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Reestruturação da Ford Pode Afetar sua Excelente Distribuição de Dividendos?

Publicado 11.01.2019, 05:11
Atualizado 02.09.2020, 03:05

A Ford (NYSE:F) está enfrentando um caminho difícil. Depois de anos de crescimento de vendas, graças à robustez da economia global e da demanda dos consumidores, a segunda maior fabricante de automóveis do mundo está agora enfrentando grandes adversidades.

O cenário automobilístico está mudando rapidamente. As vendas estão desacelerando em todo o mundo, e o futuro das tradicionais fabricantes de automóveis parece incerto com a entrada de empresas inovadoras no mercado, como a Tesla (NASDAQ:TSLA) e a Waymo, do Google (NASDAQ:GOOGL).

Ford Gráfico Semanal

Para lidar com esses desafios, a Ford anunciou, no ano passado, um plano de reestruturação de US$ 11 bilhões envolvendo toda a companhia, o qual levará mais de cinco anos, diante da desaceleração das vendas na Europa e na Ásia, regiões onde houve perdas.

Os problemas operacionais na Ásia e na Europa levaram a Ford a cortar sua previsão de lucro em 2018. A companhia registrou um declínio de quase 50% nos resultados para o segundo trimestre, seguido de uma queda de mais de 35% no terceiro trimestre.

A última iniciativa da sua reestruturação ocorreu na quinta-feira, quando a companhia anunciou que cortaria milhares de empregos, eliminaria variantes pouco vendidas de modelos particulares e poderia fechar fábricas inteiras na Europa.

A companhia, que emprega 54.000 colaboradores em diversos países, em especial na Alemanha, Reino Unido e Espanha, também revisará sua joint venture na Rússia.

Steven Armstrong, diretor da Ford para a Europa, afirmou em uma teleconferência:

"O impacto será significativo em toda a região... Não é uma questão de um ou dois anos. Tivemos períodos de lucratividade, mas não no nível necessário.”

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Investidores estão fugindo da ação

Os investidores não deram muita fé a esse enorme esforço de reestruturação que a Ford está fazendo para melhorar sua lucratividade e se preparar para uma era em que haverá o predomínio dos carros elétricos e autônomos.

Depois de afundarem mais 33% no ano passado, os papéis da Ford vêm sendo negociados abaixo de US$ 10 por ação desde meados do ano passado, devido a preocupações com a sustentabilidade do seu generoso dividendo de US$ 0,15 por ação.

Esse pessimismo está mais evidente nos mercados de crédito, nos quais a dívida da Ford se encontra próxima ao grau especulativo, depois que o Serviço aos Investidores da Moody’s cortou sua classificação de crédito para apenas um nível acima do grau “junk” em agosto. A ação estava sendo negociada abaixo de US$ 8 no final do ano passado pela primeira vez desde novembro de 2009, quando suas concorrentes de Detroit, General Motors (NYSE:GM) e Chrysler (NYSE:FCAU), entraram em falência.

Os investidores estão encontrando dificuldade para apoiar o plano de reestruturação da empresa, no momento em que o ciclo do crescimento mundial está mudando e a companhia enfrenta diversos desafios, como a desaceleração das vendas na China e o maior custo do aço nos EUA em razão das disputas comerciais do país.

A Ford precisa fazer caixa para defender seus proventos

Apesar dessa situação nada animadora, há poucas razões para acreditar que a Ford está à beira de uma crise financeira generalizada, que a forçará a cortar seus abundantes pagamentos de dividendos de cerca de 7% no futuro próximo.

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Esse cenário extremo já está incluído em sua atual avaliação de mercado, mas não acreditamos que isso irá ocorrer. De fato, a Ford entrou em uma fase em que seus resultados continuarão pressionados ao longo dos próximos anos, mas seus lucros não serão completamente eliminados, como preveem muitos daqueles que apostam na baixa.

Para defender seu pagamento trimestral de US$ 0,15 por ação, a Ford possui mais de US$ 18 bilhões em caixa. São recursos suficientes para sustentar o desenvolvimento de novos produtos e o pagamento de dividendos durante períodos de adversidade.

Se incluirmos o investimento de curto prazo, a empresa tem acesso a mais de US$ 36 bilhões em liquidez. Com ativos tão fluidos, a Ford possui recursos financeiros para defender seus proventos.

Não há dúvidas de que a divisão automobilística central da Ford não está gerando caixa suficiente para cobrir seus dividendos, mas o segmento de serviços financeiros da companhia geralmente consegue gerar cerca de US$ 1,5 bilhão por ano para a empresa controladora.

A unidade de crédito teve seu melhor trimestre desde 2011 no último período de balanço, gerando US$ 678 milhões de lucro com o aumento dos valores de revenda de veículos alugados e vendidos em leilão.

Resumo

Acreditamos que os planos de reestruturação da Ford são sólidos e podem melhorar sua rentabilidade futura. A fabricante de automóveis planeja parar de vender sedãs tradicionais nos EUA nos próximos anos. A empresa também tem a intenção de atualizar praticamente todos os seus atuais modelos de Crossover, SUV e caminhões, além de lançar vários novos modelos em cada categoria.

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Isso deve eliminar uma antiga fonte de perdas e, ao mesmo tempo, impulsionar a lucratividade da divisão da Ford na América do Norte.

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