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O que Esperar do Petróleo Até a Próxima Reunião da Opep?

Publicado 18.02.2020, 10:05
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Não era para ser assim. Pelo menos não era assim que os sauditas imaginavam.

Depois de encerrar a última reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no início de dezembro, o ministro de energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, não imaginava que seria pressionado a realizar outra antes do previsto.

Mas aqui estão a Arábia Saudita e os demais países produtores da Opep esperando a Rússia, sua principal aliada, dar sinal verde para o que talvez seja o mais importante corte de produção já arquitetado pelo cartel. É incrível, mas todas as restrições de oferta debatidas no âmbito da organização nos últimos cinco anos foram consideradas como uma questão de vida ou morte para o grupo. As atuais negociações em torno do corte de 600.000 barris por dia (bpd) para fazer frente à demanda perdida por causa da epidemia de COVID-19 certamente não serão as últimas.

Rússia quer tirar vantagem do acordo

A especulação no mercado é que a Opep+ (que reúne os 13 membros originais do cartel mais outros 10 produtores externos liderados pela Rússia) pode anunciar um corte a qualquer momento nos próximos dias ou, na pior das hipóteses, quando a aliança se reunir em 5-6 de março, conforme programado. Ao protelar sua decisão sobre o assunto, o presidente russo Vladimir Putin estaria fazendo um jogo psicológico, na opinião de alguns, para se beneficiar ao máximo quando houver a repartição dos cortes entre os diferentes produtores.

Putin em si não fez qualquer declaração a respeito, preferindo deixar o porta-voz do Kremlin expressar as preocupações da indústria russa nos últimos dias. Sua indecisão desagradou os sauditas e fez com que os preços do petróleo aprofundassem ainda mais as perdas antes do repique da semana passada.

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Gráfico Semanal de Futuros do WTI

Embora o Kremlin não tenha se manifestado, a imprensa deixou claro que autoridades do setor de energia na Rússia estavam insatisfeitas em ter que exigir mais cortes dos produtores do país, argumentando que uma restrição maior na oferta só beneficiaria as empresas americanas que não têm qualquer aliança com a Opep e, por isso, podem produzir e exportar o quanto quiserem.

De fato, apesar de todos os rumores no início deste ano sobre uma eventual desaceleração na produção de shale oil nos EUA, o país, na verdade, acabou registrando um novo recorde de produção acima de 13 milhões de bpd, mesmo com a contagem de sondas ficando 20% abaixo do patamar registrado no ano passado.

“Putin mais uma vez vai passar por cima dos seus executivos de energia na última hora e assinar o acordo de corte na reunião ministerial da Opep+”, afirmou Helima Croft, diretora de estratégia global em commodities da RBC Capital Markets, em uma nota emitida na semana passada.

As “lamentações públicas” de Putin com a Opep “podem ser usadas nas negociações para reduzir as obrigações da Rússia” nos cortes, declarou a analista.

Mas, evidentemente, o que realmente importa para a Opep é o que vai acontecer com o mercado até que Putin finalmente dê o seu voto de aprovação.

Após o salto da semana passada, o petróleo volta a enfrentar dificuldades

Após o repique inesperado na semana passada — quando o Brent se valorizou cerca de 5% e o WTI subiu mais de 3% após quatro dias de ganhos consecutivos — o petróleo voltou a perder força novamente. Depois de cair na Ásia e na Europa durante o feriado do Dia dos Presidentes nos EUA, o mercado caiu novamente no início da tarde desta terça-feira em Cingapura.

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Gráfico Semanal de Futuros do Brent

Os “touros” conseguiram inclusive sobreviver a um enorme acúmulo de estoques de petróleo nos EUA na semana passada. Mas esse aumento nas reservas deve ser interpretado como uma exceção, e não como regra, na alta contínua do mercado, segundo alguns operadores.

“É difícil imaginar que os preços do petróleo possam subir todos os dias nas próximas duas semanas, na expectativa da reunião da Opep+”, declarou Tariq Zahir, membro executivo da consultoria de petróleo Tyche Capital Advisors, em Nova York.

“O mais provável é que haja volatilidade, e mais dias de queda devem compensar a alta inesperada da semana passada.”

Daí vem a questão: será que pode haver outro crash no petróleo no curto prazo?

Medo do vírus pode provocar mais uma queda nos preços

Embora os “touros” alimentem a esperança de que o Brent retorne para US$ 60 e o WTI para US$ 55, há apostas de que o petróleo britânico possa derrapar para cerca de US$ 50, e o norte-americano, para próximo de US$ 45.

Muito desse pessimismo se baseia nas incertezas ao redor do vírus Covid-19 e do potencial impacto da pandemia sobre a demanda chinesa.

Na terça-feira, a China anunciou novos dados sobre o surto, declarando que o número de casos subiu para 72.436, uma alta de quase 1.888 em relação ao dia anterior, e que o número de mortes aumentou para 98, passando de 1.770 para 1.868.

“O crescimento mundial já foi afetado, e as cadeias de fornecimento podem ser ainda mais impactadas. Ainda é preciso ver se essa recuperação será mesmo sustentada”, declarou Zahir, referindo-se ao repique da semana passada.

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“Não há dúvidas de que a China continua lutando contra o coronavírus, por isso o mais provável é que a demanda petrolífera continue caindo a cada dia”, declarou Zahir.

“E se o vírus se disseminar pela Europa e pelos EUA, nossa expectativa é que a demanda de petróleo seja ainda mais afetada."

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