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Trigo: Preços Subiram com Força em Julho, Especialmente no RS

Publicado 28.08.2019, 13:50
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Em julho, os preços subiram com força, especialmente no Rio Grande do Sul, onde a demanda esteve mais aquecida por parte de moinhos de Santa Catarina. No aguardo do início da colheita da safra 2019/20, previsto para setembro, alguns agentes consultados pelo Cepea estiveram receosos quanto a novas negociações de trigo no mercado doméstico. De modo geral, compradores estiveram abastecidos, sem intenção de novas aquisições. Vendedores, mais ativos, tentaram movimentar o mercado ofertando mais lotes, porém, a preços maiores. Em julho, as cotações de trigo no mercado balcão (valor pago ao produtor) subiram 0,5% no Rio Grande do Sul, 0,4% no Paraná, enquanto em Santa Catarina se manteve estável. No mercado de lotes, por sua vez, houve alta de 4,9% no Rio Grande do Sul e de 2,8%, no Paraná. Diante disso, a diferença entre os preços do trigo nestes dois estados diminuiu. Enquanto em fevereiro deste ano o preço médio do Paraná chegou a ficar 100,32 Reais/tonelada acima do verificado no Rio Grande do Sul, em julho, essa diferença caiu para 65,06 Reais/t.

CAMPO – O semeio no Brasil foi finalizado nos principais estados produtores em julho. No Paraná, na última semana do mês, 64% das lavouras apresentavam condições boas, 28%, médias e 8%, ruins. Destas, 2% estavam na fase de maturação, 35%, de frutificação, 28%, de floração e 35% estavam em desenvolvimento vegetativo, de acordo com o Deral/Seab. No Rio Grande do Sul, dados da Emater estimam área de trigo de 739,4 mil hectares. De modo geral, as lavouras se desenvolveram bem em julho, mas triticultores estiveram receosos quanto ao clima, diante de possíveis novas quedas nas temperaturas. Nos Estados Unidos, a colheita do cereal de inverno havia alcançado 19% da área total até o encerramento de julho. De acordo com dados do USDA, no final do mês, 73% das lavouras de primavera apresentavam condições entre boas e excelentes, 21%, médias e 6%, ruins e muito. Na Argentina, o semeio também estava praticamente finalizado, alcançando 99,2% da área total, de acordo com a Bolsa de Cereales, com ligeiro avanço de 2,8 p.p entre as duas últimas semanas de julho. Naquele país, restam apenas 50 mil hectares para serem implantados. Do que estava no campo, 96,3% apresentavam condições entre normal e excelente.

DERIVADOS – De acordo com agentes de moinhos consultados pelo Cepea, a demanda por farinha esteve fraca em julho e os preços não registraram grandes alterações no período. Diante da valorização da matéria-prima, nem mesmo os maiores valores praticados com as comercializações de farelo de trigo compensavam as menores margens com as vendas de farinhas. Nesse cenário, em julho, as cotações das farinhas para panificação, massas em geral, pré-mistura, integral subiram 0,65%, 0,40%, 0,18% e 0,12% respectivamente. No entanto, para o segmento de massas frescas, bolacha salgada e bolacha doce, os preços caíram 0,31%, 0,12% e 0,02%, na mesma ordem. Quanto ao farelo, apesar de registrar alta demanda em julho, a oferta diminuiu nos moinhos, em função do baixo processamento. Ainda assim, alguns pecuaristas tentaram pressionar as cotações deste derivado, visto que o valor do leite recuou em julho. Neste cenário, o farelo ensacado subiu 4,62% e o a granel, 2,73% em julho.

PREÇOS INTERNACIONAIS – No front externo, o cenário foi de desvalorização. Nos Estados Unidos, a demanda enfraquecida e o avanço da colheita do trigo de inverno pressionaram as cotações. Na CME Group, o contrato Set/19 do trigo Soft Red Winter caiu 4% entre junho e julho, fechando a US$ 5,03610/bushel (US$ 185,05/t) no último mês. Quanto ao trigo Hard Red Winter, negociado na Bolsa de Kansas, o contrato de mesmo vencimento recuou 4,9% no período, a US$ 4,4036/bushel (US$ 161,81/t) na média de julho. Na Argentina, as cotações também caíram em julho. Apesar deste cenário, produtores do país vizinho demonstraram maior interesse em negociar pois acreditam que, nesses níveis de preços, o valor pago pelo grão cobre os custos de produção e reduz os riscos atrelados ao valor futuros do cereal.

SECEX – Em julho, segundo dados da Secex, as importações de trigo em grão somaram 558,42 mil toneladas, volume 33% superior frente a junho/19. Desse total, 82,1% vieram da Argentina, 5,5%, dos Estados Unidos, 5,4%, do Canadá, 4,4%, do Paraguai e 2,7%, do Uruguai. As exportações também cresceram e somaram pouco mais de 2 mil toneladas. Para as farinhas, as aquisições no mercado internacional se elevaram em 25,4% frente a junho/19, indo para 32,1 mil toneladas. As vendas brasileiras no mercado externo foram de apenas 963 toneladas.

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