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Commodities nesta Semana: Petróleo e Ouro Aguardam Notícias sobre o Fed e o Vírus

Publicado 24.08.2020, 09:45
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Publicado originalmente em inglês em 24/08/2020

O bem planejado anúncio político do presidente Donald Trump a respeito de uma opção de tratamento do coronavírus envolvendo o plasma sanguíneo impulsionou os mercados acionários e deu um respiro ao dólar antes da perspectiva negativa apresentada pelo Federal Reserve sobre a economia dos EUA, na semana passada. O resultado geral para os investidores do ouro e do petróleo, entretanto, foi um pouco mais de incerteza.

Os preços do metal brilhante e do óleo caíam levemente no início das negociações desta semana na Ásia, em meio à autorização emergencial dada pela Administração de Drogas e Alimentos (FDA) dos EUA para uso de plasma sanguíneo de pacientes recuperados como opção de tratamento da covid-19.

O anúncio ocorreu às vésperas da Convenção Nacional Republicana, onde Trump será indicado como líder do seu partido por mais quatro anos. O presidente acusou, na semana passada, elementos do “estado profundo” infiltrados na FDA tentando atrasar o progresso das vacinas e medicamentos até depois de 3 de novembro, dias das eleições nos EUA.

Ainda não se pode descartar a aversão ao risco

O governo Trump também está considerando contornar os procedimentos regulatórios normais para acelerar o uso da vacina experimental do coronavírus proveniente do Reino Unido nos EUA antes da eleição, segundo reportagem do Financial Times. Mesmo assim, as regiões mais afeitadas pelo vírus na Europa voltaram a registrar novos surtos na semana passada, com a Espanha relatando 6.671 casos, seguidos de 3.776 na França e 1.500 na Alemanha – tudo isso apenas na quarta-feira passada.

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“O uso emergencial de plasma convalescente pode ser considerado como um impulso baixista para as commodities”, declarou Anil Panchal, do site FX Street.

“Entretanto, o forte repique do vírus na Alemanha, França e Espanha mantém a aversão ao risco sobre a mesa”.

 Os contratos futuros do ouro para dezembro na Comex de Nova York registravam queda de US$ 6,60, ou 0,3%, a US$ 1.940,40 por onça nesta madrugada.

Gold Semanal (12 meses)

O West Texas Intermediate, referência do petróleo nos EUA, assim como o Brent, referência mundial, apresentavam estabilidade.

WTI Semanal (12 meses)

Os futuros do Dow, enquanto isso, indicavam leve alta na abertura do pregão de segunda-feira em Nova York.

 Cautela nos mercados antes da reunião de Jackson Hole do Fed

Mesmo assim, os investidores podem se mostrar cautelosos com o que o Fed pode dizer nos próximos dias.

O simpósio anual do banco central em Jackson Hole, Wyoming, será realizado na quinta e sexta-feira. Pela primeira vez em quatro décadas, o evento ocorrerá de forma virtual por causa da pandemia. Nessa oportunidade, o presidente da instituição, Jerome Powell, apresentará a avaliação da política monetária, que deve reforçar sua promessa de taxas de juros ultrabaixas e mais desvalorização cambial.

A questão mais importante, sobretudo antes da reunião de política do Fed em setembro, é se o banco central americano mudará suas metas de inflação para uma média, permitindo que os preços subam antes de uma elevação das taxas de juros.

Os investidores também ficarão de olho em sinais de que o Fed buscará novos meios de impulsionar a economia caso o congresso americano não aprove um novo pacote de alívio.

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“Se Powell confirmar que o banco passará a adotar algum tipo de regime de metas de inflação média, a notícia será positiva para a tomada de risco e negativa para o dólar”, afirmou Eamonn Sheridan, do site ForexLive.

Os rendimentos das notas de 10 anos do tesouro americano vêm em tendência de baixa nos últimos dois meses, e os operadores de câmbio esperavam que o Fed mantivesse a situação como está, aplicando controles sobre o instrumento.

Entretanto, a mera discussão feita pelo Fed em sua reunião de julho sobre a adoção de controles da curva de juros foi razão suficiente para que os operadores de câmbio impulsionassem para cima o Índice Dólar. Isso ocorreu apesar dos trilhões de dólares de estímulo emitidos pelo congresso americano e da promessa do banco central de continuar aumentando seu balanço para dar suporte a uma economia abalada pela pandemia.

Embora os dados de vendas de casas novas e PMI nos EUA tenham dado suporte à moeda americana, a persistência do Índice Dólar no patamar de 93 surpreendeu muitos analistas que esperavam uma consolidação abaixo de 92,5 como valor justo.

Riscos demais para abandonar o ouro

O ouro atingiu a máxima recorde de cerca de US$ 2.090 em 7 de agosto antes que duas fortes sessões de queda nas últimas duas semanas aumentassem a volatilidade do mercado.

“A melhor coisa para o ouro agora será a continuidade da recuperação econômica, mas não de forma muito robusta, cimentando assim a necessidade de um estímulo fiscal e monetário maior”, afirmou Ed Moya, analista da OANDA em Nova York. “Ainda há uma perspectiva de muitos riscos para que qualquer investidor abandone o ouro”.

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Em relação ao petróleo, a alta de dois dígitos na contagem de sondas nos EUA ao longo da semana passada adicionou uma nova camada de preocupação de que os perfuradores do maior país produtor de petróleo do mundo estivessem aumentando a extração de óleo, apesar da questionável projeção de demanda em meio à pandemia de coronavírus.

Primeiro aumento de dois dígitos no número de sondas em mais de um ano

As sondas petrolíferas em operação nos Estados Unidos eram de 183 na semana passada, contra a mínima histórica de 172 na semana anterior, segundo a pesquisa rotineira conduzida pela Baker Hughes, empresa prestadora de serviços petrolíferos.

A Baker Hughes não registrava qualquer adição de sondas desde fevereiro, ou seja, antes mesmo da disseminação do coronavírus nos Estados Unidos, responsável por dizimar a demanda de energia. Há mais de um ano não se registrava um aumento de dois dígitos na infraestrutura de extração.

A disparada de plataformas sugere que os perfuradores norte-americanos estão se contentando com os preços do barril em torno de US$ 40.

A história mostra que as adições de sondas podem indicar um rápido crescimento nos campos de shale oil. O resultado geralmente é uma produção maior do que o mercado consegue suportar, um fenômeno que acaba pesando, em última instância, nos preços do petróleo.

O número de sondas nos EUA chegou a alcançar a máxima de 1.606 em 2014, desencadeando o crash de preços que fez o petróleo cair de mais de US$ 100 para cerca de US$ 25 por barril dois anos mais tarde.

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