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Trigo: Preços Caíram em Novembro Influenciados Pela Retração Compradora

Publicado 14.12.2020, 11:27
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Os preços do trigo caíram em novembro no Paraná e no Rio Grande do Sul, influenciados pela retração compradora. Esses demandantes – atentos à finalização da colheita nestes estados do Sul e à espera de novas desvalorizações do cereal – adquiriram apenas pequenos lotes ao longo do mês. Apesar do enfraquecimento dos preços nas principais regiões produtoras, as cotações médias ainda operaram em patamares elevados. Dessa forma, as negociações estiveram lentas no spot. Já no caso da comercialização antecipada, dados da Seab/Deral divulgados em 24 de novembro indicam que somava 71,8% da produção prevista, o maior patamar dos últimos 15 anos para esse período. No acumulado do mês (de 31 de outubro a 30 de novembro), os levantamentos do Cepea mostram que os valores do grão no mercado de balcão (valor pago ao produtor) recuaram 8,7% no estado sul-rio-grandense e 3,7% no paranaense, mas avançaram 0,4% no catarinense. No mesmo período, no mercado de lotes, os recuos nos preços foram de 7,5% em São Paulo, de 6,3% no Paraná e de 5% no Rio Grande do Sul. Já em Santa Catarina, as cotações subiram 1,5%. Em contrapartida, a média mensal de novembro seguiu em patamar elevado. No Paraná, a média foi de R$ 1.401,63/tonelada no mês, aumento de 65% frente à de novembro/19. No Rio Grande do Sul, a média foi de R$ 1.410,77/t, com alta de 98,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

O relatório da Conab de novembro indicou que a área com trigo no País somou 2,34 milhões de hectares, crescimento de 14,6% sobre a temporada passada. A produtividade também deve ser 7,6% superior à da temporada anterior, apesar das perdas, especialmente no Rio Grande do Sul. Com isso, a produção nacional deve ser de 6,35 milhões de toneladas, 23,3% maior que em 2019, mas 7% abaixo do que se previa até outubro. A Conab prevê importação de 6,8 milhões de toneladas entre agosto/20 e julho/21, o que deve gerar uma disponibilidade interna de 13,4 milhões de toneladas, acima das 13 milhões de toneladas da temporada passada. Esse volume deve atender a uma demanda doméstica de 11,8 milhões de toneladas, contra 12,5 milhões de toneladas entre agosto/19 e julho/20. As exportações estão estimadas pela Conab em 700 mil toneladas. Com isso, os estoques em julho/21 devem ser de 883,5 mil toneladas, contra 227,4 mil toneladas em julho/20. Para suprir as necessidades do mercado interno e aliviar a indústria moageira, a Camex (Câmara Brasileira de Comércio Exterior) renovou em novembro a cota para importação para mais 750 mil toneladas de trigo de fora do Mercosul isenta do pagamento da Tarifa Externa Comum (TEC), que seria de 10%. As compras podem ser realizadas de 18 de novembro de 2020 a 17 de novembro de 2021.

IMPORTAÇÕES – De acordo com os dados preliminares da Secex, nos primeiros 20 dias úteis de novembro, foram importadas 308,9 mil toneladas de trigo, contra 446,7 mil toneladas em novembro/19. Em relação ao preço de importação, a média de novembro/20 esteve em US$ 225,40/t FOB origem, 5,4% acima da registrada no mesmo mês de 2019 (de US$ 213,80/t).

DERIVADOS – As cotações das farinhas permaneceram em alta em novembro, ainda influenciadas pelos preços do trigo. As negociações, no entanto, estiveram lentas. Moinhos consultados pelo Cepea se mostraram abastecidos para o curto prazo e à espera de diminuição dos preços da matéria-prima para renovar os estoques. Em relação aos farelos de trigo, os valores permanecem em patamares elevados desde o início da pandemia, e a disponibilidade do subproduto seguiu restrita. As farinhas destinadas à pré-mistura, bolacha doce, massas em geral, panificação, massas frescas, bolacha salgada e integral se valorizaram 9,7%, 8,2%, 6,8%, 6,2%, 4,5%, 3,9%, e 1%, respectivamente. Para os farelos, as elevações nos preços foram de expressivos 19,6% para o a granel e de 17,7% para o ensacado.

PREÇOS INTERNACIONAIS – Considerando-se as médias de outubro e novembro, o primeiro vencimento do trigo Soft Red Winter, negociado na CME Group (Bolsa de Chicago), se desvalorizou 1,3%, a US$ 5,9848/bushel (US$ 219,90/t). Para a Bolsa de Kansas, o primeiro vencimento do trigo Hard Red Winter avançou 1,9%, a US$ 5,5414 /bushel (US$ 203,61/t). Conforme o relatório de novembro do USDA, a estimativa para a produção mundial em 2020/21 caiu 0,1% em relação ao relatório do mês anterior, a 772,375 milhões de toneladas, mas ainda ficou 1% acima da safra 2019/20 (764,943milhões de toneladas). O recuo se deve às menores produções da Argentina e da Turquia, apesar do aumento na Rússia. Quanto ao consumo, houve ligeiro aumento de 0,2% entre as estimativas de outubro e novembro e de 0,6% frente à safra anterior, a 752,680 milhões de toneladas. O consumo mundial está sendo impulsionado pela maior demanda de ração por parte da China, União Europeia e Vietnã. Em relação aos estoques mundiais, recuaram 0,3% frente ao relatório de outubro, somando 320,450 milhões de toneladas, mas ainda será 6,5% maior que os disponíveis em 2019/20 (300,755 milhões de toneladas). Dessa forma, a relação estoque/consumo passa de 42,8% para 42,6%.

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