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Fed se Divide entre Orgulho e Pragmatismo para Determinar sua Política de Juros

Publicado 18.06.2019, 08:30
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Os investidores têm tudo para acreditar que fizeram os formuladores da política do Federal Reserve (Fed) recuar, depois de obrigá-los a dar meia volta em relação aos constantes aumentos na taxa de juros e adotar uma postura paciente, sem alterar a política ou prontos para cortar os juros, conforme o caso. O índice de futuros do Fed considera uma probabilidade de 20% de corte na reunião de dois dias que se inicia hoje, embora tenha havido uma queda em relação à previsão anterior de 25%.

Mas alguns membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) podem se manter firmes em suas posições para não serem perseguidos por participantes do mercado nem por tuítes presidenciais. São poucas as chances de haver um corte nesta semana, e o resultado da próxima reunião no final de julho é imprevisível, muito embora os futuros indiquem uma probabilidade de 68% a favor de um corte para 2,00-2,25 em relação à taxa atual de 2,25-2,50.

O presidente do Fed, Jerome Powell, mais uma vez terá que caminhar sobre uma corda bamba na coletiva de imprensa de quarta-feira, a fim de não alimentar expectativas de um corte em julho, sem, contudo, acabar com todas as esperanças a ponto de provocar uma reação adversa no mercado.

O forward guidance, instrumento concebido para aplacar as preocupações do mercado ao garantir o retorno à normalidade, enfrenta desafios sem precedentes no sentido de preparar os investidores para um mundo que nunca mais pode voltar a ser normal. Basta analisar o gráfico das projeções individuais dos formuladores da política quanto às suas expectativas de onde estarão as taxas de juros nos próximos meses. Qual será sua função diante de um possível declínio das taxas de juros?

Apesar de todo o nervosismo com o comércio, os dados não permitem que os formuladores da política tenham uma ideia clara das medias a serem tomadas. A economia norte-americana criou apenas 75.000 empregos em maio, 100.000 a menos do que a previsão consensual, mas a produção industrial apresentou alta de 0,4% no mês, o dobro do que era esperado.

Os dados sobre a inflação são menos ambivalentes. A Inflação dos Preços ao Consumidor (CPI) anualizada ficou em 1,4% em maio, bem abaixo da meta de 2% do Fed. A CPI tende a ficar um pouco mais alta do que a medida das Despesas com Consumo Pessoal preferida pelo Fed, portanto é pouco provável que ela apoie o argumento de Powell de que fatores transitórios estão amortecendo a inflação. As expectativas de inflação monitoradas pela Universidade de Michigan caíram para 2,2% em junho, as mais baixas já registradas, enquanto os preços dos títulos protegidos contra a inflação sugeriam uma taxa de 1,65% na próxima década.

A curva a termo invertida está um pouco menos clara. Embora o rendimento das letras do Tesouro de 3 meses tenha avançado em relação aos títulos de 10 anos em março – e essa inversão continua no momento em que escrevo –, a curva de 2 anos/10 anos ainda precisa ficar negativa. Para alguns, isso confirma que o Fed de fato embarcará nos cortes de juros preventivos para reverter a inversão no curto prazo.

Powell alimentou essa esperança na semana passada, quando abandonou sua posição paciente e garantiu ao seu público, durante uma conferência sobre a estratégia de política monetária, que o Fed “atuará conforme for apropriado para sustentar a expansão”. As manifestações do presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, no dia anterior, de que as tensões comerciais poderiam justificar “um ajuste para baixo no ritmo da política em breve", eram tudo o que os investidores precisavam para acreditar que o Fed finalmente seguiria pelo caminho certo.

Entusiasmados com a certeza de um corte em julho, os participantes do mercado passaram a acreditar que pode haver um segundo corte em setembro, para 1,75-2,00, e consideram uma probabilidade de 35% de um terceiro corte para 1,50-1,75 em dezembro.

Muitas coisas precisam dar errado para que esse cenário se concretize.O imponderável em tudo isso é como o Fed responderá à pressão da Casa Branca por cortes de juros.Será que resistirá aos cortes – mesmo contra seu próprio julgamento – a fim de parecer independente ou será que realmente atuará com autonomia para evitar o arrefecimento da economia, cortando os juros sucessivamente e admitindo seus erros?

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