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Não Será um Ano de Vórtice Polar para o Gás Natural, Mesmo Assim Será Complexo

Publicado 18.01.2019, 06:55
Atualizado 02.09.2020, 03:05

As negociações do gás natural nos EUA ficaram muito mais complexas.

Não teremos outro ano de “Vórtice Polar”, nas palavras de alguns traders. Com isso, ocorreram muito menos retiradas de estoque para aquecimento do que no ano passado.

Mas o clima segue bastante frio, o que gera a necessidade de precificação dos riscos do inverno.

A questão é: qual seria o prêmio mais adequado?

Retiradas de estoque animam tanto compradores quanto vendedores

Scott Shelton, corretor de futuros de energia da ICAP em Durham, Carolina do Norte, destacou o dilema dos traders em uma nota nesta semana:

“Me parece que o mercado está 100% focado no clima, com um pouco de atenção aos dados, já que os últimos números de retirada da EIA trouxeram volatilidade e surpresa tanto para os compradores quanto para os vendedores do mercado.”

Em seu último conjunto de dados semanais divulgados na quinta-feira, a Energy Information Administration (EIA) registrou uma retirada de 81 bilhões de pés cúbicos (bpc) dos estoques na semana passada, um pouco acima das expectativas, mas ainda muito menos do que a redução de 218 bpc da média de cinco anos.

O déficit dos estoques, que estava abaixo da média de 5 anos, caiu mais da metade desde meados de dezembro, e agora está em 327 bpc.

Os decepcionantes dados de retirada da EIA na quinta-feira também permitiram que as reservas de gás voltassem para dentro da faixa histórica de cinco anos pela primeira vez desde julho.

Previsões do tempo variadas aumentam a volatilidade

Dan Myers, analista da Gelber & Associates, uma consultoria de gás natural em Houston, Texas, declarou que a variação das previsões do tempo continuou contribuindo com a volatilidade dos preços do gás, e o último relatório de estoque da EIA estava “simplesmente aumentando o barulho”. Em suas palavras:

"Era bastante provável que o estoque total voltasse para a faixa de cinco anos em algum ponto nesta estação, na medida em que era havia pouca probabilidade de a taxa de redução desta estação se igualar à do gélido inverno do Vértice Polar de 2013-14. O mais notável é se o estoque ficar brevemente um acima dos níveis do ano passado no relatório da próxima semana.”

“No entanto, a história deste ano é bastante diferente, já que as maiores retiradas do estoque ainda devem acontecer no final de janeiro e fevereiro, mesmo que os modelos climáticos ainda não consigam esclarecer os detalhes.”

O Vórtice Polar de 2013-14 foi um evento climático extremo que atingiu a maior parte da América do Norte e se estendeu pelos meses finais do inverno.

Houve um recorde de temperaturas baixas por longos períodos daquele inverno, durante o qual alguns estados norte-americanos, como Wisconsin e Minnesota, chegaram a registrar −28 °C e −38 °C. Até mesmo em Houston, a calorosa capital do Texas, registrou temperaturas que chegaram a atingir −6 °C em determinado momento. Os preços do gás saltaram de US$ 4,53 por milhão de unidades térmicas britânicas, em dezembro de 2013, para um pico de quase US$ 6,50 por mmBtu em fevereiro de 2014.

Maior oscilação de preços desde novembro

Gás Natural Gráfico de 60 minutos

Em sua maior oscilação de preços desde novembro, o contrato de gás com vencimento mais próximo na Bolsa Mercantil de Nova York saltou 16% na segunda-feira desta semana, em resposta à perplexidade dos traders com os riscos de precificação do gás, devido à chegada da temporada mais fria desde o início do inverno de 2018-19, com temperaturas nos patamares inferiores de -6º C.

A volatilidade arrefeceu desde então, com flutuações diárias de 1% a 3%, à medida que o mercado se familiarizava com os padrões de temperatura.

Embora o mercado parecesse contar com um bom suporte acima do importante patamar dos US$ 3 por milhão de unidades térmicas britânicas, fechando o pregão de quinta-feira a US$ 3,424 para o contrato de gás com vencimento mais próximo na NYMEX, não havia muitos fatores de suporte que ajudassem a elevar muito mais os preços.

Dominick Chirichella, diretor de risco e negociação do Instituto de Gestão Energética de Nova York, notou que as atuais condições climáticas indicavam “temperaturas abaixo do normal ao longo de 80% da porção leste dos EUA”. De acordo com Chirichella:

“A previsão é que a demanda de gás natural relacionada a aquecimento fique acima do normal nesta época do ano".

Mas ele também observou que, como metade da estação oficial de inverno já ficou para trás,

“A probabilidade de um rali significativo dos preços vai diminuir, a menos que o tempo frio continue por um longo período”.

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