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Petróleo em queda; próximo estímulo deve ser catalisador

Publicado 14.08.2020, 10:52
Atualizado 14.08.2020, 12:54
© Reuters.

Por Peter Nurse

Investing.com - Os preços do petróleo bruto caíam na sexta-feira (14), depois que dados decepcionantes de vendas no varejo levantaram dúvidas sobre a força da recuperação econômica dos EUA. Dito isso, o mercado ainda parece estar pronto para terminar a segunda semana consecutiva em alta.

As vendas no varejo de julho nos EUA aumentaram 1,2% em relação ao mês anterior, desacelerando acentuadamente após um ganho de 8,4% revisado para cima em junho, de acordo com dados do Departamento de Comércio divulgados sexta-feira.

Às 12h49 (horário de Brasília), os contratos futuros de petróleo dos EUA caíam 0,4%, a US$ 42,08 por barril, enquanto o benchmark global Brent caía 0,4%, a US$ 44,80 por barril.

Esses níveis ainda representam ganhos para a semana, com o contrato dos EUA atualmente em alta de 2,2% e o contrato do Brent de pouco menos de 1% nesta semana.

Os preços atingiram uma máxima de cinco meses na quarta-feira depois que a Administração de Informação de Energia dos EUA confirmou uma queda maior do que o esperado em estoques de petróleo, gasolina e outros destilados na semana passada.

“Esta é agora a terceira semana consecutiva de quedas de ações, com os estoques caindo quase 22,5 milhões de barris”, disseram analistas do ING, em uma nota de pesquisa para investidores.

Esta redução prolongada nos estoques ajudou a equilibrar os relatórios pessimistas da Opep e da AIE nesta semana. Ambas as organizações reduziram suas estimativas de demanda para os dois últimos trimestres deste ano.

“Os dados de estoque desta semana foram favoráveis, mas o próximo catalisador significativo em que o mercado está focado pode ser o pacote de estímulo ao coronavírus dos EUA”, disse Stephen Innes, estrategista-chefe de mercado global da AxiCorp Ltd., em nota publicada pela Bloomberg.

Dito isso, o mercado pode ter que esperar um pouco por esse catalisador, com o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, oficialmente mandando senadores para casa na quinta-feira para um recesso de verão de três semanas, considerando improvável um acordo imediato entre os dois grupos em conflito.

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