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Contexto Brasileiro Não Permite Tendência Sustentável em Câmbio, Bovespa e Juros!

Publicado 24.11.2020, 08:01
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A crise fiscal exacerbada e no limite e a complexidade de fatores que estão envolvidos e que devem ser contornados para que o quadro macroeconômico brasileiro ganhe homogeneidade mínima, além dos problemas na área da saúde pública agravadas pela crise do coronavírus com sinais de recidiva e a absoluta necessidade de evitar corte abrupto nos programas assistenciais às classes menos favorecidas, num ambiente de absoluta exiguidade de recursos por parte do governo, tornam dia a dia mais nebulosa as perspectivas de curto/médio prazos e quase inimaginável no longo prazo.

Neste cenário todo presságio é possível, e o Ministro Guedes continua pontificando diariamente fatos novos que envolvem esperanças, anseios e necessidades absolutas, mas ainda carentes de proposituras consistentes em torno das mesmas e sem as articulações fundamentais, sem o que ficam limitadas a simples ideias colocadas, procedentes é verdade, mas carentes de melhor formalização e indispensável articulação política.

Como temos salientado, são mais “pítacos” para suscitar manchetes e impactos nas manchetes dos jornais e repercussões temporárias no mercado financeiro, típicas de um quadro em que o governo está encurralado por enormes desafios para os quais não tem estratégias claras e pontua uma infinidade de ideias na busca de massa crítica.

O ministro Paulo Guedes, afirmou ontem que depois das eleições municipais há conversas em curso para a realização de mais reformas, destacando ter certeza quanto à aprovação pela Câmara dos Deputados da autonomia formal do Banco Central, projeto que já foi chancelado no Senado, temas requentados e que sabidamente encontrará resistências na Câmara, que deseja antes discutir a Reforma Tributária, que deve ensejar longo período de debates, dada a existência de inúmeros pontos de conflito.

Na Firjan, Guedes destacou que há uma pauta mínima que deve avançar, pois tem baixo custo político e muito retorno social. Em outro evento destacou que poderão ser aprovados até o final deste ano, projeto de modernização da lei de falências, PEC que crie programa fiscal rápido de ajuste nas contas públicas, etc…

Enfim, tudo se houve, mas o ambiente perdura inquietante com desafios relevantes se avolumando e sem que haja a percepção de definições de estratégias factíveis principalmente para as questões pontuais e emergenciais em torno da crise fiscal, inflação em ascendência, pressão sobre o juro e câmbio e o relevante problema envolvendo os programas assistenciais do governo às classes menos favorecidas, que pode ter que ser estendido se a crise da pandemia se prolongar como há sinais primários, o que acentua o risco de mais gastos num ambiente de recursos exíguos.

Ademais, o governo sabe que os seus programas assistenciais foram o grande fomentador do consumo ao longo da crise da pandemia e que permitiu que a economia tivesse oxigenação mínima para recuperação, porém não sabe exatamente em que dimensão, por isso tem visão menos otimista em relação a recuperação do PIB no 4º T e ressalvas quanto a dinâmica de geração de empregos.

Neste ambiente em que “tudo parece funcionar e ninguém sabe ainda o por quê?" as incertezas campeiam e não são poucas.

O governo pode estar esperando chegar a demanda do “overhedge” para vender parte das reservas cambiais ao mercado, algo como US$ 15,0 Bi de dólares que ajudaria a conta fiscal, anseio propagado pelo Ministro Guedes e para o qual é fundamental que haja causa e não somente o anseio e esta seria uma oportunidade.

Embora não seja muito, esta hipótese pode sugerir que o BC não deseje que o preço do dólar seja depreciado precocemente por fatores externos e melhora do fluxo de recursos para o país após longo período, pois diminuiria sua margem de ganho com a eventual venda, já que esta deve ser a ação do BC para a demanda prevista e não a oferta de linhas de financiamento e/ou contratos de swaps cambiais novos.

Não se pode descartar a hipótese de que haverá mais um ano e meio de discussões sobre reformas, privatizações, etc.... e continuaremos “patinando” até ingressarmos outra vez em ambiente eleitoral, quando o acirramento político praticamente inviabiliza avanços para reformas estruturais.

Salvo se o governo materializar as proposituras de suas ideias alardeadas, assumir o protagonismo na implementação das mesmas e construir base de sustentação política consistente, o que, neste momento, não sugere ainda haver ambiente favorável.

Sem isto será difícil o país reconstruir os alicerces da credibilidade e atratividade, e continuaremos convivendo com os desencontros de IPCA projetando-se ao dobro da taxa de juro Selic e a um sexto do IGP-M que reajusta serviços e contratos comerciais, crise fiscal explosiva e incertezas, e, desta forma, os principais ativos do mercado financeiro podem ter comportamento volátil, sem tendências consistentes e confiáveis.

O dólar ontem abriu a R$ 5,3780 e fechou a R$ 5,4341 com alta de 1% enquanto o peso mexicano, também ligado a commodities, teve baixa de 0,66%, o que deixa evidente o impacto dos fatores internos do Brasil na formação do preço local do dólar, ainda que se considere como atenuante o fato do país não ter risco cambial.

Últimos comentários

Juros no pé e cambio alto são boas medidas econômicas. Se não fossem o Trump não reclamaria. Empregos explodindo. O país se re-industrializando. A inflação produzida pelo aumento de demanda é a mola propulsora dos empregos. Muito diferente de quando há emissão de papel moeda sem lastro, onde todos perdem, exceto aos especuladores que emprestam ao governo.
DIs e dólar estão sentindo mas bolsa nem está ligando para risco fiscal. Estrangeiros entraram em massa.
estrangeiros entraram com 24 bi de reais o mercado internacional tem 3 tri de dolares buscando alocacao o que entrou nao é nada e focou vale e petro que podem comprar em ny
Mas a bolsa já está "apenas" -5% no ano. Tem bolsa importante como Londres e Madri com fortes perdas. Você não vê essa discrepância no bom momento da bolsa com a perda do real, entre as piores do mundo, e os DIs, bem altos? Eu não sei a justificativa mas vejo humores muito distintos nesses mercados, algo que não é comum.
Os canalhas com mandato,entra ano sai ano,nada produzem em prol do pais,enquanto isso,a massa aloprada da populacao aposta na mesmice,visto que nao renovam os pares da politica estadual e federativa,o abismo se aproxima,e este povo mediocre preocupado com o seu umbigo.Bolsonaro tenta de tudo,em vao,povinho mediocre.
A sete semanas que nosso caríssimo congresso não vota uma matéria sequer...
bom artigo
Já passamos da fase razoável para endireitar o país. Agora precisa de vergonha na cara e parar com a especulação com o dólar. Valoriza o Real em 50% e congela o câmbio por 2 anos. Acaba com o câmbio flutuante e passa ao sistema de bandas, como era antes. Bem rápido tudo volta ao normal.
Parabéns Sr.Nehme...A melhor coluna,imbatível!
Infelizmente o populismo atravessa o caminho. "Tudo parece funcionar mas ninguém sabe ainda o porquê".Essa foi ótima! KKKKKKKKKK!!! Haverá a troca de 3 meses de auxílio por algum tipo de reforma...Quem dá mais? Quem dá mais? Com o renda Brasil,dólar procurará o topo do canal de alta nos 6 merréis,de novo!
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