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Queda do Dólar Pode Azedar Investimento em Bitcoin, Saiba Como se Proteger

Publicado 11.02.2019, 10:05
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Não interessa se você não vive e nem nunca tem pretensão de visitar os Estados Unidos: a cotação do dólar é um daqueles curiosos fenômenos que interfere na vida de praticamente todas as pessoas do planeta. A esmagadora maioria do comércio exterior é realizado em dólar e, por isso, a cotação da moeda americana acaba tendo implicações em virtualmente todos os mercados.

Para o investidor de criptomoedas a cotação do dólar é uma questão primordial. Por serem ativos que não conhecem fronteiras, criptomoedas podem ser negociadas globalmente com baixos custos de transação e, por isso, acabam se tornando ativos dolarizados. O grande problema é que o investidor brasileiro não liga para a cotação de seus investimentos em dólar: mais cedo ou mais tarde, seu plano é retornar para o real, por mais exótica e instável que essa moeda seja.

Por mais que haja avanços na adoção de criptomoedas, moedas fiduciárias ainda são necessárias para negociações do dia a dia. Por isso o investidor de criptomoedas tem de estar sempre atento a duas taxas de câmbio: BTC/USD e USD/BRL. De nada adianta uma subir se a outra cai. Seu balanço geral será negativo.

Historicamente no Brasil lidamos com uma taxa de câmbio alta. No ano passado mesmo o dólar foi um dos melhores investimentos do país, com valorização de cerca de 17% ao longo do ano. A alta do dólar no ano passado é explicada principalmente sobre a incerteza eleitoral: “ano de eleição é ano de comprar dólar”, diz um clichê conhecido no mercado financeiro. Eu odeio clichês, mas a verdade é que eles existem por um motivo: eles funcionam.

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Porém se o último ano foi um excelente período para o dólar, o prospecto para 2019 é bem diferente. Com a economia dos EUA superaquecida e com o fechamento da curva de juros americana, o dólar sofre um aumento de pressão inflacionária, delineando cada vez mais um cenário de queda. Ray Dalio, fundador da Bridgewater, fundo que lucrou absurdamente com a crise de 2008 e hoje administra mais de 150 bilhões de dólares, chega a falar em uma queda de até 30% do valor do dólar.

Se lá fora a tendência é de queda do dólar, por aqui parece se delinear uma tendência de valorização do real. Passado o susto do período eleitoral, o alto nível de capacidade ociosa em que o país se encontra deve contribuir para a retomada da economia local. É claro, isso só ocorreria se fizermos o dever de casa corretamente: precisamos da aprovação da reforma da previdência, diminuição do endividamento público e vendas de estatais. Felizmente o governo eleito tem acenado para essas pautas, motivo pelo qual o real e o Brasil sejam atualmente as principais escolhas de investimento dentre os emergentes. Isso, é claro, não é garantia de que esse cenário se concretize.

Precisamos estar sempre atentos à possibilidade de um novo Joesley Day, sempre pode haver uma declaração de “tem de manter isso aí” e fazer com que o dólar exploda, subindo mais de seis desvios padrão e implodindo teorias de gestão de risco que interpretam a ausência de volatilidade como ausência de risco. De maneira geral o dólar é um ativo de baixa volatilidade, o que não significa ausência de risco.

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Para avaliarmos risco corretamente precisamos olhar não somente a volatilidade histórica de um ativo, mas sim de todo um portfólio de investimentos, analisando também os fundamentos detrás da escolha de cada ativo. A existência de Joesley Day’s no passado não é justificativa para não comprar dólar: você precisa ter sempre um pouco de tudo, pois nunca sabe qual vai ser o próximo ativo a estourar.

É fundamental porém, que nesse cenário de desvalorização do dólar e valorização do real, você proteja seu portfólio da queda do câmbio. Principalmente se grande parte dos seus investimentos se encontra aplicada em criptomoedas, o que já é uma exposição significativa à moeda americana.

Em geral, no mercado financeiro há sempre duas formas de se posicionar: uma maneira passiva e uma maneira ativa. No cenário de queda do câmbio não é diferente.

Como forma passiva de proteção, o investidor pode simplesmente manter parte de seu saldo em reais e esperar pela desvalorização do câmbio. Não sei quanto a você, mas particularmente não gosto de opções passivas. Eu não quero um retorno médio, eu não quero o beta: eu quero o alfa, eu quero bater o mercado.

Como forma ativa de proteger seu portfólio contra a queda do câmbio, o investidor pode fazer o short (venda a descoberto) do dólar. Como essa operação pode ser de execução complexa e arriscada para o investidor menos qualificado, há alguns fundos de short em dólar que realizam automaticamente a operação para o cliente, supervisionados por gestão profissional. Dessa forma, se o dólar cair, você ganha.

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O investidor também pode investir em uma plataforma de arbitragem automatizada para proteger seu patrimônio. Na arbitragem, a operação só acontece quando há a certeza de lucro, realizamos operações com um índice de dólar, obtendo 62,3% de rendimento no ano passado, cifra bem maior do que qualquer possibilidade de desvalorização do dólar no curto prazo.

Dentre as opções acima, não há forma certa e errada de proteger seu portfólio, tratam-se apenas de escolhas diferentes para investidores com diferentes perfis de risco. O fundamental é que você investidor de criptomoedas tenha alguma forma de proteção contra a queda do dólar, mesmo porque este pode ser o momento que você estava esperando para dar uma virada de mão e aumentar sua exposição a criptomoedas, que estarão ainda mais baratas. E não é todo dia que se vê Bitcoin a preço de banana.

 

Últimos comentários

Fiz uma teava de baixa no dolar e de alta do Ibovespa quebrei a minga banca, baixa do dolar nao existe ainda mais 30%, nunca opera com queda do dolar e quebrar a cara no esfalto.
dólar em queda? hoje rompeu uma resistência forte. Cada uma olha..
concordo com Marcus Martins aí. As criptomoedas hoje serve muito para dá golpes em pessoas leigas...
concordo com Marcus Martins aí. As criptomoedas hoje serve muito para dá golpes em pessoas leigas...
esquece criptomoedas. já virou mico
falavam isso a uns anos atrás também,em 2022 vamos ver como vai ser.
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