo estavam em queda, refletindo uma vez mais a volatilidade que tomou conta das últimas semanas, apesar da aversão ao risco ao redor dos mercados.

Alguns podem estar decepcionados com o desempenho do ouro nos últimos tempos. Mas os analistas da Capital Economics afirmaram que o metal precioso não poderia seguir em outra direção que não fosse para cima, contanto que a epidemia seguisse se espalhando:

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“O ouro tem espaço para subir muito mais se o vírus de Wuhan não for contido nas próximas semanas. De fato, se os fechamentos de fábricas aumentarem na China continental, a economia mundial pode ser impactada, o que daria suporte aos preços do ouro”.

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