Garanta 40% de desconto
💎 WSM subiu +52.1% desde que foi selecionada por nossa estratégia de IA em dezembro. Acesse todas as açõesAssine agora

 Teoria e Prática Têm Dissonâncias que Tendem a Agravar Riscos e Inibir Soluções!

Publicado 15.01.2021, 06:01
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O país, sabidamente, convive com severa crise fiscal e tem inúmeras ideias propositivas para alcance de solução, mas, na realidade e na prática, há a percepção de que o risco de agravá-la está muito mais factível do que as soluções, visto que falta protagonismo efetivo de parte do governo e há comportamentos antagônicos frontais por parte do Congresso nacional, com ênfase à Câmara.

E já se passaram dois anos do atual governo.

O país, embora muitos relutem em admitir, tem presente a ameaça de nova retração da atividade econômica face à pandemia do coronavírus, que retornou com agressividade, tendo encontrado o país ainda despreparado para a vacinação e a população carente e desempregada absolutamente dependente dos programas assistenciais do governo que foram finalizados.

Mesmo que se inicie finalmente a vacinação no próximo dia 20 deste mês, dada a falta de convergência de propósitos e comportamento da população não se espera superação, ainda que parcial, do problema sanitário antes de 2022, com grande probabilidade de se tornar um problema endêmico.

Para um governo que se propunha liberal o processo de reformas imprescindíveis e, também e principalmente, privatizações tem tido mais discursos teóricos do que empenhos práticos e articulados, demonstrando que não existe efetivamente o "espírito liberal”, mas sim a vontade de manter a estatização em inúmeros setores, o que inibe fundamentais fontes de recursos que poderiam mitigar a crise fiscal.

Por outro lado, é notório que existe a ansiedade em encontrar formas de acomodar no Orçamento continuidade das benesses à população carente e largamente desempregadas, já desalentadas, o que representa risco contínuo e presente no radar de rompimento do teto de gastos, tanto por parte do governo central quando por parte dos congressistas, razão pela qual este foi conduzido a foco maior em detrimento às demais questões fundamentais pautadas.

A despeito do despiste em torno da questão é inquestionável que os recursos fluidos pelos programas assistenciais é que deram suporte à queda menor do PIB em 2020, e isto poderá ter repercussões negativas no PIB deste ano de 2021, já que à massa de mão de obra desempregada tende a se agregar um novo e grandioso contingente que estava acobertado pelos programas assistenciais.

A percepção objetiva é que a postura do governo tende muito mais ao populismo do que ao liberalismo, e se isto for uma percepção verdadeira, provavelmente o país não sairá do “status quo” presente, mas sim teremos continuidade do mesmo nos dois últimos anos, que serão dedicados ao foco da eleição presidencial.

Parece que o país está numa redoma, sem que efetivamente tenha esta percepção.

O mercado financeiro parece ter esta percepção e “fala” muito mais pelo comportamento do que pelos pareceres cotidianos e projeções com as quais não tem responsabilidade pelo erro, mas que incentivam os negócios.

O que se vê então!

O Ibovespa, depois de ter recuperado os preços altamente debilitados ao início da pandemia, em março/abril, sinaliza agora algum esgotamento no todo, mas repercute o preço das nossas ‘blue chips” espelhados do exterior onde repercutem o impacto da maior liquidez no mercado global mantendo baixa identidade com o ambiente econômico interno do país, mas, residualmente, ainda é receptora de recursos externos, porém bem menores do que ocorria costumeiramente anos atrás.

Recebeu em 2020 grande volume de novos investidores pessoas físicas, mas já não consegue ter impulsão e com preços ajustados as mesmas perspectivas face à efetiva inércia da atividade econômica e se demonstra vulnerável, e a sustentabilidade, com uma ou outra exceção, advém unicamente nos papéis ligados às commodities, cujas empresas tem considerável independência em relação ao “status quo” local.

O dólar repercute o comportamento da moeda no mercado global que indica viés de depreciação forte que é a causa de queda do preço no nosso mercado.

Entretanto, fatores internos são fortes contentores deste movimento de depreciação e assim a volatilidade do preço não decorre somente do risco fiscal, mas também é consequente do descompasso com o juro extremamente baixo no país, que estimula operações no mercado de derivativos, em especial de hedge que fica barato, que afetam o comportamento do preço da moeda provocando alto índice de volatilidade.

A inflação está absolutamente “viva” nos itens que afetam diretamente a renda da população em seu consumo básico, muito além do IPCA, e os juros futuros evidenciam estar sobre pressão apontando a desconformidade presente.

Urge que o BC/COPOM seja mais pragmático no reconhecimento da realidade brasileira neste momento, porque mitigar os sinais impositivos para protelar as medidas adequadas podem ter repercussões negativas futuras irreversíveis.

O mercado internacional vive a expectativa de novo e contundente pacote de apoio financeiro de US$ 2,0 Tri estimulante à retomada da atividade econômica e ao enfrentamento da pandemia do coronavírus pelo novo governo Biden, e o FED, a despeito dos sinais de inflação, assevera que as taxas de juro serão mantidas embora, por vezes, mas os T-Bonds sinalizem pressões.

Em tempos idos as expectativas para o Brasil na ocorrência destes eventos era intensamente favorável, mas na atualidade é bastante improvável que ocorra incremento maior do direcionamento de investidores estrangeiros ao mercado financeiro brasileiro, se tanto residual como tem ocorrido considerando o volume da liquidez global.

A postura inercial do governo ante os problemas mais relevantes do país, com muita retórica e pouca ação efetiva, muito conflitante e muita divulgação de indicadores com pouca sustentabilidade tendo em vista que “o que se ouve e se lê não é exatamente o que se vê”, podem exaurir os últimos dois anos de mandato presidencial, sem que se avance nas reformas fundamentais e nas privatizações.

Por isso, é pouco provável que ocorra um “boom” efetivo e sustentável mais amplo no mercado acionário brasileiro consequente de aquecimento da atividade econômica e que o dólar retroceda a preço abaixo de 5,00, ainda que ocorra forte depreciação da moeda americana no mercado externo.

Últimos comentários

Entendi. É compra de fundo com benchmark de dólar.
Sidnei, o liberalismo em países emergentes só é viavel em governos autoritários, porque o ditador de plantão não tem que se preocupar com a proxima eleição. Vide por exemplo o Chile. Bolsonaro nunca teve uma carteira de trabalho na vida, sempre foi ligado a estrutura estatal, ou como militar ou como deputado, tanto que todos os seus filhos seguiram sua carreira, ele vende para a elite financeira uma falsa visão de liberalismo economico, esta por sua vez, finge acreditar na esperança que o Guedes consiga passar uma redução mínima no Estado Brasileiro.
O autor citou: "A percepção de que o governo tende mais ao populismo do que ao liberalismo". O meu xará Ivo Wagner, tascou: "Todos os liberais foram enganados por Bolsonaro". O autor ainda continua iludido, o xará se convenceu. Faça uma busca do 30 anos do deputado federal Bolsonaro no Congresso. Votou contra o  Plano Real, contra as reformas da privatizações e da previdência, contra as politicas do neo-liberalismo iniciada por FHC. Ninguém,  engana ninguém. Vc que não aceitou a realidade.
eu nao sou politico minha opiniao é tecnica fundamentalista
Realidade para uns, Pessimismo para outros. Os comentários são feitos com base em fatos cotidianos passados, Isso é normal e correto. Em complemento, cabe lembrar que o rumo pode ser alterado a qualquer momento por novos atos e fatos. Em resumo, não estamos presos à essa realidade! Esperançar, trabalhar e agir com ética podem ajudar!
Todos os liberais foram enganados pelo Bolsonaro. Seguramente estes liberais não votarão mais nele. Vamos ver se ele se reelege com antiga receita de proteger servidores públicos.
Este cenário e impressionante parece que não tem jeito quem vai poder mudar isso que liderança vai conseguir com 30 partidos certamente con esse cenario não vamos reeleger o presidente quem será o Salvador da pátria que conseguirá isso.
A desgraça desse país chama-se Presidencialismo de Coalizão! O executivo não consegue fazer nada relevante para o país sem sujar as mãos
Estou arquivando todos os textos desse senhor para, lá na frente, mostrá-los ao incautos e negacionistas do mercado. O Brasil vai explodir! Meu desejo é que todos os que pensam diferente desse hômi estejam comprados!
Excelente análise técnica!
Excelente análise técnica!
Boa análise! Melhor ter uma visão realista e racional da situação atual, arrastada pelos entraves do populismo e de um parlamento sem propósito, que acreditar que a paixão por um líder vai solucionar os problemas de fadiga do capitalismo assistencialista!se sair pelo menos uma das reformas e uma das privatizações até 2022 já vai ser muito...
triste realidade
Extremamente realista, e pensar que muitos ainda entrarão na bolsa brasileira vislumbrando ganhos de 2 digitos ao ano com a situação fiscal tão deteriorada.
É uma teoria pessimista, mas tem outras otimistas. Esperamos um boom? Será que com novos chefes no Parlamento nao teremos mais chances de aprovacão dos inumeros projetos do governo que foram cerceados nos dois ultimos anos, mais do que por antagonismo simples?
Kleiton, se você imaginar que qualquer coisa boa, beneficiará o atual presidente na próxima legislatura, imagino que as verdadeiras reformas se arrastarão até o final de 22.
prezado Bruno, neste momento nao custa esperar e acreditar. Vamos aguardar.
excelente!
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.