Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

Setores de Varejo e Tecnologia Mostram Primeiros Sinais de Fraqueza no 1T nos EUA

Publicado 27.05.2019, 12:13
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Com a temporada de balanços do 1T quase chegando ao fim, está ficando bastante claro que os resultados dos dois grandes pilares do mercado norte-americano – tecnologia e varejo – estão perdendo força. Se essa tendência persistir, não será difícil dizer que os melhores dias do mercado de ações para os investidores já ficaram para trás.

Algumas das maiores empresas de tecnologia dos EUA, como Apple Inc. (NASDAQ:AAPL), Alphabet (NASDAQ:GOOGL), e Intel Corp (NASDAQ:INTC), foram prejudicadas pelo enfraquecimento da demanda dos seus produtos e serviços, o que também está começando a provocar “rachaduras” em sua expansão futura.

A Alphabet, empresa controladora do Google, divulgou seu crescimento de receita mais lento desde 2015, enquanto a Apple registrou a primeira queda sucessiva em suas vendas e lucros trimestrais em mais de dois anos. Para a Amazon (NASDAQ:AMZN), maior varejista mundial da internet, o primeiro trimestre foi variado. Enquanto sua receita operacional bateu um recorde ao saltar 129%, seu crescimento de receita desacelerou para 17%, bem abaixo do ritmo trimestral de 30% que a empresa teve em média ao longo dos últimos três anos. A companhia projetou um crescimento de 16% para o segundo trimestre, com base no ponto médio da sua previsão.

E o cenário mais amplo também não parece promissor. Por 15 trimestres consecutivos, até o último mês de julho, os lucros das empresas de tecnologia superaram o S&P 500, com uma diferença de crescimento de 6,3 pontos percentuais em média. Mas essa vantagem está diminuindo rapidamente. Os lucros do primeiro trimestre caíram mais de 6%, os piores em uma década, de acordo com dados da Bloomberg.

Tanto as grandes empresas quanto os consumidores contribuíram para essa desaceleração. A Apple, por exemplo, está sendo prejudicada pela relutância dos consumidores em adquirir modelos mais caros, enquanto as fabricantes de chips enfrentam um período de demanda fraca em diversos mercados finais, inclusive data centers.

As esperanças de uma rápida recuperação na indústria de semicondutores foram por água abaixo depois da escala na guerra comercia EUA-China, levantando dúvidas sobre a capacidade dessas companhias de manter as margens de lucro e um crescimento substancial se as potências mundiais não resolverem rapidamente sua disputa.

O (Índice de Semicondutores da Filadélfia) (SOX) teve uma queda de 14% no mês passado, tornando-se a maior vítima da batalha comercial. As ações da Apple caíram 11% no mês por preocupações de que pudesse haver uma deterioração maior da sua demanda caso os consumidores chineses e o governo do país resolvessem retaliar a empresa. A China é o terceiro maior mercado da Apple, respondendo por cerca de US$ 52 bilhões das vendas da companhia no último ano fiscal.

SOX Weekly Chart

Varejistas sob pressão

O varejo é outra área do mercado onde as empresas começaram a ficar em apuros. Kohl's Corp (NYSE:KSS), JC Penney (NYSE:JCP) e Nordstrom Inc. (NYSE:JWN) registraram quedas nas vendas do primeiro trimestre nesta semana, enquanto a Home Depot (NYSE:HD) apresentou um crescimento mais fraco do que o esperado nas vendas em lojas comparáveis.

O que está deixando a perspectiva dessas companhias ainda mais nebulosa é o impacto das maiores tarifas sobre as importações da China. No início deste mês, o governo Trump impôs uma tarifa de 25% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, uma alta em relação à tarifa de 10% que havia sido aplicada em outubro.

Kohl's, que importa cerca de um quinto dos seus produtos da China, declarou que os custos adicionais relacionados ao aumento das tarifas de importação são responsáveis pela piora em seu prognóstico deste ano. A rede de lojas para melhoria do lar, Home Depot, estimou que gastará cerca de US$ 1 bilhão a mais para adquirir produtos com as tarifas de 25% em vigor.

Mas a boa notícia é que, até agora, a demanda dos consumidores desses varejistas ainda não enfraqueceu e pode voltar com tudo na segunda metade do ano se a guerra comercial EUA-China não desacelerar a maior economia do mundo. Kohl's e Home Depot culparam o clima frio da primavera, a concorrência nos preços e as promoções dos competidores pelo fato de o crescimento em suas vendas ficar abaixo das expectativas.

Apesar desses desapontamentos, nem tudo foi ruim para o setor de varejo. Os balanços desanimadores desta semana contrastaram com os resultados divulgados anteriormente pelo megavarejista Walmart Inc. (NYSE:NYSE:WMT). A companhia divulgou seu 1T mais forte em crescimento de vendas comparáveis em nove anos, auxiliado por um aumento no tráfego e pelo gasto maior dos clientes por transação. As vendas online disparam 37% em relação ao ano passado.

Resumo

O prolongamento da tensão comercial com a China está se tornando a maior ameaça para algumas das principais empresas de capital aberto nos EUA. A disputa está fazendo com que as empresas e os consumidores pensem duas vezes na hora de fazer despesas futuras. Os investidores devem manter a cautela ao tomar decisões de investimento em ações que estejam estreitamente ligadas à economia, enquanto os mercados permanecerem em meio a esse ambiente incerto de negociação.

Últimos comentários

só o fechamento do semestre apresentará as próximas documentações concretas de mercado. todo esse começo nao passa de um ajuste mundial,diante do quadro de instabilidade.
só o fechamento do semestre apresentará as próximas documentações concretas de mercado. todo esse começo nao passa de um ajuste mundial,diante do quadro de instabilidade.
Sell in may, and go away!
um ótimo reflexo da força ao qual o mercado asiático vem absorvendo, principalmente o chinês.
um ótimo reflexo da força ao qual o mercado asiático vem absorvendo, principalmente o chinês.
Maio maldito, esse Trump está sendo um dos piores presidente que os estados unidos tiveram.
Maio maldito, esse Trump está sendo um dos piores presidente que os estados unidos tiveram.
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.