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Nada É Mais Importante para o Mercado de Câmbio do que a Questão Comercial

Publicado 13.12.2019, 11:42
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Kathy Lien, diretora executiva de estratégia de câmbio da BK Asset Management

Nada é mais importante para a direção das moedas nos próximos dias do que a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as tarifas chinesas. Isso inclui as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE).

Na quarta-feira, Jerome Powell deixou a taxa de juros inalterada, mas ressaltou que não há previsão de elevá-la até que haja uma alta expressiva da inflação. O dólar estadunidense se desvalorizou, mas as perdas foram limitadas, principalmente no USD/JPY, e ontem a moeda americana disparou novamente contra todas as principais moedas, após reportagens do Wall Street Journal dizendo que os negociadores dos EUA haviam oferecido aos chineses um corte de 50% nas tarifas. O euro, que estava sendo negociado a 1,1154 contra o dólar estadunidense, também cedeu seus ganhos e terminou o dia em queda. É importante destacar que ainda não houve qualquer anúncio oficial, mas, com base nos tuítes de Trump e nas reportagens da imprensa, há mais razões para acreditar que, no mínimo, as tarifas serão adiadas. Contudo, como temos aprendido da pior maneira, as atitudes e decisões de Trump podem mudar no último minuto; portanto, até que seja feito um anúncio oficial, que precisa ocorrer antes de 15 de dezembro, as tarifas ainda podem ser impostas.

Enquanto isso, houve algumas mudanças importantes, ainda que sutis, na perspectiva do Fed e do BCE nesta semana. Christine Lagarde presidiu sua primeira reunião do BCE e começou seu mandato demonstrando otimismo. Em vez de enfatizar as vulnerabilidades na economia e a necessidade de um estímulo contínuo, Lagarde afirmou que os riscos estavam menos pronunciados e havia sinais de uma leve alta na inflação básica. Para destacar esse ponto, o BCE inclusive atualizou suas previsões de PIB e inflação em 2020. Quando perguntada sobre se seria uma “pomba” ou uma “águia” em termos de política monetária, a presidente disse que se esforçaria para ser uma "coruja", o pássaro da sabedoria. O esforço consciente de Lagarde em demonstrar otimismo no início do seu mandato sugere que ela não adotará uma política tão frouxa quanto seu antecessor. Ainda não se sabe se ela jogará duro contra a inflação ou deixará os preços subirem antes do aperto, mas seu tom, em conjunto com todas as melhoras nos dados da Zona do Euro desde a última reunião de política monetária, sugere que ela não terá pressa para aprofundar a flexibilização novamente. Com isso, no curto prazo, esperamos uma recuperação maior no EUR, principalmente contra o iene japonês e o franco suíço.

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Por outro lado, o presidente do Fed, Jerome Powell, focou mais na falta de necessidade de um aperto do que na melhora da economia norte-americana. Assim como o BCE, o Fed deixou as taxas de juros inalteradas. As projeções de PIB continuaram nos patamares anteriores, mas o banco central americano agora vê a inflação subindo em ritmo mais lento neste ano. O mais importante é que houve um movimento de declínio no gráfico de pontos, com um equilíbrio entre os formuladores da política do banco, os quais não veem mudanças na taxa de juros em 2020. Powell ressaltou que a perspectiva para o ano que vem é de juros estáveis. Segundo ele, para elevar os juros novamente, o Fed precisa ver uma alta significativa e persistente na inflação. As vendas no varejo devem ser divulgadas nesta sexta-feira e, embora haja expectativa de números mais fortes, a sustentabilidade do movimento do USD/JPY acima de 109 depende de um atraso nas tarifas chinesas. O EUR/USD, por outro lado, deve ampliar seus ganhos, à medida que os investidores se ajustam à mudança de curto prazo na política monetária do BCE e Fed.

As eleições no Reino Unido deram a vitória a Boris Johnson como primeiro-ministro sobre Jeremy Corbyn. A libra esterlina cedeu parte dos seus ganhos ontem com o acirramento da disputa nas pesquisas. A vitória de Johnson fez a libra esterlina subir, graças à redução das incertezas políticas. Um eventual sucesso de Corbyn sobre Johnson poderia ter gerado uma noite turbulenta para a moeda britânica.

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O dólar australiano estendeu seus ganhos, enquanto os dólares canadense e neozelandês ficaram relativamente inalterados. As expectativas de inflação ao consumidor continuaram estáveis, enquanto a migração na Nova Zelândia apresentou alta. A atividade industrial na Nova Zelândia desacelerou, mas a moeda do país não foi afetada por isso. O governador do Banco do Canadá, Stephen Poloz, se pronunciou ontem e, embora não tenha dito nada de especial sobre a economia do país, afirmou que a economia mundial deve continuar crescendo lentamente.

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