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Criptomoedas Podem Ser a Salvação dos Fundos Multimercados

Publicado 29.04.2019, 11:50
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Eles são os campeões de captação, as estrelas da imprensa, os queridinhos de onze em cada dez investidores. É claro que estou falando dos fundos multimercados. De acordo com pesquisa realizada pela ANBIMA, somente no primeiro trimestre de 2019 os multimercados captaram mais de 12,4 bilhões de reais. Apenas para efeito comparativo, isso é mais do que foi captado pelos fundos de renda fixa e previdência somados, que captaram 1,1 e 10,1 bi respectivamente.

Captação no 1º tri por tipo de fundo de investimento. Fonte: Anbima

A explicação para tanto sucesso é simples: aplicando em bolsa, câmbio, juros e crédito privado, os fundos multimercados se apresentam como a solução de investimento definitiva para o investidor, realocando o portfólio de seus clientes automaticamente para as melhores oportunidades de relação risco/retorno de acordo com o perfil do gestor. Dessa forma, tudo que o investidor pessoa física precisaria fazer é transferir o seu dinheiro e confiar no gestor.

O gestor de multimercados tem algumas vantagens sobre o investidor pessoa física: muitos gestores apostam em estratégias de cupom cambial, o que pode ser difícil de replicar para o investidor individual. Além disso, os fundos também podem investir em papéis de empresas americanas através de BDRs, papéis restritos a investidores qualificados (com mais de 1 milhão de reais em investimentos).

Apesar das vantagens, há também duas grandes desvantagens nos fundos multimercados. A primeira é que a esmagadora maioria desse tipo de fundos aposta em teses macroeconômicas, que podem demorar para se concretizar. Além disso, grande parte dos gestores é mestre em operar juros: em um país com uma economia instável como a nossa, dominar o mercado de juros vale ouro. No entanto, desde o governo Temer a economia brasileira vem se estabilizando, com a taxa de juros se encontrando atualmente na mínima histórica.

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Com a redução da taxa de juros, os retornos dos fundos multimercado vêm caindo substancialmente. Mesmo o famoso fundo Verde, dirigido pelo lendário Luis Stuhlberger e que já chegou a render 135% em apenas um ano, passa por momentos ruins: em 2017 e 2018 rendeu apenas 5,25 e 7,91% respectivamente.

Stuhlberger havia apostado em uma desvalorização do yuan (moeda chinesa) contra o dólar, que demorou a acontecer e, por isso, levou o fundo a ter resultados medíocres. De toda forma, o emagrecimento do rendimento dos multimercados é regra generalizada: no primeiro trimestre de 2019 os multimercados renderam em média apenas 2,66%; nos últimos doze meses, o rendimento médio é de 8,34%.

O leitor pode agora objetar dizendo que 8% não é um rendimento anual ruim, o que é verdade. Porém não podemos atentar somente para o rendimento, sendo sempre necessário ter em mente qual é o risco corrido na aplicação e qual é o custo de oportunidade envolvido. De maneira geral, boa parte dos fundos multimercados investem um percentual razoável de seu capital em renda fixa, porém também realizam aplicações na renda variável, tentando bater os fundos de renda fixa. Seria de se esperar que o retorno fosse extraordinariamente maior, para compensar o risco de se envolver em operações com renda variável.

Na realidade, o que observamos é que os fundos multimercado vêm rendendo muito pouco a mais ou até menos do que os fundos de renda fixa. Nos últimos três meses os multimercados renderam em média 2,66%, contra 2,25% dos fundos de renda fixa, uma diferença de apenas 0,41%, sendo para isso necessário incorrer em muito mais risco.

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Se olharmos os últimos doze meses, o resultado é ainda pior: os multimercados renderam em média 8,34%, contra 8,42% dos fundos de renda fixa. Isso mesmo: o investidor correu mais risco nos fundos multimercados e ainda assim os fundos de renda fixa renderam mais. É claro, a renda variável varia e sempre há riscos de prejuízo, mas se um produto de renda variável não bate a renda fixa, não há incentivos para que o investidor corra riscos: melhor aplicar seus recursos na renda fixa e ter um sono tranquilo.

Rendimento médio por tipo de fundo de investimento. Fonte: ANBIMA

Problemas modernos requerem soluções modernas e não haveria de ser diferente para os multimercados. Se estes fundos quiserem se manter relevantes para o investidor e se desejam voltar a bater o mercado, acredito que uma excelente alternativa para os gestores seja começar a investir em criptomoedas.

Apenas para efeitos comparativos, nós, plataforma de arbitragem automatizada de bitcoins, rendemos mais de 13% em 2019 e quase 70% nos últimos doze meses. Bem mais do que os magros retornos que tiveram os fundos multimercados nos mesmos períodos.

Fundos multimercados não podem ter uma exposição tão grande a criptomoedas e, por isso mesmo é improvável que venham apresentar rendimentos tão grandes quanto esses. Isso porém não é motivo para que fiquem distantes dessa classe de ativos, que frequentemente oferece retornos exponenciais.

De acordo com instruções da CVM, fundos multimercados que desejam captar no varejo podem investir até 20% do seu capital no exterior. E o melhor: a Instrução 555, que trata do investimento no exterior, não veda o investimento indireto em criptoativos, desde que o investimento seja feito através de instituições reguladas. Dessa forma, os fundos multimercados poderiam investir até 20% de seu capital em criptoativos no exterior.

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O investimento em criptoativos poderia ajudar os gestores a alcançar o tão sonhado alfa, batendo o rendimento médio do mercado. É claro, criptoativos ainda são ativos de risco, mas analisando o crescimento e a valorização desse mercado, consigo somente me lembrar do hino Patmos, do grande poeta alemão Friedrich Hölderlin: onde há perigo, cresce também o que salva.

 

Últimos comentários

fala de rendimento, mas não fala da queda de 80% no bitcoin ne.Pode ser q essa estratégia funcione, mas de longe é a mais arriscada.
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