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Perspectivas Algodão: Alto Volume Excedente Exige Ano de Exportação Elevada

Publicado 17.01.2020, 09:55
Atualizado 14.05.2017, 07:45

O volume de algodão a ser colhido no Brasil na safra 2019/20 será quatro vezes superior à quantidade estimada para a demanda doméstica – em 2018, a produção estava três vezes acima do consumo e, até 2017, correspondia por pouco mais que o dobro. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, isso significa que o Brasil tem condições – e necessidade – de atender à demanda mundial durante todo o ano de 2020.

Esse cenário é resultado da manutenção da área plantada com a pluma no País. Ainda que os preços internos do algodão no segundo semestre de 2019 tenham ficado quase 20% menores que os registrados no mesmo período de 2018, a atratividade da cultura frente a concorrentes, os investimentos em ativos fixos (como máquinas, equipamentos e beneficiadoras) e os contratos antecipados para 2020 e 2021 incentivam produtores.

Em relatório divulgado em janeiro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou área de 1,66 milhão de hectares na safra 2019/20, aumento de 2,7% na comparação com a temporada anterior. A produtividade média estimada inicialmente é de 1.658 kg/ha (-1,6%), o que deve elevar em 1,1% a produção nacional, chegando em 2,76 milhões de toneladas.

Mato Grosso deve aumentar em 2,3% a área, para 1,12 milhão de hectares, mas a produtividade pode cair 1,1% (1.643 kg/ha), resultando em produção de 1,84 milhão de toneladas, 1,1% acima da anterior. Para a Bahia, a Conab projeta área de 350 mil hectares, aumento de 5,4% frente à safra 2018/19. No mesmo comparativo, ainda que a produtividade média recue 3,4%, para 1.738 kg/ha, o volume produzido deve se elevar em 1,8%, totalizando 608,4 mil toneladas. Estes dois estados, juntos, correspondem por 89% da produção nacional.

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A equipe de custos agrícolas do Cepea aponta que, em Mato Grosso, o Retorno por Real Investido sobre o Custo Total (RRCT) do sistema soja + milho 2ª safra passou de -15% em novembro/18 para +3% em novembro/19, devido aos constantes aumentos nos valores desses grãos. Neste mesmo período, o RRCT do algodão safra saiu de +7% para -6% e o sistema soja + algodão 2ª safra de 12% passou para 4% em novembro/19. Em 2018, as rentabilidades do algodão safra e do sistema da pluma com soja estavam mais elevadas, em 17% e 23%, respectivamente. Para a temporada 2019/20, as estimativas apontam certa estabilidade nos níveis de custos de produção por unidade de área.

Em 2019, o Brasil exportou 1,61 milhão de toneladas, segundo dados da Secex. Expectativas são de que esse volume seja alcançado também de agosto/19 a julho/20 (período em que o produto da safra 2018/19 está disponível). Para os 12 meses seguintes (de agosto/20 a julho/21), a expectativa é de que os embarques somem mais de dois milhões de toneladas.

Um fator a se atentar é o recente acordo comercial entre os Estados Unidos e a China. Isso porque, desde 2018, as exportações brasileiras de algodão foram favorecidas com a guerra comercial entre os dois países. Certamente, o expressivo comprometimento de pluma via contratos antecipados para os mercados interno e externo podem amenizar impactos de curto prazo, mas, no médio e longo prazos, poderá haver ajustes nas compras, especialmente por parte da China, maior comprador da pluma brasileira nos últimos dois anos.

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Dados de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam produção mundial de 26,23 milhões de toneladas (+2% frente a temporada anterior) na safra 2019/20. O consumo global deve permanecer estável se comparado à temporada anterior, em 26,18 milhões de toneladas. A comercialização pode totalizar 9,5 milhões de toneladas, com avanços de 3,9% nas importações e de 6,1% nos embarques frente aos da temporada anterior. Já o estoque mundial foi estimado em 17,3 milhões de toneladas para a temporada 2019/20, alta de apenas 0,1% sobre a safra 2018/19.

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