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Home Office Será um Empecilho para os FII de Laje Corporativa?

Publicado 22.05.2020, 16:49
Atualizado 09.07.2023, 07:32
Cenário Atual
 
Com a pandemia da COVID -19, grande parte dos trabalhadores foram impelidos a trabalhar em casa. Deste fato, surge o questionamento sobre como será o mundo corporativo pós COVID-19 e se haverá a necessidade de utilizarmos escritórios como no passado.
 
Essa não é uma pergunta trivial. Em poucos dias as maiores empresas brasileiras conseguiram enviar seus trabalhadores para casa de alguma maneira. A realidade, no entanto, é que nem todos possuem espaço para trabalhar de maneira constante em casa, boa parte das residências não foi desenhada para terem um escritório e a maioria das pessoas estão se adaptando do jeito que dá. Vale dizer, não estamos fazendo home office, no máximo o que estamos fazendo é: “Working from home”.
 
A velocidade da internet é menor, a segurança da informação é pior e não há métodos para mitigar queda de energia.
 
As relações humanas são muito importantes, nada substitui o contato ao vivo e as expressões corporais.
 
O que percebemos analisando a situação atual com a COVID-19 no Brasil, é que essa mudança das relações de trabalho não está sendo trivial e nos parece que há muito chão ainda para que isso se torne uma realidade permanente e de longo prazo.
 
Cenário futuro
 
A proposta antes era colocar mais gente no menor espaço possível, colocaremos menos gente no mesmo espaço.
 
Acreditamos que todos os dias em home office não será a nova realidade, mas muito provavelmente algo como uma ou duas vezes por semana. Além disso, acreditamos que haja uma adaptação no layout dos escritórios corporativos e, consequentemente, uma nova demanda de tipos de projetos, retrofits etc. O consumidor demandará espaços mais modernos com baias de trabalho do tipo “plug & play”, haverá adoção cada vez maior de notebooks ao invés de desktops, ou seja, um espaço com conceito mais dinâmico e menos fixo. Quem já teve a oportunidade de trabalhar em empresas que praticam o home office, sabe que a realidade é bem parecida com a descrita anteriormente.
 
FII de lajes corporativas
 
Atualmente, há 29 fundos imobiliários de lajes corporativas que representam 17,3% de participação no IFIX e um patrimônio de aproximadamente R$15 bilhões.
 
 
Com base em todas as dificuldades e desafios elencados, a nossa visão é que alguns projetos de expansão imobiliária devem ser revisados, mas não acreditamos em uma redução forte de demanda por espaços em lajes corporativas. As empresas entraram na crise com um tamanho de escritório alinhado com o seu tamanho atual. O que deve acontecer são revisões de expansões ao invés de redução de área.
 
Atualmente, temos vacância baixa, algo em torno de 5% nas principais regiões da cidade de São Paulo, o que dificulta a migração de uma empresa de um prédio para outro.
 
Estávamos em um momento muito positivo nos pós crise 2015/16, com fortes revisões de preço de aluguel, algo entre 30% a 40% acima da inflação e acreditamos que novos aumentos devem acontecer, porém em menor intensidade.
 
Conclusão
 
Em nossa visão, os imóveis de qualidade e localizados em regiões premium terão apreciação e/ou manterão seu valor, enquanto imóveis em regiões que estavam se desenvolvendo devem sofrer mais por dependerem da expansão das regiões mais premium que, como mencionado anteriormente, deve ser menor.
 
Autores: Artur Losnak, CFA e Guilherme Carter

Últimos comentários

O home office aumentará, mas continuará sendo uma exceção. Estamos vivendo uma condição de sobrevievencia e essa ideia mudará com a volta à normalidade.
errado, vc estava (yoda)
Home Office vai ser mais uma modalidade, mas os escritórios físicos vão continuar. O momento que estamos vivendo é uma realidade bem específica onde a vida está em risco. Quando esse risco não existir a tendência é voltar a normalidade, mesmo que haja uma forma híbrida nas empresas de acordo com as especificidades das atividades, ou circunstâncias etc. o ser humano é um ser social e deve continuar sendo.
Home Office é coisa de empresa pequena de consultoria, projetos, design, algo do tipo. Então, para reduzir custos, a relação empresa-colaboradores precisa dessa flexibilidade do home office. Pensando em empresas grandes, que movimentam fortunas com conceitos, inovações, ideias, projetos, as modalidades home office e presencial se complementam.
Ótimo texto, Guilherme. Mas devo discordar da sua visão, em dois aspectos 1) seu ponto de vista sobre o home-office. Você pode sim ter produtividade e segurança da informação trabalhando de casa. Aliás, temos evidências de que os funcionários são mais produtivos trabalhando de casa, em sua maioria. 2) tenho falado com diversos clientes sobre o “pós-covid” e a maioria está sim, considerando desmobilizar escritórios caros, por um modelo mais flexível como o que vc discutiu e isso deve, no curto prazo, causar impacto no índice de vacância das lajes corporativas. Um cliente está considerando desligar um escritório, na Faria Lima, gerando economia de BRL8M por ano.
Concordo com o texo
A empresa que trabalho alugava uma das mais caras lajes comerciais do sul do Brasil e esta de saída para uma (bem) menor e recem construida... e provavelmente devem ter conseguido uma carencia bem grande para mudar tao rapidamente. A exigencia por espaco corporativo vai despencar de um precipicio, seja por mudancas de habito seja pela maior crise economica da historia que se avizinha.
Pra mim os detentores de lajes corporativas terão que reinventar seus espaços físicos pois essa tendência do home office já existia com força no mundo todo. No Brasil que é novato nessa área foi acelerado por causa do covid. Aqui as empresas de controle familiar e/ou nacionais estão vivenciando algo novo que lá fora já é realidade. Menores custos fixos, produtividade maior e colaboradores mais felizes! Todos ganham, impossivel isso dar errado Só quem nao ganha são os FIIs de lajes. FIIs hoje em dia só se for de galpoes logisticos(e-commerce) e/ou fundos de papel. Talvez ainda de shoppings pelo fato desses espacos tambem servire, para lazer. Trabalho em empresa de TI que se adaptou muito bem nessa fase sem a necessidade de enfiar todo mundo dentro de um espaco apertado pela quantidade de funcionarios que tem. Hoje em dia só faz sentido alugar escritorios pequenos para receber clientes para apresentacao de seus produtos e/ou reunioes estrategicas.
Concordo com voce e venho defendendo essa tese a algum tempo. Sonente com relacao a shoppings eu acredito que irao servir apenas para recreacao. Nada muito mais comercial. Em fundos eu acredito sinceramente em logistica. Esse é o futuro. Parabens pela analise.
Analise completamente distorcida da realidade. Home office vai ser a regra, não a exceção.
Ainda e cedo para afirmarmos isso. Temos uma legislacao trabalhista arcaica que dificulta a evolucao de novas formas de trabalho.
Eu pulei fora de Lajes corporativas. A minha empresa é uma multi e já anunciou que pretende rever a ocupação dela, reduzindo de 30% a 50% o espaço locado. Dependendo da empresa, mesmo pagando multa pela entrega antecipada, a redução do custo e despesas pode compensar muito. Acredito que haverá forte renegociação no setor e reduções de aluguéis como um todo. O Yield do setor atualmente está ainda alto pois as cotas caíram muito e estão negociando com P/VPA baixo. Acredito que o mercado esteja considerando o cenário oposto ao seu.
Será que as empresas não estão percebendo que conseguem entregar o mesmo que conseguiam e com um menor custo? venho conversando com muitas pessoas e a impressão é justamente o contrário do que você coloca. acho que a tendência é a empresa ter uma base porém com poucas posições pra que o funcionário à utilize qdo necessário.
Será que as lajes corporativas de Dubai, Nova York, Paris, Londres, foram todas desocupadas por conta do home office? Já que lá isso existe a um bom tempo? Em relação a produtividade, no curto-prazo, a ideia agrada o funcionário, e sim, temos mais prós que contra, mas no longo prazo, isso vai se invertendo, porque as pessoas vão percebendo que o trabalho está roubando seu tempo, inclusive, a sua casa. Exemplo é essa quarentena, ninguém mais quer viver em casa o tempo todo.
Será que as lajes corporativas de Dubai, Nova York, Paris, Londres, foram todas desocupadas por conta do home office? Já que lá isso existe a um bom tempo? Em relação a produtividade, no curto-prazo, a ideia agrada o funcionário, e sim, temos mais prós que contra, mas no longo prazo, isso vai se invertendo, porque as pessoas vão percebendo que o trabalho está roubando seu tempo, inclusive, a sua casa. Exemplo é essa quarentena, ninguém mais quer viver em casa o tempo todo.
Está completamente enganado!
fii de Office acabou
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