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CHARGE-Brasil, Turquia e Índia: subir ou não subir a taxa de juros, eis a questão

Publicado 24.11.2020, 12:32
Atualizado 24.11.2020, 17:31
© Investing.com

Por Geoffrey Smith

Investing.com - Durante a maior parte deste ano, os bancos centrais do mundo têm afrouxado a política monetária o mais rápido e o mais longe possível. Mas, com os primeiros sinais do fim da pandemia à vista, essa tendência está prestes a se reverter?

Em uma palavra, não. Pelo menos não nos mercados desenvolvidos, que ainda estão sinalizando que o próximo movimento político provavelmente será de mais estímulo do que menos. O Banco Central Europeu praticamente se comprometeu a flexibilizar quando seu conselho de governo se reunir novamente, o Banco da Inglaterra continua a flertar com taxas de juros negativas enquanto espera nervosamente por um fim volátil para o período de transição pós-Brexit, e o Fed está visivelmente irritado com os danos econômicos causados ​​pela paralisia política em Washington nos últimos meses.

Mas, no mundo dos bancos centrais de mercados emergentes, o quadro é muito mais variado. É verdade que a Indonésia e as Filipinas cortaram surpreendentemente suas taxas básicas no início deste mês. Mas, em outros lugares, a velha regra de que os mercados emergentes devem manter taxas mais altas para manter a inflação baixa está começando a se reafirmar: a Turquia finalmente reconheceu que precisa aumentar as taxas de forma agressiva para controlar uma taxa de inflação próxima a 12%. Os bancos centrais em dois dos mercados emergentes mais importantes do mundo, Índia e Brasil, também podem decidir que precisam aumentar em breve.

O conselho de formulação de políticas do Reserve Bank of India deve se reunir em 5 de dezembro, e um aumento da taxa é visto por alguns como bastante plausível, em vista da aceleração da inflação nos últimos meses. O RBI cortou sua taxa básica em apenas dois estágios, de 5,15% para uma mínima recorde de 4% nos primeiros estágios do ano, mas a inflação estava em uma tendência ascendente até a pandemia e essa tendência voltou com força nos últimos meses, com a taxa anual subindo para 7,6% em outubro.

Da mesma forma, o Banco Central do Brasil se reúne no dia 9 de dezembro, com um cenário de inflação que caminha na mesma direção, embora de forma menos dramática. Desde junho, quando atingiu o nível mínimo abaixo de 2%, a inflação mais do que dobrou para 4,2% em meados de novembro.

Na Índia, os preços dos alimentos têm sido o principal culpado, em grande parte devido ao excesso de chuvas fora de época. No entanto, os aumentos do governo nos impostos sobre o combustível também contribuíram.

No Brasil, o governo corre o risco de importar uma desaceleração do crescimento dos EUA e da Europa, que respondem por mais de um quarto das exportações. A China, seu maior parceiro comercial, ainda leva apenas pouco mais de 30% de seu comércio exterior. Embora a recuperação pós-pandemia no país seja evidente na alta dos preços das commodities industriais, elas são incapazes de sustentar a economia brasileira por conta própria, diz Geoff Yu, estrategista de câmbio estrangeiro sênior EMEA do Bank of New York Mellon (NYSE:BK).

Isso está aumentando a pressão sobre o governo para agir novamente para apoiar o crescimento. Mas o maior problema do Brasil é um déficit fiscal enorme causado pelo apoio generoso de renda às famílias durante o estágio inicial da pandemia. Embora isso tenha limitado a contração econômica, ameaça destruir a credibilidade criada pelos limites autoimpostos do país aos gastos fiscais em anos anteriores.

O RBI ainda é o mais provável dos dois a se mover em dezembro, mas, como analistas do JP Morgan escreveram em uma nota a clientes esta semana: "O risco é que medidas fiscais sejam tomadas para apoiar o crescimento, minando a credibilidade da política e pressionando o BCB a apertar mais cedo.”

Últimos comentários

Quem precisar de crédito ( e conseguir ) mehor correr e “travar” agora ... pq tudo vai subir ...
nao existe segredo... quer manter a inflaçao e dolar estavel!? a resposta é taxa de juros acima de 7%
Esses parasitas vem falar em inflação de 3% com arroz e feijão batendo 100% de alta. Em qual mundo eles vivem. Estão substimando a nossa inteligência.
Concordo com vc!!!
Eu faço compras na minha casa. A inflação alta já deu sinais lá atrás no mês de abril. Mas os índices manipulados apontavam para deflação. Eu saia do supermercado P da vida sabendo que FGV é IBGE estavam manipulando os índices. Caíram em total descrédito comigo.
Pessoal porquê a Índia e a Turquia são "rivais" do Brasil? Qual a relação destes países, apesar de serem emergentes? Valeuu!
Que eu saiba não são rivais não
rivais no sentido de disputar investimentos vindo do exterior
mas politicamente não existe rivalidade
entendam uma coisa , não fui eu que decretou o fim deste ativo , foi o mercado , simples assim , é vendas e agressivas até o fim do mesmo.
Ativo, eu, mercado?, me dá um gole dessa tua bebida!
Que comece a queda! Uma hora os ursos batem na sua cara.. cuidado
Inflação nas alturas, juros Selic a 2% ao ano, mas no banco cheque especial a 8% AO MES, sinal que algo está muito errado. Até quando esconderão ?
Sergio os bancos usa as taxas de juros futura para precificar seus ativos de credito!
nada de anormal , sempre foi assim , quando Selic a 10, taxa especial 40.... é o tal de (risco).
Toda festa regada a bebida tem seu preço, e alguém vai pagar por essa festa de bêbados que desejam manter seu vício sem perceber que uma hora a ressaca vai chegar e quanto mais adia a tendência é a dor de cabeça aumentar.
O plano de confisco em camera lenta está dando certo, quem acha que o BC não sabe o que está fazendo é muito inocente.
Por coincidência, ontem estava vendo as contribuições para a previdência de minha esposa. No início de 1992, o salário base era 200.000, no meio de 1993 o salário base era 50 milhões! Fiquei impressionado como mais que dobrava em poucos meses. Espero que coloquem o pé no chão para não voltar a isso.
Taxa de 2 porcento e inflação de 15. Nunca vai dar certo. Estão fazendo isso para estimular a economia, quando a poupança diminuir os juros e o dólar vai subir com força
Será que esqueceram a desgraça que é a inflação no Brasil?Já tive mais de 1 milhão de salário mensal, quem tem menos de 50 anos de idade não sabe o que é isso.
Carlos tenho 40 anos e lembro muito bem de uma situação, tinha 12 anos, vi meu pai comprar um Chevette por 30 milhões de cruzados, além de estocar comida pois os preços eram reajustados diariamente.
Nosso estagiário do Jegues está esperando perder o controle da inflação para jogar a culpa em alguém. De reboque, perde o controle da rolagem da dívida também. Nenhum estrangeiro em sua plenitude mental irá emprestar para o Brasil com taxa de 2%. Prêmios estão cada vez maiores que mostram como os 2% estão errados.
o governo devia fazer uma emissão internacional em dolar ou euro de forma a atenuar k deficit fiscal. Outros emergentes já fizeram.
É uma opção, mas com a volatilidade do nosso câmbio seria muito arriscado para os dois lados.
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