Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordináriosDescubra ações agora mesmo

O Que Será dos FIIs Se a Selic Subir?

Publicado 25.02.2021, 14:48
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Uma das dúvidas mais frequentes que venho recebendo de investidores nos últimos tempos é:

“O que será dos Fundos Imobiliários caso a Selic volte a subir?”

Como você bem sabe, o desempenho do mercado imobiliário está intimamente ligado aos níveis de taxas de juros.

Quando os juros da economia estão em patamares baixos, vemos um crescimento desse mercado a partir do aumento da procura dos investidores por ativos reais.

Por outro lado, quando os juros se elevam, o mercado imobiliário costuma desaquecer com a tendência de arrefecimento da atividade econômica e a maior atratividade da renda fixa.

Portanto, a dúvida dos investidores é mais do que legítima!

Sem falar que...

Não vemos altas da Selic desde o longínquo ano de 2015, quando foi encerrado o seu último ciclo de alta em 14,25 por cento.

De 2016 para cá, vimos a Selic cair ladeira abaixo – com exceção da pausa para um café entre os anos de 2018 e 2019, quando ela permaneceu um bom período marcando passo nos 6,5 por cento.

Trajetória da Taxa Selic entre 2011 e 2021. Fonte: Bloomberg

Em um país onde “até o passado é incerto” – parafraseando Pedro Malan –, uma queda de 12,25 ponto percentual do juros básicos da economia em um período de apenas quatro anos é algo sem precedentes.

E seu efeito sobre o mercado de capitais vem sendo revolucionário.

Em 2016, por exemplo, havia apenas 89 mil investidores de FIIs no mercado, ao passo que, atualmente, são mais de 1,2 milhão!

No entanto, como grande parte desses investidores ainda não navegou pelo mercado de FIIs em momentos de alta da taxa básica de juros, as incertezas relacionadas ao movimento tendem a gerar alguma insegurança.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Mas será que o movimento é motivo para você passar noites em claro?

A Selic vai subir!

A questão não é “se” a Selic subirá, mas “quando” e em que velocidade o Copom promoverá o ajuste.

E o mercado já tem o seu palpite...

Atualmente, os juros futuros de curto prazo precificam sete altas próximas a 0,50 pontos percentuais cada ao longo deste ano, podendo a Selic encerrar 2021 em 5,25 por cento.

O mercado também espera outras altas ao longo de 2022, quando o Copom poderia elevar o nosso juro básico para além de 7,75 por cento.

 

COPOM Eff /COPOM Est /COPOM +CDI

[Fonte: Bloomberg.]

Avaliar se todas essas altas fazem ou não sentido quando olhamos para os atuais fundamentos da nossa economia é algo que exigiria um texto à parte.

O meu ponto é apenas mostrar que o mercado sabe que a Selic vai subir e já precificou o movimento na curva de juros futuros.

Por que essa informação é importante para o investidor de FIIs?

Bananas com bananas

É muito comum que os investidores comparem apenas o dividend yield dos fundos imobiliários com o atual nível da Selic para decidir se vale ou não a pena comprá-los.

Mas essa relação somente é válida se assumirmos que o rendimento do Tesouro Selic/CDI é de fato o melhor comparativo entre as duas opções de investimento, o que não é verdade.

Ao comprarmos um fundo de tijolo, por exemplo, estamos comprando indiretamente imóveis que nos proporcionarão rendimentos corrigidos pela inflação ao longo de décadas.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Assim, o custo de oportunidade do investidor que está avaliando esse ativo não deveria ser o CDI, que é a taxa de juros prefixada de 1 dia, mas sim o rendimento real de um título longo do governo, como o caso do Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2050 (NTN-B 2050), por exemplo.

São as taxas desses títulos longos acrescidas de um prêmio de risco que levamos em conta na hora de estimar o valor justo de determinado imóvel e/ou FII de tijolo, pois somente assim comparamos "bananas com bananas”.

Historicamente, o prêmio de risco médio exigido pelo investidor de FIIs é próximo de 3 pontos porcentuais sobre o rendimento do Tesouro IPCA+ de longo prazo, sendo que o patamar atual está pouco acima desse valor.

Mas é importante destacar que esse valor varia ao longo do tempo, assim como de fundo para fundo.

 

Gráfico apresenta o histórico do prêmio do IFIX em relação ao Tesouro IPCA+ de longo prazo.

[Histórico do prêmio do IFIX em relação ao Tesouro IPCA+ de longo prazo. Fonte: Hedge Investments, B3 (SA:B3SA3) e Economática.]

A questão aqui é que as atuais taxas dos Tesouro IPCA+ de longo prazo já estão levando em conta todas as altas que o mercado estima para a Selic entre hoje e o vencimento de cada um desses títulos.

Com isso, podemos entender que boa parte do movimento do ciclo de alta está precificada em alguma medida nos atuais preços dos fundos de maneira geral.

Conclusão

Isso significa que você não deve permanecer atento ao cenário?

De forma alguma!

Caso o mercado reprecifique as altas da Selic para cima ou em velocidade superior à imaginada hoje, por qualquer motivo que seja, as taxas desses títulos longos tenderão a se elevar, o que poderia causar uma desvalorização nas cotas de muitos FIIs.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Por isso, é importante seguir acompanhando atentamente a trajetória da inflação, além dos riscos fiscais que ainda pairam sobre o país, pois esses riscos impactam diretamente o patamar do juro longo.

Por fim, ainda que a alta da Selic possa causar alguma desvalorização nos FIIs devido ao receio dos investidores, alguns fundos imobiliários tenderiam a ser menos impactados que outros. Muitos fundos de papel, por exemplo, podem até se beneficiar desse movimento.

Abraços e até a próxima!

Últimos comentários

Se o FED elevar suas taxas de juros o dólar vai explodir levando inflação aos produtos importados e ao petróleo. Se nosso país estiver com esta taxa tão baixa de juros é possível que não perca tanto investimento em dólar.  Vamos analisar alguns fatos não levados em consideração: a criação de empregos não pára de bater recordes assim como o país segue em um ritmo quase sem precedentes na reindustrialização.  A cada trimestre cai 0.7% a taxa de desemprego, portanto 2.8% ao ano. Americano que for esperto vem investir no Brasil e ganhar muito dinheiro. Em relação aos FIX sim ele vai desabar, mas nem todos terão a mesma queda, os FI atrelados ao IGPM (XPLG11 por exemplo) e com bons pagadores provavelmente após uma queda inicial, vão subir com a esperada inflação dos aluguéis, pois boa parte da população (empregada) vai querer sair da favela, como já tem acontecido com o IGPM que acumula alta.
Se a economia crescer o valor dos FIIs tendem a aumentar por causa disto, já que haverá necessidade de imóveis para escritórios e outros. Tem que analisar isto também.
Se a economia crescer o valor dos FIIs tendem a aumentar por causa disto, já que haverá necessidade de imóveis para escritórios e outros. Tem que analisar isto também.
Juros baixos e cambio alto aumentam o número de empregos e reindustrializa o país. Está equivocado quem acha que com inflação de 4.5% haverá aumento na taxa básica de juros. Se engana quem crê que a popularidade do presidente é resultado de compra de voto via auxílio governamental. A popularidade está sendo obtida pela reindustrialização e pelo aumento no número de empregos.
 , se informe melhor, em dezembro os empregos bateram 414.000 empregos. Em fevereiro, comparados a outros períodos também quebrou recordes, com a tend~encia de efetivação de boa parte dos contratados temporários.
 , contrário, se informe.
 , muita gente está empreendendo EXATAMENTE. A taxa de juros baixa permite o investimento e o crescimento. Não deixe ideologia política turvar sua visão dos fatos. Eis os fatos: por ano a taxa de desemprego (com pandemia e tudo) cai 2.4% (vá conferir não acredite em mim) assim como a indústria não pára de bater recordes (vá conferir não acredite em mim). Cambio alto e juro baixo foi o que a China fez para sair da miséria,  junto com estímulo á construção civil.
A elevação da taxa básica de juros é justificada para retirar dinheiro de circulação, quando o governo sem dinheiro para honrar seus compromissos, eleva a taxa básica e faz esse "empréstimo m e r d a", co o dinheiro das pessoas. Paga a um custo altíssimo para reduzir a inflação. O fato é que a inflação está em 4,5% - N Ã O TEM I N F L A Ç A O - logo, se ocorrer alguma elevação será para beneficiar banqueiro e prejudicar a criação de empregos na construção civil e o crescimento do mercado imobiliário. a Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria, por exemplo, apresentou um dado positivo. Segundo a pesquisa, em janeiro, as contratações superaram as demissões na indústria pela primeira vez em dez anos.  Segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (26), a taxa de desemprego ficou em 13,9% no trimestre entre outubro e dezembro de 2020. A taxa média anual ficou em 13,5% em 2020 - a maior da série histórica, iniciada em 2012.
mas você só analisou a variação dos títulos públicos. cadê a variação dos dividendos dos FIIs? não considera, por exemplo, o ganho de performance dos shoppings com a retomada da economia.
Essas expectativas estao erradas... Uma breve observaçao dos titulos negociados nesses prazos ja constata isso... Pedir pro estagiário ter umas aulas de estatistica e refazer
Nao entendi seu ponto
“Atualmente, os juros futuros de curto prazo precificam sete altas próximas a 0,50 pontos percentuais cada ao longo deste ano, podendo a Selic encerrar 2021 em 5,25 por cento.O mercado também espera outras altas ao longo de 2022, quando o Copom poderia elevar o nosso juro básico para além de 7,75 por cento.”Olhando para a curva de juros futuros, esas altas nao estao nem de perto precificadas. Na verdade, se ocorresse seria um desastre.. Logo, todo racional do artigo é invalidado
Olá Victor, como vai? Seria interessante você entender a diferença entre taxa spot (taxas dos títulos do Tesouro) com taxa a termo. Após entender a diferença entre esses dois conceitos você perceberá que a tabela do texto está correta. Abraços
O jeito e aportar nos fundos de papel,acho o risco menor.
Esclarecedor. O negócio é ficar atento sempre.
da na mesma hj pagam 200%cdi pq ta baixo qnd subir vai custar achar 100%.
Como viram analista bla bla bla
Ok. Digamos que tenha sido compreendida a situação. Mas, com a alta da Selic (2021), e a priori a inflação seja também refletida no mesmo caminho em tendência de alta... Como seria o comportamento dos FII's majoritariamente por CRI's?? (ou eu estou "muito fora" em pensar que há correlação da Selic com a inflação?!?)
fiis, é cilada Bino
no começo falou bobagem e no final parecia o começo...
Deus do céu. Incrível como vocês conseguem ir pra cima, ir pra baixo, pra um lado, pro outro e não sair do lugar....
eu fiquei aqui pensando o quanto sou ignorante que não entendi absolutamente nada no texto. pelos comentários percebi que muitos acharam o mesmo kkk
eu fiquei aqui pensando o quanto sou ignorante que não entendi absolutamente nada no texto. pelos comentários percebi que muitos acharam o mesmo kkk
agora imagine um gestor do seu dinheiro que se expressa dessa forma com tanta falta de clareza...
Interessante como fundos de papel se movimentam de maneira completamente diferente dos fundos de tijolos...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.