Adição de 0,35% do PIB em 12 meses. A falta de tração na economia levou o governo a tomar a medida de liberação do FGTS em diferentes fases, começando pelos R$ 500 iniciais, partindo para saques no aniversário das contas.
Esta adição de crescimento, dada a situação da atividade econômica no Brasil, equivaleria a tentar ligar um carro com bateria arriada empurrando, ao invés do uso de uma ligação direta, a popular ‘chupeta’.
Ou seja, até ajuda, mas a eficácia é muito mais limitada.
A ausência dos gastos do governo infelizmente pesa numa economia que se acostumou corriqueiramente a ter a ajuda estatal sempre que o cenário se tornava insustentável.
O problema é exatamente corrigir uma insustentabilidade econômica com uma fiscal, o que nos levou historicamente a ciclos de recuperação, seguidos de inflação cavalar, altas de juros e consequente nova recessão.
Resta ao setor privado preencher o vácuo deixado pelo governo, o qual pode ser permanente e aí sim, ser o empreendedor da recuperação econômica. Da parte governamental, restam as reformas estruturantes e os juros, estes na berlinda de serem cortados, ainda que não na atual reunião do COPOM, pela expectativa com a reforma.
Hoje teremos a decisão de juros do BCE e grande expectativa quanto à possibilidade de estímulos adicionais à Zona do Euro, conforme sinalizado recentemente pela autoridade monetária. Os programas de alívio quantitativo podem sem alterados, principalmente em vista à situação de bancos como o Deutsche Bank (DE:DBKGn).
Na agenda econômica, destacam-se os pedidos de bens duráveis e de capital, vendas ao varejo e estoques nos EUA, além obviamente da aguardada decisão de juros do BCE e as declarações de Mario Draghi.
Na agenda corporativa, localmente Ambev, Bradesco e Ecorodovias e no exterior, Amazon (NASDAQ:AMZN), Alphabet (NASDAQ:GOOGL), Roche, Intel (NASDAQ:INTC), Comcast (NASDAQ:CMCSA), Unilever (LON:ULVR), Inbev, Starbucks (NASDAQ:SBUX), 3M (NYSE:MMM), Diageo (LON:DGE), Volkswagen (DE:VOWG_p), Bristol-Myers Squibb (NYSE:BMY), BASF, T-Mobile, Danone, Telefonica (MC:TEF), Aflac (NYSE:AFL), Dow, Bradesco, Nissan, Nokia (HE:NOKIA), Herhsey, VeriSign (NASDAQ:VRSN), Expedia (NASDAQ:EXPE), Carrefour (PA:CARR), Vodafone (LON:VOD) e Mapfre.
CENÁRIO POLÍTICO
Os envolvidos no roubo de dados de celulares de autoridades, em especial o ministro Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol confessaram o crime e agora o cenário gira em torno da esfera policial.
No âmbito político, o desenho no senado para o avanço das reformas parece mais suave do que ocorreu na câmara e caso o governo não atrapalhe, a tendência é de trabalhos dentro do período esperado.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelas declarações do BCE.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com a puxada de empresas de semicondutores.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à platina.
O petróleo abre alta, com estoques em queda nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,40%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7736 / -0,02 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,063%