Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordináriosDescubra ações agora mesmo

Novas Tarifas de Trump Ampliam Chance de Fed Fazer Novos Cortes de Juros

Publicado 02.08.2019, 09:46
Atualizado 09.07.2023, 07:31

Kathy Lien, diretora executiva de estratégia de câmbio da BK Asset Management

Analisando os eventos desta semana agitada, fica a impressão de que nada é mais importante do que as notícias-bomba e o risco das manchetes. Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, derrubou os mercados de câmbio e ações ao impor à China uma tarifa adicional de 10% sobre US$ 300 bilhões de importações chinesas a partir do próximo mês. Trump afirmou que, embora as tratativas comerciais tenham sido retomadas e a China tenha prometido adquirir grandes quantidades de produtos agrícolas norte-americanos, os chineses “não fizeram isso” nem "pararam de vender Fentanil para os Estados Unidos”. O presidente disse ainda que as negociações continuariam, mas está se arriscando da pior forma ao pegar pesado com a China e aplicar novas tarifas ao país. Além de provocar a forte queda das ações americanas, levando consigo o dólar estadunidense e australiano,o anúncio de Trump gerou outras importantes consequências.

Em primeiro lugar, a chance de os bancos centrais, incluindo o Fed, ampliarem a flexibilização aumentou exponencialmente com o tarifaço. A maior preocupação de todos tem sido o crescimento global e as tensões comerciais, e agora essas preocupações se materializaram. A China terá que acelerar o estímulo para evitar uma desaceleração ainda maior da economia e, com isso, o iuane chinês pode romper o patamar de 7 iuanes por dólar. Isso pressionará as moedas de toda a Ásia e prejudicará seu crescimento. É possível que as ações e moedas apresentem mais perdas, já que os investidores apostam que o Fed não terminou seu trabalho após esse anúncio.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

O relatório de emprego (payroll) não agrícola está marcado para esta sexta-feira e, com o retorno da aversão, um relatório fraco terá um impacto maior no dólar do que dados fortes. O relatório de emprego do mês passado veio bem acima do esperado. Houve um aumento de 224 mil na folha de pagamento, contra uma previsão de 160 mil. A alta se deve, em grande medida, à base de comparação baixa do mês anterior. A expectativa é que o crescimento do emprego desacelere neste mês, o que não impactaria significativamente o dólar, não fossem as novas tarifas que Trump impôs à China, pois os investidores confiariam no otimismo do Fed. No entanto, o banco central pode não ter outra alternativa senão reduzir as taxas de juros novamente se a queda de ontem se tornar uma correção mais profunda nos mercados. Como indicado na lista abaixo, os argumentos a favor e contra um relatório de emprego mais forte estão equilibrados.

Portanto, se o crescimento do emprego atender às expectativas, o dólar pode continuar sua trajetória de queda. O suporte no USD/JPY está em 106,78, e esperamos que esse nível seja testado se o crescimento do emprego for menor que 175 mil e o ganho médio por hora trabalhada permanecer em 0,2%. Mas, se o aumento do emprego superar 200 mil e o ganho médio acelerar, a moeda americana se valorizará, mas a alta deverá ter vida curta. O Payroll anunciado nesta sexta-feira apresentou criação de 164 mil postos de trabalho em julho.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

As três moedas vinculadas a commodities caíram ontem, mas o dólar australiano foi o mais afetado pela notícia das tarifas. O par AUD/USD caiu pelo décimo dia seguido, atingindo seu patamar mais baixo no ano. Esse é o período mais longo de fraqueza ininterrupta desse par de moedas desde 2008. A mínima de dezembro a 0,6745 deve ser testada antes do próximo anúncio de política monetária do banco central australiano. A divulgação dos preços ao produtor e das vendas no varejo está marcada para esta noite. Embora haja expectativa de números mais fortes, dados positivos não devem impedir a queda da moeda, em razão da repercussão do crescimento chinês mais lento na economia australiana.

Apesar de a libra esterlina ter caído forte logo após o anúncio de política monetária do Banco da Inglaterra, a moeda teve um repique nas mínimas e finalizou o dia praticamente estável contra o dólar americano. Em decisão unânime, o Banco da Inglaterra manteve inalteradas as taxas de juros e o programa de compra de ativos. A instituição também reduziu a perspectiva para o PIB em 2019 e 2020, mas elevou a previsão de inflação. Suas projeções não vislumbram a possibilidade da falta de acordo e se baseiam na redução das taxas de juros em 25 pontos-base até o início de 2020. De acordo com o banco central, o cenário ainda é de incerteza, possibilitando uma grande variedade de caminhos, mas se sua previsão se concretizar e ocorrer um Brexit suave, poderia haver uma elevação gradual das taxas de juros. Os comentários do governador Carney não foram tão otimistas quanto o relatório trimestral ou o anúncio de política monetária. Ele reconheceu que a chance de um Brexit sem acordo aumentou, afirmou que as condições financeiras continuam voláteis e alertou que as tensões comerciais estão tendo um impacto maior do que o esperado na economia britânica. Com isso, o crescimento subjacente encontra-se abaixo do potencial, com probabilidade de queda do investimento no terceiro trimestre. A libra se afastou das mínimas antes do anúncio das tarifas à China, pois, mesmo com os comentários de Carney, os investidores se mostraram confiantes de que as elevações de juros ainda estão sobre a mesa do Banco da Inglaterra.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.