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Commodities nesta Semana: Vírus Afunda Petróleo; Ouro Finalmente Supera US$ 1800

Publicado 29.06.2020, 09:57
Atualizado 02.09.2020, 03:05

A deterioração dos preços do petróleo por causa do aumento de casos da Covid-19 deve continuar esta semana, com os ursos de olho na cotação de US$ 35 para o barril de Brent e abaixo disso para o WTI.

Já o ouro pode ter seu melhor momento em nove anos. O cobiçado alvo de US$ 1.800 por onça parece mais provável do que nunca, já que uma nova onda de casos de coronavírus está fazendo com que os investidores fujam dos mercados de risco em direção a portos seguros.

O repique de 6% nos lucros do setor industrial da China – o primeiro desde maio – ajudou a restaurar certo otimismo com a recuperação econômica global. Mas o sentimento do mercado americano permaneceu à flor da pele, apesar de os futuros do Dow indicarem uma abertura levemente positiva na segunda-feira.

“A trajetória da pandemia de Covid-19 nos Estados Unidos continua sendo a maior preocupação”, afirmou Jeffrey Halley, estrategista sênior de mercados da plataforma de negociação online OANDA, em Sidney.

“Como último esteio do consumo para o resto do mundo, uma agressiva segunda queda na recuperação econômica dos EUA seguramente contaminará o restante do planeta”.

“A retomada mundial requer que ambas as potências se recuperem, e não apenas uma delas".

WTI Futuros Diário

O número de mortes ao redor do mundo por coronavírus ultrapassou 500.000 no domingo, em um desalentador lembrete da brutalidade da pandemia. Mais cedo no dia, o número total de casos de coronavírus registrados nos Estados Unidos superou 2,5 milhões, à medida que o surto piorava na Flórida, Texas e Arizona. No fim de semana, a quantidade de infecções ao redor do mundo foi além da casa dos 10 milhões.

Embora o governo Trump continue menosprezando os efeitos de uma segunda onda do vírus e a probabilidade de outra rodada de lockdowns econômicos, a realidade em campo está tomando uma forma completamente distinta.

Estados elevam restrições

No domingo, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, ordenou o imediato fechamento dos bares que haviam sido abertos em sete condados do Estado, inclusive Los Angeles, e pediu que os estabelecimentos de mais outros condados fizessem o mesmo, dizendo que o coronavírus estava se disseminando rapidamente naquelas regiões.

O governador do Texas, Greg Abbott, também fechou os bares novamente e reduziu a capacidade dos restaurantes para 50%. Ele também impediu as viagens de botes pelos rios, as quais foram culpadas pela rápida ascensão dos casos, e baniu as aglomerações externas de mais de 100 pessoas, a menos que sejam aprovadas pelas autoridades locais.

"Muitas dessas ações se devem à incerteza em relação à rapidez com que as pessoas vão voltar a trabalhar”, declarou Larry Milstein, diretor executivo de negociação da R.W. Pressprich & Co, em uma entrevista ao Wall Street Journal, antes da divulgação do relatório de emprego de junho nos EUA, na quinta-feira.

O consenso dos analistas acompanhados pelo Investing.com mostra que as folhas de pagamento não agrícolas nos EUA podem ter tido um aumento de 3 milhões neste mês, em comparação com o crescimento de 2,5 milhões em maio. Mas, em vista dos novos casos de infecções, que estão desacelerando ou interrompendo completamente a reabertura de alguns setores que estavam impedidos de operar desde março, o quadro final da situação dos empregos neste mês pode ser menos positivo.

Situação do petróleo

O West Texas Intermediate, referência do petróleo nos EUA, sofreu mais uma queda de 2,2% na segunda-feira, aumentando o declínio 3,4% da semana passada.

“O WTI não foi capaz de manter seu ímpeto depois de atingir o patamar de US$ 40 e parece destinado a continuar se consolidando entre os níveis de US$ 35 e US$ 42 ao longo das próximas semanas", afirmou Ed Moya, estrategista-chefe da OANDA em Nova York depois do fechamento do mercado na sexta-feira.

“Não está ocorrendo um rápido repique da demanda, mas os esforços de estímulos, as reaberturas dos negócios e a aparição de melhores tratamentos para o vírus estão limitando a pressão descendente sobre os preços do petróleo”.

Os futuros do Brent, que responde por cerca de três quartos das negociações mundiais de petróleo, se desvalorizou 1,7%, ampliando a queda de 3% da semana passada.

Brent Futuros Diário

As empresas de óleo e gás no Texas e arredores não esperam que o consumo mundial de petróleo retorne aos níveis vistos antes do coronavírus até pelo menos o fim do ano que vem. Uma pesquisa recente do Federal Reserve de Dallas descobriu que cerca de 51% dos entrevistados não esperam que essa retomada ocorra até o fim de 2021.

Mais da metade dos executivos de 160 empresas de óleo e gás disseram que se inscreveram em pelo menos um programa assistencial do governo, de acordo com uma pesquisa do Federal Reserve de Dallas.

“As maiores taxas de teletrabalho e menores viagens de lazer neste verão devem impactar ainda mais a demanda petrolífera no mercado desenvolvido”, declarou Bethany Beckett, economista da Oxford Economics, em uma entrevista ao Wall Street Journal.

A Energy Intelligence, de Nova York, fez uma análise sugerindo que petrolíferas nacionais como a Aramco (SE:2222), da Arábia Saudita, e a Petronas (KL:PETR), da Malásia, ainda estavam estudando como reagir a essa crise.

“Existem petrolíferas estatais de todos os tamanhos e formatos, mas a maioria compartilha do mesmo núcleo de DNA".

“Essas empresas são vistas como essenciais para a renda nacional e a soberania econômica de diversos países”.

Ouro flerta com US$ 1.800

Os futuros do ouro na COMEX se seguraram firme nos US$ 1.790 por onça, aumentando as chances de um teste do nível de US$ 1.800. Na semana passada, o ouro ficou a apenas US$ 4 de romper o alvo no qual os comprados estão de olho há nove anos.

Ouro Futuros Diário

Embora o ímpeto altista do ouro tenha arrefecido na sexta-feira, analistas apostam que o mercado repetirá as máximas de 2011 antes do fim da semana que vem e possivelmente as máximas históricas acima de US$ 1.900 no fim de julho.

O ouro também pode continuar subindo e atingir US$ 2000 no fim deste ano, segundo os estrategistas.

Bob Haberkorn, estrategista de mercado da RJO Futures, em Chicago, afirmou:

“Os investidores estão ficando nervosos com a atual alta nos casos de coronavírus e encerrando suas posições em mercados mais arriscados, como ações, direcionando seus investimentos para o ouro e os títulos de dívida”.

Aviso de isenção: Barani Krishnan não possui posições nos ativos sobre os quais escreve.

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