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Touro x Urso

Publicado 16.03.2018, 09:12
Atualizado 10.01.2024, 08:22

A semana chega ao fim com os investidores tentando absorver os recentes episódios da guerra comercial e das investidas protecionistas da Casa Branca, à medida que os touros (bull market) e os ursos (bear market) debatem qual deve ser o próximo movimento do mercado financeiro. Do lado da alta, prevalece a percepção de que os lucros das empresas, os dados econômicos fortes e o corte de impostos nos Estados Unidos são razões suficientes para manter a tendência positiva dos ativos de risco.

Nesse lado, os touros argumentam que as ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump, não passam disso, uma intimidação a fim de barganhar melhores condições de troca no comércio global. Já no campo oposto, os ursos vislumbram um viés negativo e se mostram preocupados com o desenrolar das ações nos EUA, apoiados na perspectiva de que a inflação pode ganhar força e levar o Federal Reserve a aumentar a taxa de juros de modo mais agressivo, sob o impacto da taxação de produtos e da defesa do protecionismo.

Nesse embate, os negócios globais buscam ao menos uma acomodação dos preços, até que surja algum vento de cauda (tailwind) ou de cabeça (headwind) em escala global, capaz de puxar os ativos para baixo ou para cima, respectivamente. Nesse sentido, o vencimento quádruplo (quadruple witching) em Wall Street traz uma dose extra de volatilidade à sessão em Nova York, sendo que os índices futuros das bolsas já apontam para uma abertura no vermelho.

As principais bolsas europeias também abriram marginalmente mais fracas, rondando a linha d'água, sem uma direção definida para o dia. Na Ásia, o dia foi de perdas, com os investidores ainda assimilando as implicações da contínua turbulência no governo Trump. O iene ganhou terreno em relação ao dólar, ao passo que o ouro se recompõe, em meio à busca por proteção, diante de relatos de que o conselheiro de segurança nacional, H. R. McMaster, pode ser o próximo a ser despedido. A Casa Branca nega a informação.

Pode ser a 16ª baixa na administração Trump, desde que o republicano assumiu o governo, há pouco mais de um ano. Todos esses desdobramentos em Washington são ruins para os mercados, que começam a ficar mais acostumados com os problemas políticos, na esteira do pedido de renúncia do então conselheiro econômico Gary Cohn e do ex-secretário de Estado, Rex Tillerson. A chegada de Larry Kudlow e seu viés protecionista também é digerida.

Diante disso, os investidores adotam uma postura mais defensiva e se preparam para o grande evento econômico do mês, previsto para a semana que vem, quando o Fed se reúne e deve promover a primeira alta dos juros dos EUA neste ano e a primeira sob o comando de Jerome Powell. As atenções no encontro estarão focadas nas pistas sobre os próximos passos, a fim de aferir se serão três ou quatro aumentos no total até dezembro.

Já a agenda econômica desta sexta-feira traz destaques no exterior, onde saem a leitura final do índice de preços ao consumidor na zona do euro (7h) e a produção industrial norte-americana (10h15), ambos referentes ao mês de fevereiro. Ainda nos EUA, às 11h, têm o relatório Jolts sobre o número de vagas de emprego disponíveis em janeiro e a prévia de março sobre a confiança do consumidor.

No Brasil, saem a segunda leitura deste mês do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), às 8h, e os dados sobre o desempenho do setor de serviços em janeiro (9h), que devem dar pistas sobre o ritmo da atividade doméstica no início deste ano. Por aqui, cada vez mais o cenário político também vai ganhando mais peso do que o calendário econômico, uma vez que o próprio governo já engavetou a nova pauta econômica.

Para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se a lista com 15 medidas prioritárias para este ano não for aprovado no Congresso, pode faltar dinheiro para fechar as contas públicas de 2018. O problema é que não se sabe o quanto da fala do ministro faz parte do jogo político, visando as eleições de outubro, e o quanto é preocupação, de fato, com o cumprimento do Orçamento. Ainda mais porque, o rival na Câmara, o presidente Rodrigo Maia, já mandou avisar que é inviável votar tais propostas ainda neste ano.

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