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Retorno do Petróleo Iraniano Pode Ser uma Questão de "Quando", e não de "Se"

Publicado 19.07.2019, 09:05
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Ambos destruíram os drones um do outro e parecem estar prontos para mais conflito, mesmo dizendo que querem conversar. Embora poucos queiram dar uma chance à diplomacia da canhoneira ao estilo EUA-Irã, os touros do petróleo não devem baixar a guarda demais e achar que nada de novo pode acontecer aqui, pois, no remoto caso de que aconteça, é bem provável que a cotação do petróleo sofra outro colapso.

Na coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira junto à missão iraniana nas Nações Unidas, o Ministro de Relações Exteriores do país, Mohammad Javad Zarif, novamente sugeriu que as sanções do presidente dos EUA, Donald Trump, ao petróleo e aos líderes de Teerã fossem removidas – via Congresso, para dificultar sua reimposição –, somente então os dois lados poderiam conversar.

O The New York Times, ao tratar das exigências de Zarif, afirmou ser quase certo que o governo Trump as rejeitaria. Para que ocorram essas tratativas, não deve haver qualquer pré-condição, declarou Washington, que vê o Irã cada vez mais desesperado para se libertar das sanções.

Zarif foi evasivo ao falar se estaria disposto a se reunir com o senador Rand Paul, de Kentucky, emissário de Trump para avançar nas negociações e resolver a crise das sanções nucleares entre os dois países. Tudo o que o ministro iraniano se limitou a dizer foi que ele “veria pessoas do Congresso”.

Zarif também descartou a ideia de que, havendo conversas, elas acabariam se tornando um espetáculo mundial, como a cúpula entre EUA e Coreia do Norte, com a participação, desta vez, dos presidentes Hassan Rouhani e Donald Trump. O ministro iraniano complementou dizendo que não havia necessidade de “foto oficial” ou “um documento de duas páginas com uma grande assinatura”.

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Mas, por trás de todo esse jogo de cena e das constantes ofensivas – um navio de guerra dos EUA no Estreito de Ormuz destruiu um drone de vigilância do Irã na quinta-feira, citando as familiares “razões defensivas” usadas por Teerã no mês passado –, parece haver um genuíno desejo de ambas as partes de pôr um ponto final nesse impasse que já dura mais de um ano.

E isso seria suficiente para colocar medo nos touros do petróleo. Bastante medo, na verdade.

Phil Flynn, analista sênior de mercado de energia da corretora Price Futures Group, em Chicago, dedicou grande parte da sua coluna matinal desta quinta-feira para falar sobre o que poderia acontecer com o mercado se houvesse um retorno do petróleo iraniano.

Touro declarado no petróleo, ele escreveu:

“Os traders de petróleo sabem que esse pode ser um divisor de águas. A possível remoção das sanções ao petróleo iraniano pode fazer com que o mercado saia de uma condição de subabastecimento para um cenário de excesso de oferta."

“Com base na experiência passada, sabemos a expectativa de retorno do petróleo iraniano ao mercado é bastante baixista.”

EUA podem atender parcialmente as demandas iranianas

É pouco provável que Trump concorde em deixar de lado todas as sanções que construiu contra o petróleo e os líderes iranianos para fazer Teerã se sentar à mesa de negociação.

Mas é possível que ele atenda parcialmente as demandas iranianas, suspendendo suas ações e iniciativas econômicas mais controversas contra a República Islâmica por determinado período – digamos, três meses – para dar uma chance ao processo de paz.

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As projeções do Investing.com mostram que a cotação do petróleo norte-americano West Texas Intermediate e a do britânico Brent podem cair cerca de US$ 5 por barril em uma ou duas semanas após o anúncio de que os dois lados estão prontos para conversar. E qualquer repique a partir de então dependerá da possibilidade de um iminente Acordo Nuclear 2.0 com o Irã.

Trump tem muito a ganhar com o acordo, apesar das suas dificuldades

Reiteramos que faz todo o sentido para Trump aceitar conversar com o Irã, pois ele precisa que os preços do petróleo caiam para deixar a gasolina mais barata nas bombas norte-americanas antes da sua campanha de reeleição, em novembro de 2020.

O presidente já disse no passado que quer que a Opep produza mais 2 milhões de barris por dia de petróleo para reduzir os custos de energia para os consumidores norte-americanos. No entanto, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo tomou outro caminho, restringindo a oferta em 1,2 milhão de barris por dia desde dezembro de 2018 e deseja fazer o mesmo agora até março de 2020.

A lógica obriga Trump a concordar em se sentar com os iranianos, pois aqueles 2 mbpd que ele está buscando da Opep encontram-se exatamente em Teerã. Após firmar o acordo nuclear original com o governo Obama e outras potências mundiais, em 2015, Teerã produziu até 2,5 mbpd em seu pico.

As tratativas com o Irã permitiriam que Trump atingisse imediatamente dois objetivos: reduzir os preços do petróleo e corrigir mais um "erro" da era Obama.

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É possível que o presidente se gabe de como o “acordo Trump-Irã” é melhor para o mundo, em comparação com o acordo original de Obama em 2015, que ele classificou como "o pior acordo de todos os tempos".

Acreditamos que ainda estamos longe de ver o final dessa história.

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