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Ruídos no Planalto

Publicado 14.12.2017, 08:06
Atualizado 10.01.2024, 08:22

A indefinição do governo sobre a votação da reforma da Previdência ainda em 2017 tem cansado o mercado financeiro, mas a aposta é de que o início dos debates hoje na Câmara dos Deputados dê maior clareza do apoio da base aliada para aprovar a matéria neste ano. Com a aprovação ontem do Orçamento da União de 2018, que prevê um déficit fiscal menor e fixa um teto para os gastos públicos, a tendência é de que o Congresso fique esvaziado, deixando a pauta das novas regras da aposentadoria para o ano que vem.

Após o líder do governo no Senado, Romero Jucá, anunciar que a votação da reforma da Previdência ficaria para fevereiro, o Palácio do Planalto apressou-se em desmentir a notícia, informando que o presidente Michel Temer ainda definirá a data com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira. Temer, porém, está fora de combate, após passar por uma cirurgia em São Paulo, e depende de alta para discutir a questão em Brasília.

Hoje, o relator da proposta, Arthur Maia, deve ler o parecer sobre as mudanças na aposentadoria no plenário da Câmara e o sentimento dos deputados em torno do tema deve definir se é viável colocar a matéria em votação na semana que vem. O governo ainda não tem a garantia dos 308 votos necessários para passar o texto ao Senado, mas a expectativa é de que o início dos debates possa ampliar o placar favorável, que hoje conta com 244 deputados contrários, nos cálculos da imprensa.

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Diante da insensatez dos congressistas, que decidiram aprovar um fundo bilionário com dinheiro público para pagar as campanhas de 2018, é fácil entender a necessidade dos parlamentares de colocar os interesses eleitorais à frente de medidas tão impopulares quanto uma reforma da Previdência. O valor de R$ 1,7 bilhão está previsto no Orçamento do ano que vem, que agora segue para sanção de Temer.

Com o radar ainda no front político, os negócios locais também monitoram o cenário externo, onde a China continua a impressionar. Desta vez, a surpresa não veio dos indicadores econômicos - com a indústria crescendo dentro do esperado em novembro (+6,1%) e as vendas no varejo mantendo o ritmo de alta de 10% - e sim do inesperado aumento na taxa de juros de curto prazo.

O Banco Central chinês (PBoC) anunciou o aumento em até em cinco pontos porcentuais em algumas taxas de recompra reversa, minutos antes da divulgação dos dados de atividade no país no mês passado. O movimento parece estar relacionado à decisão de ontem do Federal Reserve de elevar a taxa de juros norte-americana pela terceira vez em 2017 e, por isso, teve impacto maior nas bolsas de Xangai e de Hong Kong.

Ainda assim, o sinal negativo prevaleceu na sessão asiática, com os investidores digerindo o novo aumento no custo do empréstimo nos Estados Unidos, bem como a perspectiva de mais três novas altas nos juros do país em 2018. Os índices futuros das bolsas de Nova York estão em alta nesta manhã, ao passo que o dólar e o rendimento dos títulos norte-americanos (Treasuries) estão de lado, em meio aos planos do Fed de manter o ritmo de aperto monetário, apesar da previsão de aceleração no crescimento econômico.

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Com a decisão do Fed ontem, as atenções se voltam hoje para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). A expectativa é de que as principais taxas de juros na zona do euro sejam mantidas nos atuais níveis, bem como o cronograma do programa de recompra de bônus. Ambas as diretrizes mantêm uma política de estímulos à atividade, visando elevar a inflação rumo à meta.

Esses assuntos devem ser mais bem detalhados na entrevista coletiva do presidente do BCE, Mario Draghi, a partir das 11h30. Antes, às 10h45, sai o anúncio da decisão do BCE. Fora da região da moeda única, o Banco Central da Inglaterra (BoE) também decide sobre a taxa de juros no Reino Unido, às 10h, mas o foco da ilha britânica está mais na saída da União Europeia (UE) – o chamado Brexit. O assunto, aliás, deve estar na pauta de discussão do Conselho Europeu, que se reúne hoje.

Nos Estados Unidos, saem dados sobre os pedidos semanais de auxílio-desemprego e sobre as vendas no varejo em novembro, ambos às 11h30, além da leitura preliminar do índice de atividade nos setores indústria e de serviços neste mês (12h45). Por fim, às 13h, é a vez dos estoques das empresas em outubro. Já o calendário econômico doméstico está esvaziado e traz apenas o resultado do primeiro IGP do mês, o IGP-10 (8h).

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