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Indústria Petrolífera dos EUA Enfrenta Dificuldades, Mas Produção Não Deve Cair

Publicado 02.04.2020, 08:18
Atualizado 09.07.2023, 07:31

Publicado originalmente em inglês em 2/4/2020

Como esperado, as notícias a respeito dos produtores de petróleo nos EUA são preocupantes. O ex-secretário de energia e ex-governador do Texas, Rick Perry, declarou à Fox News que “estamos à beira de um gigantesco colapso de uma indústria que batalhamos para construir ao longo dos últimos três ou quatro anos”.

A Whiting Petroleum (NYSE:WLL), uma das maiores produtoras na região de shale de Bakken, Dakota do Norte, registrou um pedido de recuperação judicial na quarta-feira, 1 de abril. No mesmo dia, a Callon Petroleum (NYSE:CPE), produtora independente sediada em Houston, contratou assessores para reestruturar suas dívidas.

Sabíamos que os produtores petrolíferos dos EUA enfrentariam grandes dificuldades com os preços do petróleo tão baixos, e a expectativa é que ainda continuem surgindo mais notícias ruins como essas. Mas isso não significa que a produção norte-americana despencará imediatamente.

Petróleo WTI Gráfico Mensal

Na última vez em que o preço afundou...

Basta observar o que aconteceu em 2014-2016, última vez em que os produtores americanos enfrentaram uma queda significativa dos preços. Naquele momento, a produção dos EUA atingiu o pico em abril de 2015, mas só alcançou seu ponto mais baixo em setembro de 2016.

A situação atual, entretanto, não é exatamente a mesma. Durante o mês de março de 2020, a cotação do petróleo caiu de forma mais abrupta: 30% em um único dia. A experiência de cinco anos atrás serve para nos lembrar de que os produtores norte-americanos continuarão extraindo petróleo, mesmo que percam dinheiro em cada barril. Isso porque precisam de receita.

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Além disso, alguns perfuradores do país se protegeram com contratos que pagam mais de US$ 50 por barril, ou seja, podem continuar bombeando petróleo e recebendo mais receita. A Enervus estima que cerca de 2,5 milhões de barris por dia (bpd) estejam protegidos com contratos dessa natureza.

É praticamente certo que haverá uma queda na produção, na medida em que ativos e empresas inteiras serão vendidos em busca de companhias mais bem posicionadas e que não precisam de receita imediatamente. Em alguns casos, pode haver abandono de poços. A indústria petrolífera dos EUA sempre viveu ciclos de ascensão e queda, de forma que já vimos no passado produtores simplesmente indo embora.

Recuperações judiciais podem não interromper a produção

É vital que os investidores tenham claro o que significa a recuperação judicial de um produtor como a Whiting. Se uma companhia nos Estados Unidos não puder mais arcar com suas dívidas, pode registrar um pedido de falência. Com o auxílio da justiça, a empresa e seus credores vão reconhecer o montante devido. Algumas dívidas serão simplesmente descartadas. Ao final, a Whiting pode emergir do processo significativamente mais forte.

A recuperação judicial não significa que a Whiting interromperá ou diminuirá sua produção. A Whiting pode ter que deixar petróleo no subsolo em alienação, mas também é bastante possível que parte do processo de recuperação exija que a empresa continue extraindo para poder pagar seus débitos.

Por enquanto, o que se sabe é que a Whiting continuará operando como antes. Portanto, quando uma empresa de shale oil nos EUA registra um pedido de falência ou recuperação judicial, não significa necessariamente que a produção diminuirá no futuro próximo. Pelo contrário, pode indicar que a produção não vai cair, pelo menos no curto prazo.

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Ontem, o relatório de produção petrolífera nos EUA até a semana encerrada em 27 de março indica que o país ainda estava produzindo 13,834 milhões de barris por dia. Não há dúvidas de que a indústria petrolífera nos EUA está enfrentando problemas. No entanto, como ocorre com empresas individuais, a produção da indústria como um todo não deve despencar de uma vez amanhã.

O que virá pela frente?

Na sexta-feira (3) está prevista uma reunião do presidente Donald Trump com diretores de diversas empresas americanas de energia, como ExxonMobil (NYSE:XOM), Chevron (NYSE:CVX), Occidental (NYSE:OXY), Devon Energy (NYSE:DVN), Energy Transfer (NYSE:ET), Phillips 66 (NYSE:PSX) e Continental Resources (NYSE:CLR).

Não se sabe se a reunião produzirá alguma política de estímulo à indústria de energia dos EUA, mas é importante lembrar que todas as empresas participantes são muito grandes e seus interesses são geralmente opostos aos das empresas petrolíferas menores que enfrentam problemas financeiros neste momento.

O governo americano deve dar preferência à alta produção e aos preços baixos para refinarias e consumidores, mas essa não é uma possibilidade, ou seja, vamos ter que esperar para ver o que vai acontecer.

Últimos comentários

É interessante ao Presidente Trump que os preços do petróleto continuem baixo, afim de aproveitar essa situação para as eleições e diminuir o impacto da crise do vírus nos EUA.
E caiu... O mercado é imprevisível.
A Arauco não fez o IPO recentemente?? Captou um monte de $$$ e agora quer quebrar a concorrência, inclusive o nosso pré-sal??
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