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Euro Atinge Máxima Mensal Por Causa de Dados Fracos nos EUA e Otimismo com Brexit

Publicado 17.10.2019, 10:34
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Kathy Lien, diretora executiva de estratégia de câmbio da BK Asset Management

O euro atingiu a máxima de um mês frente ao dólar estadunidense ontem, na esteira de dados mais fortes na Zona do Euro, números mais fracos nos EUA e otimismo com o Brexit. A moeda única apresentou tendência de alta durante a maior parte desta semana. Boa parte dessa força se deve à perspectiva de um acordo para o Brexit capaz de reduzir as incertezas e acabar com um grande risco não só para o Reino Unido, mas também para todos os membros da Zona do Euro. Um acordo está próximo, a ponto de a chanceler alemã, Angela Merkel, declarar: “Estamos nos passos finais da negociação”. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse também: “Um acordo para o Brexit está sendo finalizado”. Esse acordo deve ser anunciado nas próximas 48 horas e, quando isso acontecer, esperamos que todas as principais moedas disparem, inclusive o euro. A máxima de setembro a 1,1109 seria o alvo, mas o rali pode se estender até 1,1150 se os mercados interpretarem o acordo como favorável. Embora ainda se espere uma piora nos dados da Zona do Euro, no curtíssimo prazo o otimismo com o Brexit e a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) no final deste mês serão os principais vetores dos fluxos no EUR/USD.

O mesmo se aplica à libra esterlina. O par GBP/USD subiu pela quarta vez nos últimos cinco pregões, apesar de dados de inflação mais fracos. O par de moedas atingiu seu nível mais forte desde maio de 2019, diante da expectativa de um acordo iminente para o Brexit. E, embora nenhum anúncio tenha sido feito ontem, os investidores esperam que os líderes da União Europeia (UE) divulguem um acordo nesta quinta ou sexta-feira. O último relatório de preços ao consumidor mostra que as pressões inflacionárias no Reino Unido estão relativamente contidas. No mês, a elevação do IPC caiu de 0,4% para 0,1% e, na comparação anual, os preços ficaram em 1,7%. A divulgação das vendas no varejo está agendada para hoje e, apesar da expectativa de uma queda maior nos gastos, os investidores continuam ignorando esses dados em favor de manchetes positivas sobre o Brexit.

Enquanto isso, o dólar estadunidense se desvalorizou em comparação com todas as principais moedas, em razão do péssimo relatório de vendas no varejo. O gasto dos consumidores caiu pela primeira vez em sete meses ao ritmo mais alto desde fevereiro. Excluindo o setor automobilístico o declínio não foi tão intenso, mas as vendas no varejo continuaram negativas. As expectativas de um corte de juros aumentaram por causa disso, e os futuros dos fundos do Fed estão precificando agora uma chance de 86% de flexibilização neste mês, contra 72% antes dos dados. Os gastos dos consumidores são a espinha dorsal da economia, e o último relatório dá mais subsídios àqueles que defendem um terceiro corte de juros neste ano. De acordo com o Livro Bege do Fed, as empresas preveem uma expansão, mas muitas cortaram suas perspectivas de crescimento. Os empresários relataram que a economia se expandiu em ritmo modesto, com um mercado de trabalho sólido e elevação salarial. Os presidentes do Fed de Dallas e Chicago, Robert Kaplan e Charles Evans respectivamente, se manifestaram ontem, e o primeiro demonstrou estar mais cético quanto a um corte de juros do que o segundo, embora Evans acredite que os dados econômicos estejam muito bons e a economia esteja navegando os riscos de forma bastante satisfatória. Apesar de o EUR, o GBP e outras principais moedas terem se valorizado frente ao dólar ontem, as perdas no USD/JPY foram limitadas diante dos dados mais fracos. Observando os gráficos, o USD/JPY deve fazer uma correção, principalmente com a aproximação da reunião de outubro do Fed. Hoje a expectativa é que os dados sobre permissões de construção e novas casas nos EUA impactem bastante a moeda americana, mas o Índice do Fed de Filadélfia pode desencadear movimentos mais fortes.

O dólar neozelandês foi a única moeda a se desvalorizar frente ao dólar. Embora o aumento no IPC tenha acelerado no terceiro trimestre, a taxa anual desacelerou de 1,7% para 1,5%. O mercado espera mais um corte de juros pelo banco central da Nova Zelândia neste ano, e o NZD está se enfraquecendo porque os dados reforçam as expectativas da instituição. Por outro lado, os investidores não esperam que o Banco do Canadá flexibilize sua política neste ano, o que explica por que a moeda ignorou completamente o relatório de inflação mais ameno. O IPC caiu 0,4% em setembro, com a taxa anual permanecendo estável em 1,9%, em vez de acelerar para 2,1%, como previam alguns economistas. O dólar australiano está em foco, por conta da divulgação dos números sobre o mercado de trabalho. O banco central do país acionou o gatilho da flexibilização no início deste mês e acredita que o relatório de emprego justificará sua decisão. O par AUD/USD permaneceu sob pressão, com destaque para os níveis de 68 e 67 centavos.

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