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Demanda pelo Dólar Desaparece Diante de Dados Decepcionantes

Publicado 02.10.2019, 09:47
Atualizado 09.07.2023, 07:31

Kathy Lien, diretora executiva de estratégia de câmbio da BK Asset Management

Com exceção do euro e da libra esterlina, todas as principais moedas se desvalorizaram na terça-feira frente ao dólar estadunidense, com o dólar australiano liderando a queda. O Reserve Bank (RBA, banco central da Austrália) cortou as taxas de juros pela terceira vez neste ano para a mínima histórica de 0,75%, porém o mais relevante é o topo de curto prazo na moeda americana. O dólar estadunidense começou firme o pregão de Nova York frente a todas as principais divisas e nas máximas plurianuais contra o euro, mas essa tendência de alta se reverteu após os dados industriais no país. De acordo com o último relatório do ISM, a atividade nas fábricas atingiu o nível mais fraco em 10 anos. A atividade manufatureira teve contração pelo segundo mês seguido, com o índice caindo de 49,1 para 47,8. Essa deterioração gera preocupações com a forma com que o crescimento mundial mais fraco está afetando a economia norte-americana e, por extensão, seu mercado de trabalho. Embora o emprego na indústria seja um item separado no relatório de empregos que será divulgado na sexta-feira nos EUA, o fato de que o índice de emprego tenha caído para seu nível mais baixo desde 2016 é um sinal de alerta para a economia norte-americana. Saberemos mais quando o relatório do setor de serviços for divulgado na quinta-feira, mas, por enquanto, o relatório de ontem mudou a trajetória do dólar ao gerar expectativas para dados mais brandos. Além da correção no dólar, os rendimentos do Tesouro americano ficaram negativos, e o Dow despencou mais de 300 pontos. Se o relatório da ADP ficar abaixo das expectativas, podemos ver uma queda mais significativa que pode empurrar o par USD/JPY abaixo de 107,50.

Graças ao declínio no dólar, podemos ver um fundo de curto prazo no euro. A perspectiva para a Zona do Euro não é nada boa, e o fato de a União Europeia (UE) negar que esteja considerando aumentar o prazo para a questão fronteiriça da Irlanda não ajuda em nada as moedas europeias. No entanto, o risco de encerramento de posições de venda é alto antes da divulgação do relatório de empregos não agrícolas de sexta-feira nos EUA, e os investidores podem usar a desculpa de que os números do PMI industrial foram revisados para cima para o mês de setembro. O setor manufatureiro ainda está bastante fraco, mas uma corrida para cobrir as posições de venda pode levar o par EUR/USD para 1,10, sem, contudo, romper a tendência de baixa.

O dólar australiano teve o pior desempenho entre as principais moedas, o que não causa surpresa em vista da decisão do Reserve Bank de reduzir os juros pela terceira vez neste ano. A instituição reduziu os juros para a mínima histórica e afirmou que está preparada para “flexibilizar ainda mais a política monetária, se necessário”. O banco central australiano espera que as pressões inflacionárias permaneçam atenuadas por algum tempo e expressou preocupação com a perspectiva para o consumo. Os indicadores sugerem que o crescimento do emprego desacelerará porque o “avanço dos empregos e da inflação está mais lento do que gostaríamos”, nas palavras do Governador Lowe. Apesar de não acreditarmos que o RBA afrouxará sua política monetária mais uma vez neste ano, a declaração de ontem foi mais moderada (dovish) do que o mercado esperava. O par NZD/USD caiu para a mínima de quatro anos com o corte de juros do RBA, o que coloca pressão sobre o banco central neozelandês para que também flexibilize sua política.

O par USD/CAD teve queda apesar do crescimento do PIB mais brando do que o esperado e de preços menores para o petróleo. O movimento foi impulsionado inteiramente pela fraqueza do dólar estadunidense. Embora o declínio tenha quase rompido a consolidação de duas semanas, o fato de o USD/CAD encerrar o pregão de Nova York na mínima semanal aumenta a possibilidade de uma queda maior. Se o USD/CAD vier abaixo de 1,32, poderíamos ver um rápido deslize para 1,3150. Por fim, a libra esterlina encerrou o dia estável frente ao dólar estadunidense. A atividade manufatureira mais forte do que a esperada ajudou a evitar novas perdas, mas o foco principal continua sendo o Brexit. Se a UE fizer concessões à questão fronteiriça da Irlanda, o par GBP/USD pode subir, mas, até que isso aconteça, grandes movimentações na libra podem ser limitadas.

Últimos comentários

comodes ouro esta em alta .as pessoas estao sempre compra do o ouro como garantias futuras .noticias que abalanca a economia global a demanda do gold e crescente
por dolar cada vez aumenta mais!!! 4,16 acha mesmo que não há demanda??
Toda demanda desapareceu. Desapareceu por dólar, por ativos na bolsa, por imóveis, por ítens básicos de consumo. O Brasil parou. Apenas a dívida interna aumenta.
aumentou a demanda por antidepressivos.. aumentou a demanda por passagens aéreas para fora dessa bosta
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