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Especial Tesouro Direto: Conheça o Programa que Atrai cada vez mais Investidores

Publicado 04.05.2017, 05:05
Atualizado 02.09.2020, 03:05

O Investing.com Brasil começa hoje uma série de três artigos sobre como investir no Tesouro Direto. Nesta primeira parte, vamos apresentar os títulos disponíveis para compra e como aplicar seu capital para garantir bons rendimentos contando com o menor risco do mercado. Veja no fim do artigo o passo a passo sobre como fazer sua conta e começar investir! Nas próximas duas semanas, trataremos de estratégias mais avançadas de investimentos, com foco no curto prazo e, a seguir, no longo prazo. Não perca e boa leitura!

O Tesouro Direto caiu no gosto do investidor brasileiro nos últimos anos. O programa de venda de títulos oferecido pelo Tesouro Nacional fechou o primeiro trimestre de 2017 com 461 mil investidores cadastrados, que detêm R$ 43,9 bilhões em papéis da dívida brasileira. Os dois números são um recorde histórico dessa modalidade, que se consagrou em bater seus números mês a mês nos últimos anos.

Os números de março mostram um avanço de mais de 70% no número de usuários e de 48% no estoque na comparação com o mesmo mês há apenas um ano.

Esse maior interesse pelo Tesouro Direto coincidiu com a escalada da inflação, que atingiu seu ápice em 2015, quando o IPCA acumulado em 12 meses bateu 10,67%. Essa dinâmica fez com que os investidores buscassem proteger seu patrimônio e maior rentabilidade do que a conhecida e fácil poupança.

Analistas avaliam que, além de ainda haver mais espaço para crescer, o Tesouro Direto tem se destacado por ganhar cada vez mais atenção na mídia como uma opção de investimento, paralelamente às mudanças incorporadas nos últimos anos que facilitam o entendimento para o investidor de primeira viagem.

“Quando você pega o número de investidores, a penetração é pequena frente ao potencial que ele tem. O investimento hoje tem muito de indicação. À medida que mais pessoas investem, isso dá também uma alavancada no número de investidores”, avalia Amerson Magalhães, sócio-diretor da corretora Easynvest.

A modalidade tem atraído principalmente investidores jovens, entre 26 e 35 anos (36,8% do total), em busca de títulos de médio prazo, com vencimento entre um e cinco anos (51% dos investimentos). O que não significa que essa é a única vocação do Tesouro Direto.

Opções para todos os perfis

Atualmente, o Tesouro Direto tem três tipos de remuneração sobre o investimento: i) títulos que acompanham a movimentação da Selic ii) papéis indexados ao IPCA; e iii) pré-fixados. Veja abaixo os títulos disponíveis e a rentabilidade no fechamento desta quarta-feira (3/5)

Títulos e rentabilidade no Tesouro Direto em 2/5/2017

A primeira opção, Tesouro Selic, é a ideal para quem busca uma boa rentabilidade com alta liquidez, que acompanha a taxa básica de juros definida pelo Copom, do Banco Central.

“O Tesouro Selic tem uma vocação específica para investimento de baixíssimo risco. Quem é muito conservador, vai para o Tesouro Selic”, avalia o CEO da gestora de investimentos Vérios, Felipe Sotto-Maior.

O título é muitas vezes comparado a uma poupança turbinada com maior retorno e rendimentos diários.

Já o IPCA+ protege o investimento do avanço da inflação ao remunerar o capital com a variação do IPCA, acrescido uma taxa fixa negociada na hora da compra. É uma boa alternativa para o investidor que quer garantir, no médio e longo prazos, crescimento do patrimônio.

“O Tesouro IPCA tem a vocação de um plano de longo prazo. Quem já sabe mais ou menos o ano em que vai precisar do dinheiro, o Tesouro IPCA+ tem esse poder de proteger contra a inflação, com ganho real em cima disso”, diz Sotto-Maior

O prefixado embute um risco um pouco maior que os anteriores, pois ao fixar a taxa de remuneração na hora da compra, o investidor fica exposto à variação da taxa de inflação, que, se subir, poderá comer boa parte dos rendimentos. Mas se os riscos são maiores, os retornos também podem ser. Se a inflação ceder, é possível ter altos rendimentos por longos períodos.

Precificação diária

Os títulos podem ser vendidos de volta ao Tesouro todos os dias, mas é preciso atentar que os títulos são precificados à valores de mercado todos os dias, então por mais que seja renda fixa, o Tesouro Direto tem um componente de renda variável.

“Chegou a ser bastante comum o investidor achar que porque comprou um título de renda fixa, ele jamais teria desvalorização e não é verdade. O maior risco é esse: o investidor não entender que pode ter uma desvalorização se a taxa de juros andar contra e ele resgatar antes do vencimento do título”, cita Amerson Magalhães.

Essa variação acompanha o humor do mercado em relação à expectativa do governo de honrar seus compromissos. Eventos políticos, como, por exemplo, uma perspectiva de maior dificuldade da aprovação da reforma da Previdência, ou uma disparada do dólar, têm impacto direto no aumento dos juros e redução no preço de face dos títulos, utilizados na hora da venda ao Tesouro.

Os prefixados e IPCA+, especialmente os com prazo de vencimento mais longos, são mais sujeitos a grandes variações diárias. Já o Tesouro Selic praticamente não varia.

Bom momento para investir

Em linhas gerais, o Tesouro Direto tem se firmado com a melhor opção de baixo risco e fácil acesso para quem ainda está com investimentos em poupança. Como comparação, a poupança teve ganhos reais de 1,9% em 2016, melhor resultado desde 2009 e mesmo assim bem inferior à remuneração de outros tipos de investimento como o Tesouro Direto.

“O momento que vivemos é muito bom para ir para o Tesouro Direto. As taxas estão altas, a economia dá sinais de recuperação, com queda nas taxas de juros e inflação, mas quem compra agora consegue assegurar uma boa remuneração”, analisa Sotto-Maior.

Custos

Além da taxa cobrada pelas instituições financeiras, que vai variar dependendo da corretora – algumas já trabalham com taxa zero (veja aqui a lista das corretoras habilitadas e a taxa cobrada por cada uma) –, é paga uma taxa de custódia de 0,30% ao ano à BM&FBovespa.

Essas taxas são pagas semestralmente ou quando é feito o resgate do título, por vencimento ou venda antecipada, em que são pagos os valores proporcionais acumulados até o momento da liquidação.

No caso do pagamento semestral, quando a soma das taxas da BM&FBovespa (SA:BVMF3) e da corretora (se houver cobrança) ultrapassar R$ 10,00, a cobrança é feita no 1º dia útil de janeiro ou 1º dia útil de julho, o que ocorrer primeiro.

Começando a investir

Uma das premissas do Tesouro Direto é permitir que o investidor faça a compra dos títulos diretamente no sistema do Tesouro ou por meio de home broker da corretora, que nesse caso, atua como o agente de custódia dos títulos.

– Primeiro passo é escolher uma corretora (agente de custódia), que vai intermediar a aquisição e venda dos títulos. É preciso ter CPF e conta corrente em instituição financeira. O Tesouro Direto mantém uma lista de todos os agentes cadastrados em seu site com informações sobre taxas, outros custos e prazos para transferência de recursos.

– Finalizado o cadastro na corretora – muitas fazem toda a intermediação pela internet, sem a necessidade de envio de documentos impressos –, é preciso transferir o dinheiro para a conta da corretora, que disponibiliza os recursos para compra dos títulos. É possível investir a partir de R$ 30.

– Em seguida, é feito o cadastro junto à BM&FBovespa e o Tesouro Direto gera uma senha de acesso à área exclusiva de negociação. Muitas corretoras são integradas com o Tesouro Direto permitindo a negociação de títulos em seus próprios home brokers, o que ajuda na administração de carteiras comportas por títulos públicos e outros ativos.

– O último passo é escolher o título por prazo e regras de remuneração. As operações de compra e venda, em geral, são executadas em um dia útil. Importante lembrar que o Tesouro Nacional adotou nova regra de liquidação, que passou a ser diária e não mais semanal. Isto é, se o investidor precisar sacar o valor parcial ou integral investido, o Tesouro faz a recompra do título em até um dia útil.

Passo a passo para investir no Tesouro Direto

Na próxima semana, trataremos na segunda parte do ESPECIAL TESOURO DIRETO como investir em títulos públicos operando no curto prazo para obter lucros com a variação dos preços dos papéis. Entenda como que, apesar de ser a princípio uma modalidade de renda fixa, é possível negociar diariamente aproveitando do caráter de renda variável da precificação e liquidez diária dos papéis.

Na terceira parte do ESPECIAL TESOURO DIRETO vamos abordar as alternativas para obter ganhos acima da inflação por longos períodos. Veja como o Tesouro Direto também é uma boa alternativa para objetivos de longo prazo como aposentadoria e a compra de um imóvel.

Não perca!

Últimos comentários

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Ótimo artigo!! Excelentes informações.
Sugiro também fazer um especial: Como Investir em Ações.
Obrigado pela sugestão! Está nos nossos planos!
Excelente artigo, simples e esclarecedor.
Gostei muito desse artigo! Vamos seguindo no estudo e aguardo mais informações para agregar no conhecimento e fazer diferença na hora do investimento.
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