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Grupo de brasileiros fica preso em Cuba após cancelamento de voos por coronavírus

Publicado 26.03.2020, 18:11
Atualizado 26.03.2020, 18:15
© Reuters. Turistas do lado de fora do aeroporto Jose Marti, em Cuba

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - Um grupo de 32 brasileiros está preso em Cuba, a maior parte deles há quase uma semana, depois de voos da Latam terem sido cancelados e da empresa panamenha Copa ter suspendido todas as suas operações devido à pandemia de coronavírus, e até agora não tem qualquer previsão de retorno.

João Marcondes Vieira, de 67 anos, e sua companheira, Maria Erinalva, de 32 anos, estão tentando voltar de Havana desde 20 de março, quando, ao chegarem ao aeroporto, descobriram que o voo da Latam fora cancelado, disse a filha de Vieira à Reuters.

Uma nova tentativa de embarcar foi feita no sábado, mais uma vez sem sucesso, acrescentou.

"A situação está crítica que estamos acompanhando. Eles não têm nenhuma garantia de retorno, a Latam não deu nenhuma data, nenhuma previsão. A Copa não está mais operando", disse a filha Karoline Carvalho, que tem feito contato com o Itamaraty em nome de parte do grupo para tentar uma solução.

O pai dela e parte do grupo que viria pela Latam passaram três dias dormindo no aeroporto, já que vários hotéis em Cuba estavam se recusando a aceitar turistas estrangeiros pelo risco de contaminação pelo coronavírus, segundo Karoline.

Acomodações só foram conseguidas depois da intervenção da embaixada brasileira em Cuba, mas o custo de se manter por um período imprevisível na ilha, com dólar acima de 5 reais, está drenando as reservas das famílias, disse.

Cuba confirmou, até terça-feira, 35 casos de coronavírus, e tem editado medidas duras para tentar controlar a epidemia, cujo início foi ligado a três turistas italianos que foram confirmados com a doença. Pelo fato de o vírus ter vindo do exterior, as medidas foram fortemente centradas nos turistas.

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"Eles estão proibidos de andar na rua, de pegar táxi, de andar de Uber (NYSE:UBER). Então está uma situação difícil. Meu pai tem 67 anos, é hipertenso, a companheira dele é diabética", disse Karoline.

A Reuters falou rapidamente por aplicativo de mensagens com uma das brasileiras que está em Havana, Úrsula Araújo, que confirmou a situação difícil, mas não pôde dar mais detalhes porque a internet no país é cara e as despesas das famílias já estão muito acima do esperado. Úrsula tem sido a responsável por organizar as pessoas que estão em Havana e intermediar as demandas com a embaixada.

Apesar de reconhecer que a embaixada tem dado o apoio possível, ainda não há previsão para os brasileiros deixarem a ilha.

Em resposta à Reuters, o Itamaraty explicou que está acompanhando "cuidadosamente" o caso dos brasileiros em Cuba.

"Gestões estão sendo realizadas no momento para que esses brasileiros sejam incluídos em voo da Latam, cuja partida de Cuba está prevista para os próximos dias", disse o ministério em nota enviada à Reuters.

O Itamaraty confirmou que a decisão do governo de Cuba é impedir os turistas de circular pela cidade, mas funcionários da embaixada têm prestado apoio aos brasileiros, inclusive com deslocamentos ao aeroporto para tentar remarcar as passagens.

"Recordamos que o acesso à internet é severamente limitado na ilha, o que tem prejudicado a resolução do problema pelos próprios nacionais. O Itamaraty continuará a realizar todo o esforço para viabilizar o retorno dos brasileiros ao país e a explorar todas as possibilidades para lograr esse objetivo", diz o texto.

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Procurada pela Reuters, a Latam não respondeu de imediato as perguntas enviadas a sua assessoria.

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