Na quinta-feira (08/03), as cotações do par euro/dólar fecharam em queda. Em dia de conferência de imprensa de M. Draghi e divulgação do relatório NFP, procuro não fazer prognósticos, por conta da volatilidade nos preços e da baixa previsibilidade da análise técnica.
O BCE manteve a taxa de juros próximo a zero, a taxa marginal em 0,25% e a taxa de depósito a -0,4%.
O presidente do BCE apresentou revisão da taxa prevista de crescimento da Eurozona em 2018, passando de 2,3% para 2,4% anuais. Para 2019, o prognóstico manteve-se em 1,9% a.a. O prognóstico da inflação em 2018 ficou em 1,4%, enquanto o de 2019, foi reduzido de 1,5% para 1,4%. Draghi declarou que o crescimento da economia está estável. Em relação ao volume de compras de títulos públicos, nada foi dito.
O preço do euro/dólar reagiu com alta até 1,2446, e a partir daí caiu para 1,2295, inclusive na sessão da Ásia. Esse comportamento dos traders pode ser explicado pela expectativa diante da publicação do relatório NFP sobre o mercado de trabalho dos EUA. Os traders fecharam as posições longas do euro para evitar riscos.
Análise Técnica
Tracei novos níveis de Gann. A queda a partir de 1,2446 foi até o grau 112. No gráfico horário, formou-se um topo duplo. Se os dados do relatório NFP forem desanimadores, o preço pode facilmente compensar a queda de ontem.
Como os dados do relatório NFP são imprevisíveis, a análise técnica não tem efeito. No relatório, é preciso observar os ritmos de crescimento do salário médio nos EUA, que podem influenciar na decisão do Fed em relação às taxas de juros e os títulos da dívida pública dos EUA. Diante do relatório NFP, é provável uma correção até 1,2330.
O presidente dos EUA, D. Trump, assinou ontem um decreto de sobretaxa ao aço e ao alumínio, que entra em vigor em 15 dias. Em resposta, o Japão deve recorrer juridicamente, sendo acompanhado por outros países.
“Se você não quer pagar imposto, traga sua fábrica para os EUA”, declarou o presidente americano.