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Focus: Mercado prevê que BC cumpra corte adicional de 0,75 p.p. na Selic em junho

Publicado 18.05.2020, 08:35
Atualizado 18.05.2020, 08:52
© Reuters.

Por Gabriel Codas

Investing.com - O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (18) mais uma edição do Boletim Focus, com os analistas de mercado prevendo que o Copom vai cumprir o comunicado da última reunião, de realizar mais um corte adicional de 0,75 ponto percentual na Selic na reunião de junho.

As novas reduções nas estimativas do IPCA e do PIB para 2020 em meio ao cenário recessivo da economia por causa de medidas de isolamento social para combater a pandemia de coronavírus dão suporte à nova taxa de juros a 2,25%, de 3% decidida na última reunião de política monetária realizada em dólar. A nova projeção de alta do dólar não seria impeditivo para novo corte da taxa básica de juros, pois o canal de transmissão inflacionária via câmbio seria compensada por uma forte redução nos preços internos devido à recessão econômica, ainda mais que a estimativa do IPCA em 2021 - horizonte atual da política monetária - está abaixo da meta de inflação adotada para o ano que vem.

PIB

A continuidade da restrição de circulação de pessoas levou os analistas de mercado a cortar pela décima quarta semana seguida a projeção de queda do PIB brasileiro no ano. Os economistas ouvidos pelo BC agora projetam uma queda de 5,12% do PIB em 2020, contra 4,11% da semana passada, a décima quarta semana consecutiva de corte nas projeções. Há quatro semanas, a estimativa estava em -2,96%, dando sinais claros dos sinais de enfraquecimento do país. Para 2021, a estimativa segue em 3,20%, bem como de 2,50% para 2022 e 2023.

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Os impactos das restrições devido às medidas de contenção do coronavírus pesaram com força sobre a economia brasileira e o índice de atividade do Banco Central sofreu em março a maior contração da série histórica, indicando recuo de quase 2% no primeiro trimestre. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda em março de 5,90% na comparação com fevereiro, em dados dessazonalizados informados pelo BC nesta sexta-feira. Foi o resultado negativo mais intenso na série histórica do IBC-Br iniciada em 2003, ainda que melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 6,95%.

Vale ressaltar que as medidas de isolamento social foram tomadas a partir da segunda quinzena de março. Portanto, a intensidade de queda da atividade vai ser maior em abril.

Inflação

Os analistas novamente levaram para baixo a estimativa da inflação oficial, de 1,76% da projeção da semana passada para 1,59%. Há quatro semanas, a aposta era de um IPCA a 2,23% no fim do ano. A aposta para o fechamento do ano-calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e abaixo do da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Houve redução nas estimativas de inflação para 2021, com os analistas estimando o IPCA em 3,20% e não mais 3,25%. A estimativa também fica abaixo do centro da meta de inflação estipulado para o ano que vem, de 3,75%.

Selic

O constante cenário de deterioração das projeções do PIB e IPCA no ano suportam renovadas apostas de corte da Selic na próxima reunião do Copom. Seguindo a última decisão da autoridade monetária, que surpreendeu o mercado ao cortar a Selic em 0,75 ponto percentual, de 3,75% para 3,00% ao ano, os economistas consultados pelo Focus esperam o final do ciclo de ultra afrouxamento monetário em 2,25% em 2020, com um corte adicional de 0,75 ponto percentual na próxima reunião em junho.

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Há quatro semanas, a expectativa era que a Selic fechasse 2020 em 3,00%. O texto da última decisão do BC limita o atual ciclo de flexibilização com a taxa Selic em 2,25% ao ano.

Os analistas também estimam que o ciclo da alta de juros se inicie ano que vem, com uma Selic a 3,5% no fim de 2021. Já para 2022 caiu de 5,50% para 5,25%, e a de 2023 se manteve em 6,00%.

Dólar

Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram elevadas de R$ 5,00 para R$ 5,28, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. A moeda americana iniciou o forte período de volatilidade após o Carnaval, quebrando sucessivos recordes máximos de fechamento, chegando a se aproximar de R$ 6,00 na semana passada. Há quatro semanas, os analistas projetavam um dólar a R$ 4,80 no fim do ano. No ano que vem, as estimativas foram elevadas para R$ 5,00, depois de uma elevação na semana anterior para R$ 4,83.

Com Reuters.

Últimos comentários

oque acontece se a taxa selic reduzir mais e mais ?
Deveria estimular a economia, pois tomar dívida se tornaria mais barato, logo as pessoas e empresas tomariam emprestado a taxas mais baixas, para realizar projetos, ampliar suas empresas, etc. Uma das coisas que você pode ter certeza que acontece é que o real se desvaloriza, pois há “fuga” de moeda estrangeira do Brasil. E aí você vê efeitos diferentes nas empresas: as que tem boa parte da receita em dólar se beneficiam, enquanto as que tem dívida em dólar se prejudicam. Dólar alto também contribui para termos inflação, pois as empresas precisam repassar ao consumidor final a alta em custos de produção. Vale lembrar que o Brasil não produz tecnologia, maquinário avançado, etc. Tudo isso precisa ser importado e é tabelado em dólar.
Dólar nas alturas...
Mercado está precificando cortes eternos para patamares de juro de país desenvolvido. Espero que vocês precifiquem também que o dólar deve valor logo logo 300 reais, porque só assim pra vocês caírem na real.
O Dolar só vai cair após melhora da nossa economia mas ta dificil só melhora com a reforma tributaria incentivo para as empresas ,mas sem mexer no bolso da população que consome o que os empresarios produzem se diminuir nosso poder de compra diminui tbm a economia
Empresarios tem juros Baratos e quem paga os juros altos somos nós trabalhadores como iremos ser emprendedor gerar receita para o Pais Ainda Bem que nunca financiei nada sou trabalhador sei adiministrar num Pais com juros tão alto pra pessoa fisica seria andar pra tras não devemos tomar emprestimos
Projeção em economia só serve para um horizonte de 3 meses (até nisso erram). O resto é puro chute, sendo sempre revisado
Diante de todas estas medidas que o BC está tomando em nosso pais, esse é o momento que o investidor, mais do que nunca visto antes, deverá pensar em LONGO PRAZO, para seus investimentos. A cultura das pessoas tem que mudar, em relação a comportamento e finanças pessoais. Se desde cedo as pessoas no geral, de classe baixa a média, tivessem um incentivo a estudos na área financeira, saberiam que reservas de emergência/oportunidades são indispensáveis para a vida. Uma crise como esta nunca foi vista antes e crises não deixarão de acontecer, espero que depois que passarmos desta, o pensamento de pelo menos uma parte considerável da população mude. A responsabilidade de sobreviver também é individual de cada um.
Exatamente! Somado à isso, o aumento do número de investidores contribui para o crescimento das empresas, resultando na valorização do Índice Ibovespa e atraindo investidores.
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