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Semana Terá Corte de Juros no Brasil e EUA, Ataques na Arábia, China e Previdência

Publicado 16.09.2019, 00:40
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A semana no mercado financeiro brasileiro terá como destaques duas reuniões de política monetária. Nos Estados Unidos, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano) deve cortar os juros básicos de 2% para 1,75% ao ano, o segundo corte desde 2008. Os juros na maior economia do planeta têm impactos em todo o mundo e podem influenciar os fluxos de capitais para os países emergentes, como o Brasil.

Já por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve seguir a tendência e reduzir a taxa básica Selic de 6% ao ano para 5,5% ao ano, uma das menores taxas da história do país. A redução terá impactos no mercado financeiro, diminuindo os ganhos da renda fixa e estimulando a diversificação e o mercado de ações. E pode ajudar a estimular a atividade econômica, que segundo os últimos dados ainda está se recuperando de maneira bastante lenta.

Ataques à Arábia Saudita ameaçam paz no Oriente Médio

As reuniões ocorrem em um momento de tensão no Oriente Médio, com ataques de drones a instalações de petróleo da Arábia Saudita ameaçando o abastecimento mundial. Os preços em alta e um acirramento do conflito entre Irã, que estaria dando guarita para os grupos que atacaram a Arábia Saudita na versão defendida pela Casa Branca, e Estados Unidos podem afetar os preços e a inflação e ameaçar o corte de juros e a atividade mundial. Ontem, o presidente Donald Trump afirmou no Twitter que está “armado e preparado” para agir, enquanto autoridades iranianas afirmaram que estão preparadas para a guerra.O petróleo será, portanto, um novo elemento de instabilidade dos mercados nesta semana, beneficiando a Petrobras (SA:PETR4) pelo aumento dos preços do produto. Ontem, o petróleo tipo Brent chegou a subir 19% nos mercados futuros internacionais, mas reduziu a alta para 11%. Nos mercados futuros, o Índice Dow Jones estava em queda de 0,56% e o Standard & Poor’s 500, de 0,66%.

Produção industrial chinesa tem menor crescimento em 17 anos

Na China, a Produção Industrial de em augusto cresceu no menor ritmo em 17 anos, ou 4,4% sobre o ano passado. A estimativa de analistas era de crescimento de 5,2%, segundo a agência Reuters. Os números mostram que a economia chinesa está sendo afetada pela guerra comercial com os Estados Unidos, o que pode atrapalhar também os países emergentes, grandes exportadores de matérias-primas para a economia da China.

De olho no que dizem o Fomc e o Copom

O mercado estará atento também aos comunicados do Fomc e do Copom, que podem dar uma ideia dos próximos passos dos bancos centrais aqui e nos Estados Unidos.Na agenda política, o Senado continuará com as discussões em torno da reforma da Previdência. A expectativa é que os senadores separem a proposta de ampliar a reforma para Estados e municípios em uma emenda à parte, o que criaria uma terceira PEC. A primeira tem os pontos principais da reforma, sem os pontos polêmicos, pode ser votada na semana do dia 24, enquanto as outras duas, uma com mudanças mais polemicas nos benefícios por idade e a terceira, com os Estados, poderiam ter mais discussão.

IGP-10 e IGP-M e dados de desemprego

No calendário econômico, a semana começa com inflação e o IGP-10 de setembro da Fundação Getulio Vargas na segunda-feira, junto com a produção industrial na China. Na terça, sai a produção industrial nos EUA. Quarta-feira sai a segunda prévia do IGP-M de setembro e a decisão da Taxa Selic e do Fomc nos EUA. O Banco do Japão também define sua taxa básixa.

Na quinta, é a fez do Banco da Inglaterra definir seus juros. Na Argentina, saem os dados do PIB do segundo trimestre, ainda sem os impactos do resultado das primárias que indicaram a vitória da oposição ligada à ex-presidente Cristina Kirchner e provocaram pânico nos mercados.

Na sexta, saem os dados de inflação ao consumidor na Alemanha e a Confiança do Consumidor na zona do euro.

Sem data definida, o Ministério da Economia divulga dados dos empregos com carteira assinada do Caged de agosto e a arrecadação federal do mês passado.

Juro deve terminar o ano em 5%, prevê Porto Seguro (SA:PSSA3)

O Copom deve reduzir a taxa Selic de 6% para 5,5% nesta semana e o juro deve terminar o ano em 5%, afirma José Pena, economista da Porto Seguro (SA:PSSA3) Investimento. Isso também porque o juro neutro, aquele que permite à economia crescer sem inflação, está caindo no mundo todo, o que permite ao Copom levar adiante o ciclo redução da Selic.

Segundo Pena, os dados econômicos divulgados nas últimas semanas confirmaram trajetória de desaceleração global. Mas alguns eventos criaram temor de que a velocidade de desaceleração pode ser maior. Nova escalada tensões EUA China com entrada em vigor de novas tarifas em 1º de setembro, piora da crise política em Hong Kong e aumento das chances de uma saída sem acordo do Reino Unido da União Europeia provocaram um aumento da aversão ao risco em agosto.

Em setembro, porém, houve uma melhora do humor do mercado com a retomada de negociações entre Estados Unidos e China, um risco menor de um Brexit sem acordo uma rodada de indicadores econômicos menos negativos. “O mundo hoje não parece na iminência de um colapso econômico” afirma Pena. Ele considera, porém, que tanto o Banco Central Europeu quanto o Fed têm pouca munição para garantir uma retomada da economia.

No Brasil, a economia segue fraca, mas pode ter uma melhora no fim do ano com a liberação dos recursos do FGTS. Mas o ambiente externo não ajuda, com o agravante da crise na Argentina. Mas Pena mantém a perspectiva de crescimento do PIB brasileiro de 0,8% este ano e de 2% no ano que vem. “Mas, se for diferente disso, vai ser para menos, e não mais”, alerta.

O quadro de inflação deve seguir favorável, mesmo considerando a desvalorização recente do real, para mais de R$ 4,00 por dólar. Pena acredita que a ociosidade da economia limita o repasse da alta do dólar para os preços e a queda dos preços das commodities também ajuda a reduzir seu impacto, abrindo espaço para o BC continuar reduzindo a Selic até o fim do ano.

Últimos comentários

O interessante mesmo é a questão do aumento do petróleo, que pode chegar aos três dígitos antes do fim do ano (bem antes, se acontecer alguma guerra das grandes, o que me parece muito improvável mas não impossível). Duvido que o Trump tenha pensado sequer por um segundo em atacar o Irã, até por ser este o maior candidato a cobrir o rombo que os Saud vão demorar meses e meses para consertar. Também tenho sérias dúvidas sobre sair mesmo este ano o IPO da ARAMCO, depois desta prova de vulnerabilidade. E o Brasil sai ganhando, pois exporta petróleo (já o brasileiro vai pagar mais caro) e, com os preços em alta (estou comprado e não para de subir), provavelmente irá produzir e exportar ainda mais pois, mesmo entrando o Irã, ainda fica um buraco de uns 2 Mbpd.
As empresas não conseguem ser competitivas com os impostos necessários para pagar o funcionalismo. Nenhuma empresa vai vir produzir no Brasil pois não conseguirá exportar.. Estamos virando um exportador de comodities pois os produtos agricolas não pagam impostos. O Estado brasileiro vive dos impostos sem prestação de serviços. Problemào pela frente!!!!
Já Bruno Lavieri, economista da 4E Consultoria, prevê que o real terá uma trajetória de desvalorização no segundo semestre, primeiro por causa da queda do diferencial de juros. “A aprovação da reforma da Previdência virá com um texto final mais diluído”, explica Lavieri, que projeta uma economia fiscal em 10 anos muito menor que os R$ 900 bilhões aprovado no primeiro turno no plenário da Câmara dos Deputados durante a tramitação do texto no Senado, pode cair para 850/860.  O economista projeta um câmbio a R$ 4,30/4,50 no fim do ano.
“Câmbio não é somente diferencial de juros”, diz Marcela Rocha, economista-chefe da Claritas Investimentos, que também avalia impacto da queda do diferencial de juros. A economista aponta que a formação do preço do dólar em real está condicionada atualmente à perspectiva favorável de aprovação da reforma da Previdência, (mas agora vai passar no 2020) a liquidez mundial – ainda mais com novo programa de títulos pelo BCE – e queda da taxa de juros nos principais Bancos Centrais, além do Fed. Rocha prevê a moeda americana em R$ 4,20/4,30 no fim do ano, mantendo o patamar atual.
Já para Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre/FGV projeta o dólar a R$ 4,20/4,30 no fim de 2019 com os principais bancos centrais no exterior também reduzindo os juros. “Mas R$ 4,50 é fácil [de acontecer] também”, afirma, sobre eventual choque externo (Trump disse que vai atacar o IRAN) ou outros ajustes econômicos.
Reforma do capeta...obrigar o cidadão a pagar pedágio de 100% no país do desemprego. Quero ver esse governo de acéfalos manter um trabalhador no mercado de trabalho até os 65 anos.
Quanta ojeriza ao trabalho.
Além disso, o economista do Daycoval Asset ressalta outros fatores externos que devem contrabalançar o menor diferencial de juros. Na última reunião de política monetária do Banco Central Europeu, o presidente da instituição Mario Draghi sinalizou que vai iniciar em Novembro, o programa de compra de ativos para estimular a fraca economia da zona do euro. “O Fed vai, além da queda de juros, encerrar o programa de redução do balanço”, afirma Cardoso, a respeito do fim da reversão dos estímulos criados durante a crise financeira de 2008. O fim da redução do balanço do Fed é outra sinalização “dovish” da política monetária nos EUA.
Hoje, a Selic está em 6% ao ano, enquanto os Fed Funds, a taxa básica nos EUA, está no intervalo entre 2,00-2,25%.  O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil aposta com a Selic encerrando o ano em 5,5%, ou 5% segundo a última edição do Boletim Focus, totalizando uma redução de 1/1,5 ponto percentual ao fim do processo de flexibilização monetária.. . Os EUA,  já fizeram um corte de 25 pontos-base  e precifica mais 1  cortes de mesmo tamanho até o fim do ano, finalizando o primeiro ciclo de afrouxamento monetário em uma década na economia americana com corte total de 50  pontos-base, ou seja, o tamanho da redução deve ser menor de metade que a flexibilização monetária brasileira.
Menor diferencial de juros deve desvalorizar demais o real, avaliam economistas. . As de decisões de política monetária nos EUA que desvalorizou os juros de 0,25% e o Brasil de 0,50%, traz avaliações sobre as projeções de preço do dólar em relação ao real. Isso porque a corte maior da Selic feita no Brasil em relação à redução de juros nos EUA, diminui o diferencial de juros entre as taxas básicas dos dois países. A queda de diferencial de juros provoca geralmente pressão para desvalorização da moeda brasileira, já que há diminuição do prêmio para que o investidor estrangeiro coloque recursos no país.
a taxa do fed é 2,25 e não 2,00 como foi comentado. Mas baixar a Selic vai ser um grande error e o dolar pode subir rapidamente para R$ 4,50/5.00
a taxa do fed é 2,25 e não 2,00 como foi comentado
Ta com bastante errinhos de português...
augusto foi boa
augusto foi boa
Por favor, revisem esse texto.
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a taxa do fed é 2,25 e não 2,00 como foi comentado
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