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Preços da gasolina e diesel nos postos caem na semana; etanol volta a subir, diz ANP

Publicado 27.11.2020, 20:24
Atualizado 27.11.2020, 20:25
© Reuters. Preços de combustíveis em posto no Rio de Janeiro (RJ)

© Reuters. Preços de combustíveis em posto no Rio de Janeiro (RJ)

SÃO PAULO (Reuters) - Os preços médios da gasolina e do diesel recuaram nos postos de combustíveis do Brasil ao longo desta semana, enquanto o valor médio do etanol voltou a subir, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicados nesta sexta-feira.

De acordo com a reguladora, o preço da gasolina comum nas bombas registrou, em média, queda de 0,13% no período, atingindo 4,428 reais por litro.

Já o diesel, combustível mais utilizado do Brasil, recuou 0,56% na semana, com o litro custando em média 3,518 reais.

Os preços de ambos, porém, haviam avançado na semana imediatamente anterior, em comparação com a semana encerrada no dia 14 de novembro, segundo a ANP.

Na última quarta-feira, a Petrobras (SA:PETR4) anunciou a elevação do preço da gasolina em suas refinarias em 4%, enquanto o diesel teve alta de 5%, no segundo movimento de alta promovido pela estatal para as cotações dos dois combustíveis em novembro.

O repasse dos reajustes aos consumidores finais nos postos, no entanto, depende de uma série de fatores, incluindo margem de distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro.

Concorrente da gasolina nas bombas, o etanol registrou caminho contrário e avançou 0,45% na comparação semanal, para o valor médio de 3,124 reais por litro.

Esta é pelo menos a quarta semana consecutiva de altas no preço do biocombustível, segundo dados da ANP que remetem ao início deste mês.

BR-101

O preço médio do diesel na BR-101, uma das principais rodovias do país, apresentou variação de 17% em novembro quando considerados os valores praticados pelos postos de combustíveis dos diversos Estados cruzados pela estrada, indicou a TicketLog nesta sexta-feira.

Dentre os 12 Estados que a via atravessa, o menor valor registrado foi no Rio Grande do Sul, a 3,321 reais por litro, e o maior no Pará, a 3,896 reais/litro na média encontrada nas bombas.

No mesmo período do ano passado, a variação atingia 13%, de acordo com a marca, que atua na gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil.

"No âmbito nacional, o combustível apresentou, em novembro, um crescimento de 1,73% frente a outubro, fechando com a média de 3,747 reais o litro. O diesel S-10 apresentou aumento similar, ficando 1,74% mais caro do que no mês passado, sendo encontrado a 3,793 reais", afirmou em nota Douglas Pina, head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.

A BR-101 vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, sendo sobreposta em alguns trechos por rodovias como Régis Bittencourt (ligação entre Curitiba e São Paulo) e Presidente Dutra, que conecta o São Paulo ao Rio de Janeiro, ambas partes da BR-116.

© Reuters. Preços de combustíveis em posto no Rio de Janeiro (RJ)

O levantamento tem como base o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), que leva em consideração os abastecimentos realizados em 18 mil postos credenciados à marca.

(Por Gabriel Araujo e Nayara Figueiredo)

Últimos comentários

Se o petróleo chegar às 120usd de 2007 e o dólar se mantiver em 5, teremos gasolina a 15 reais e o governo vai manter a política de preços atual? Ou o governo vai intervir na Petrobras e está política de preços é uma ficção num país com uma das maiores volatilidade de câmbio do mundo?
O problema não é a Petrobrás, tivemos o litro da gasolina a R$ 0,91 na refinaria e quase quatro reais na bomba, a gasolina e o diesel não são mais baratos por causa da mistura de etanol e biodiesel, essa pseudo politica do ecologicamente correto está aumentando o custo Brasil. Tem uns poucos ganhando e um bando de otário pagando.
Sim, mas na situação atual, ninguém abriria mão da receita de impostos sobre gasolina. O problema continua.... Hj, aproximadamente, 44% custo gasolina + etanol, 44 impostos federais e estaduais e 12% lucro revenda e distribuição. O problema continua e, por mais que envolva Estados e Governo Federal, a Petro terá que sentar na mesa e negociar algo do lado dela tb. O fato é que a política de preços não funciona no Brasil.
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