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Você Conhece Todos os ETFs de Renda Variável Disponíveis no Brasil?

Publicado 20.08.2020, 12:12
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O ETF, ou Exchange-Traded Fund, é um fundo de investimento negociado em bolsa que busca refletir a performance de uma cesta pré-determinada de ativos, um índice. O produto é muito utilizado por investidores que desejam diversificação por uma baixa taxa de administração. Hoje, vamos dar uma olhada com mais detalhe nas opções desse tipo de ativo no país.

A classe de ativos surgiu na década de 90 no Canadá, mas ficaram conhecidos após a crise financeira de 2008, quando os investidores passaram a buscar produtos com maior transparência na gestão, ganhando alta popularidade desde então.

Para se ter ideia, na última década, o volume financeiro em ETFs cresceu a uma taxa média anual próxima de 18%, contra cerca de 8% da indústria global de fundos. O crescimento da indústria fica mais evidente quando o comparamos com a taxa de crescimento anual de novas tecnologias desde 2009, visto que os smartphones cresceram a 24,3%, as redes sociais a 13% e o e-commerce norte-americano a 12%.

Todo esse crescimento nos levou a mais de 8.000 produtos do tipo ao redor do mundo, com quase US$ 6 trilhões de ativos sob gestão, mais de 450 gestores e presente em 72 bolsas de valores.

No Brasil, por mais que esse tipo de produto ainda não seja tão popular quanto é lá fora, também apresentou um crescimento muito agressivo na última década. Mesmo assim, ainda possuímos apenas 23 ETFs, com seis gestores e cerca de R$ 30 bilhões administrados.

Além da falta de opções, também carecemos de outro importante fator: educação financeira. Grande parte dessas gestoras que ofertam os ETFs não possuem os incentivos para divulgá-los, pois são produtos de baixa margem, visto as baixas – e em queda – taxas de administração cobradas.

Em contrapartida, optam por incentivar o investimento em fundos com alta taxa de administração e performance – que muitas vezes não batem o mercado – e a poupança.

Pensando nisso, comentarei um pouco a respeito sobre cada um dos 17 ETFs de renda variável disponíveis na bolsa brasileira.

BBSD11 e DIVO11 - São os ETFs das empresas pagadoras de dividendos, que replicam os índices S&P Dividendos Brasil e IDIV, respectivamente. Geridos pelo Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Itaú (SA:ITUB4), a taxa de administração dos produtos é de 0,5% ao ano. Historicamente, o pagamento de dividendos por parte das companhias esteve correlacionado com balanços mais sólidos, maior saúde financeira e lucros mais fartos e previsíveis. Os setores com maior participação no ETF são o financeiro e o elétrico.

BOVA11, BOVB11, BOVV11 e XBOV11 - São os ETFs que possuem o índice Ibovespa como referência, o principal termômetro do mercado de ações brasileiro, com as maiores posições em Itaú, Vale (SA:VALE3), Bradesco (SA:BBDC4), Petrobras (SA:PETR4), B3 (SA:B3SA3), Ambev (SA:ABEV3), Banco do Brasil, Itausa (SA:ITSA4) e Lojas Renner (SA:LREN3). A opção com maior liquidez (medido pelo volume e facilidade de negociação) é o BOVA11, da BlackRock, com taxa de administração de 0,30% ao ano. O Ibovespa contempla uma carteira teórica com as maiores e mais negociadas empresas de capital aberto no Brasil. Por conta de seu alto peso em commodities, o índice sofre com a ciclicidade natural do modelo de negócio.

BRAX11 - ETF das 100 empresas mais negociadas da bolsa, gerido pela BlackRock, que segue o índice IBrX-100. Taxa de administração de 0,2% ao ano.

ECOO11 - Gerido pela BlackRock, o ETF busca refletir a performance do Índice Carbono Eficiente, composto pelas 50 ações das companhias mais negociadas em bolsa que adotaram práticas transparentes com relação a suas emissões de gases de efeito estufa. Com uma taxa de administração de 0,38%, os principais ativos do produto são Itaú, B3, Bradesco, Banco do Brasil, Petrobras, Weg (SA:WEGE3), Natura (SA:NTCO3) e Localiza (SA:RENT3).

FIND11 - Criado em 2011 pelo Itaú, busca refletir a performance do Índice Financeiro IFNC, abrangendo os setores de intermediários financeiros, serviços financeiros, previdência e seguros, sendo que nenhuma empresa pode exceder a participação de 20%. Com uma taxa de administração de 0,6%, o produto é adequado para aqueles que desejam uma concentração setorial.

GOVE11 - É o ETF de governança corporativa e alta liquidez, buscando refletir a performance do Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT), composto por ações de empresas que adotam padrões de governança corporativa diferenciados, como a listagem no Novo Mercado. O gestor é o Itaú, que cobra 0,5% de taxa de administração ao ano.

ISUS11 - Criado em 2011 pelo Itaú, o ETF busca refletir a performance do Índice de Sustentabilidade Empresarial, composto por ações de empresas com maior sustentabilidade corporativa, eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança. Taxa de administração de 0,4%.

IVVB11 e SPXI11 - ETFs que visam oferecer exposição à estratégia de investir no exterior, refletindo a performance do Índice S&P 500, composto pelas 500 principais empresas norte-americanas em valor de mercado. Com ambos, o investidor tem acesso à variação cambial e uma cesta de ações das melhores companhias do mundo, como Microsoft (NASDAQ:MSFT), Apple (NASDAQ:AAPL), Amazon (NASDAQ:AMZN), Facebook (NASDAQ:FB) e Google (NASDAQ:GOOGL), que representam por cerca de 20% do índice. A taxa de administração de ambos é 0,24% e 0,21%, respectivamente.

MATB11 - Criado em 2012 pelo Itaú, o produto busca refletir a performance do Índice de Materiais Básicos, como fabricação de papel, mineração e siderurgia, cobrando uma taxa de administração de 0,5% para tal.

PIBB11 - Criado em 2004 pelo Itaú, foi o primeiro ETF criado no Brasil, e busca refletir a performance do Índice Brasil 50 (IBrX50), composto pelos 50 ativos mais negociados e mais representativos do mercado acionário brasileiro.

SMAC11 e SMAL11 - São os ETFs adequados para os investidores que desejam se expor às Small Caps, composto pelo índice SMLL. Criados pelo Itaú e BlackRock, respectivamente, as maiores posições são Via Varejo (SA:VVAR3), Eneva (SA:ENEV3), Cogna (SA:COGN3), YDUQS (SA:YDUQ3) e BR Malls (SA:BRML3).

Essas são as opções de ETFs brasileiros de renda variável. Lembre-se que, para escolher o seu favorito, é necessário analisar todos os critérios qualitativos, como a estratégia adotada e as principais posições do índice. Além de critérios quantitativos, como a rentabilidade e consistência passada, volatilidade, gestão, taxa de administração, volume e liquidez (medido por patrimônio líquido e número de cotistas).

Últimos comentários

Oi tudo bem
Oi tudo bem
E o XINA11 e o EURP11 ?
E o XINA11 e o EURP11 ?
Na época que foi escrito acho que não exista o xina11. Falta uma atualização mesmo.
achei brax11 bom.
Caro Thiago Existe possibilidade de investimento nos fundos ETFs diretamente nos EUA. Exemplo: MCHI; ICLN; PBW; todos USA? Parabéns pelas matérias; consistência, informação e didática de estruturação excelentes.
O fundo SPXI11, segundo documentação do app TradeMap, cobra 0,27% a.a, Lote padrão de 10, início de operação em 02/02/2015 seu gestor é Itaú Unibanco S.A.
Valeu Tiago. Vou procurar estudar mais o assunto pra ver as suas vantagens.
excelente matéria!!! Fonte de informação para quem pretende diversificar seus investimentos.
Thiago, excelente matéria sobre os ETF's, como sugestão poderia disponibilizar estudo nesse formato sobre os FIIs, que também possuem uma vasta gama de conteúdo, geralmente as abordagens são muito técnicas e fogem da compreensão da maioria dos investidores, que acabam sendo envolvidos pelos bancos e corretoras nos papeis de maior  interesse delas.  Obrigado.
Thiago, excelente matéria sobre os ETF's, como sugestão poderia disponibilizar estudo nesse formato sobre os FIIs, que também possuem uma vasta gama de conteúdo, geralmente as abordagens são muito técnicas e fogem da compreensão da maioria dos investidores, que acabam sendo envolvidos pelos bancos e corretoras nos papeis de maior  interesse delas.  Obrigado.
O Fundo de açörs Dividendo do BB cobra 2% de taxa de adm ao ano e não 0,5% como dito no artigo. A queda até hj é de 19,31 em 2020.
Keila, sao coisas distintas: fundo de acoes de dividendos do BB e o ETF de dividendos do BB. O primeiro cobra 2% de tx de adm e o segundo 0,5%. Abs!
que bom saber disso também 👏👏👏
Muito obrigado pelas informações, realmente não conhecia ETFs. Temos ETF de empresas chinesas e de crypto tb?
Boa  noite. Mucio, o ETF de bolsa chinesa éstá contido na bolsa americana e o codigo é MCHI. A XP montou um fundo no mes de junho que nada mais é do que o espelho dessa ETF - tanto que acompanho (antecipo) o resultado diário do fundo apenas acompanhando essa ETF diretamente.  O Nome TREND BOLSA CHINESA.
Ontem mesmo estava olhando o book de ofertas e tentando me lembrar o que eram os menos famosos. Este artigo é para guardar na cabeçeira. WLW!
Muito bom! Qual seria a tributação? Seria de 15% também?
se n me engano paga 15% sobre lucro, e não conta com isenção de imposto sobre o lucro em vendas até 20 mil.
Muito bom! Qual seria a tributação? Seria de 15% também?
Excelente!!!
Belo estudo. Ficou bem cocatenado e bem explicado. mostra que você adquiriu bastante conhecimento. Continue assim.
Muito bom
Tiago ,quais ETFS ,você indica
Se você como eu,sabe que vai dar m... esse governo, compra tudo em Ivvb11 (tem mais liquidez que o outro do Itaú) e seja feliz.
Tiago, você menciona que são 23 ETF'S, porém depois discorre sobre 17 delas. Quais são as outras 6 ETF? obrigado!
os outros são ETF de renda fixa
os outros são ETF de renda fixa
Muito esclarecedor...
Muito esclarecedor...
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