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Depoimento de Powell Sela Acordo para Corte de Juros neste Mês; Mercados Disparam

Publicado 12.07.2019, 09:03
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Os investidores comemoraram o que consideraram ser um forte sinal do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, de que um corte de juros era iminente. As ações norte-americanas registraram novas máximas históricas, com o Nasdaq Composto fechando, na quarta-feira, no recorde de 8202,53, e o S&P 500 cruzando o patamar de 3000 pela primeira vez, antes de fechar a 2993,07.

De fato, os comentários de Powell em seu depoimento semestral perante o Congresso foram tão incisivos que seria difícil para o Fed manter as taxas de juros inalteradas em sua reunião de política monetária no final deste mês sem provocar uma reação violenta dos mercados.

S&P 500, NASDAQ fecharam com recordes na quarta-feira

Para começar, Powell afirmou que os riscos de queda na atividade econômica não haviam diminuído desde que ele sugeriu originalmente que o Fed poderia precisar cortar juros a fim de sustentar o crescimento econômico. Em seguida, Powell respondeu à pergunta que estava na mente de todos, isto é, se o forte relatório de empregos de junho havia mudado essa perspectiva, e a “resposta direta” foi “não”.

Powell não teceu maiores comentários sobre a adição de 225.000 empregos no mês passado, que ajudou aquecer o mercado de trabalho e poderia elevar os preços. “Para dizer que algo está quente, você precisa de fogo”, afirmou.

Mudança na visão sobre a inflação

De fato, a admissão mais significativa do presidente foi que “há um risco de que a inflação fraca seja ainda mais persistente do que estamos prevendo”. Anteriormente, Powell havia insistido, mesmo com todas as evidências em contrário, que a inflação estava abaixo da meta de 2% do Fed (havia sete anos) por causa de fatores transitórios.

"Muitos participantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) consideraram que os argumentos a favor de uma política monetária um pouco mais acomodatícia tinham ganhado força”, declarou Powell, referindo-se à análise de dados recebidos sobre a inflação e a economia na reunião do comitê no mês passado.

Ele estava praticamente citando as atas da reunião, que também foram divulgadas na quarta-feira após o atraso usual de três semanas. As atas diziam:

“Muitos julgaram que uma acomodação adicional na política monetária seria justificada no curto prazo, caso os últimos acontecimentos se mostrem duradouros e continuem pesando sobre a perspectiva econômica."

Mais sinais adiante

A divulgação do índice de preços ao consumidor (IPC) e do índice de preços ao produtor (IPP) no final desta semana deve dar mais sinais de como será o índice de despesas com consumo pessoal (IDCP) – medida de inflação preferida do Fed – quando for divulgado no final deste mês.

O IDCP geralmente fica abaixo do índice de preços ao consumidor; portanto, seria necessário que o IPC mostrasse um ganho significativo na direção de 2% para aliviar as preocupações do Fed com uma inflação persistentemente baixa. Powell e seus colegas parecem ter razões para acreditar que esse não será o caso.

O núcleo do IPC de junho divulgado nesta quinta-feira veio acima da expectativa de alta de 0,2% do mercado, subindo 0,3%, contra uma aceleração de apenas 0,1% em maio. Mesmo assim, é improvável a mudança de discurso de Powell e de Fed de sinalização de corte de 25 pontos-base na reunião da Fomc do fim do mês.

E para selar o acordo...

Se o Fed precisa de algum argumento para selar o acordo, poderá encontrá-lo na curva de juros invertida, que ultrapassou a marca de 30 sessões, considerada pelos economistas como um prenúncio de uma recessão.

O rendimento das letras do Tesouro de três meses ultrapassou o rendimento da nota de dez anos por 30 pregões consecutivos. A diferença alcançou 0,259 ponto percentual, a maior desde que a inversão de 2007 previu corretamente a recessão que provocou a crise financeira.

Além disso, diferentes modelos econômicos usados pelos bancos regionais do Fed em Nova York e Cleveland mostram que as chances de uma recessão nos próximos 12 meses subiram para 1 em 3, o também o maior nível desde 2007.

Pessimismo cada vez maior

As atas da reunião de junho indicaram que pode estar ocorrendo uma mudança no sentimento em relação à economia. Enquanto os participantes em geral mantiveram seu otimismo de que o crescimento, o emprego e a inflação mostravam solidez, “muitos integrantes destacaram grandes adversidades nos cenários, com resultados menos favoráveis”.

Os parlamentares da câmara procuraram demonstrar de todas as formas que apoiavam Powell em sua disputa com o presidente dos EUA, Donald Trump, em relação à política monetária. Mas, como Powell e companhia estão dispostos a seguir na direção almejada por Trump, isso provavelmente não será necessário.

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