Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 5 de julho, sobre os mercados financeiros:
1. Atas de reunião do Fed chamam a atenção
O Federal Reserve divulgará nesta quarta-feira, às 15h em horário de Brasília, as atas de sua mais recente reunião de política monetária.
O Fed elevou os juros, conforme era amplamente esperado, após sua reunião em 14 de junho e manteve os planos de prosseguir com outro aumento até o fim do ano. O banco central também forneceu mais detalhes sobre como planeja reduzir seu balanço patrimonial de US$ 4,5 trilhões.
Apesar da mensagem relativamente agressiva do Fed, agentes de mercado permanecem com dúvidas sobre a habilidade do banco central elevar as taxas tanto quanto gostaria nos próximos meses devido à inflação mais baixa.
Operadores de futuros voltaram recentemente a considerar a possibilidade de que o banco central possa elevar as taxas este ano e agora apostam em 52% de chances de aumento dos juros na reunião do Fed de dezembro, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
Também no calendário econômico, investidores assimilarão os dados sobre as encomendas à indústria em maio às 11h (horário de Brasília).
2. Dólar mostra força e ouro cai com reabertura de Wall Street
Antes das atas do Fed e das encomendas à indústria, o dólar permanecia estável frente a uma cesta com outras importantes moedas pois investidores norte-americanos retornavam às suas mesas nesta quarta-feira após o feriado do Dia da Independência.
Às 06h59 (horário de Brasília, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, subia 0,20% para 96,18.
Apesar do dólar mais forte, o ouro permanecia próximo da mínima de dois meses nesta quarta-feira, já que preocupações com o míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) disparado pela Coreia do Norte sustentavam o ativo considerado porto seguro.
Enquanto os norte-americanos estavam ocupados comemorando o Dia da Independência, a Coreia do Norte realizou com sucesso o lançamento teste do primeiro ICBM na terça-feira e analistas afirmaram que, pela primeira vez, todo o estado norte-americano do Alasca estaria no alcance de um míssil.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro estava cotados a US$ 1.218,30 a onça troy por volta das 07h14 (horário de Brasília), queda de US$ 0,90 ou cerca de 0,07%.
3. Bolsas de todo o mundo desiguais com retorno dos investidores dos EUA
Bolsas de todo o mundo tinham negociações em diferentes direções nesta quarta-feira com investidores norte-americanos retornando às suas mesas após o feriado de quatro de julho e o mercado futuro dos EUA apontando para uma abertura entre estável e em baixa no Dow e no S&P enquanto papéis do setor de tecnologia pareciam preparados para pequenas perdas em torno de 0,3%.
Bolsas europeias negociavam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira. Às 07h01 (horário de Brasília), a referência europeia Euro Stoxx 50 caía 0,37% e o FTSE 100 de Londres recuava 0,13%. O DAX da Alemanha e o CAC 40 da França conseguiam manter ganhos mínimos de 0,01% e 0,07%, respectivamente.
Mais cedo, bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, com o Shanghai Composite da China subindo em torno de 0,8% e o Nikkei tendo ganhos de 0,2%.
4. Petróleo cai mais de 1%
Preços do petróleo caíam mais de 1% nesta quarta-feira, encerrando a sua maior trajetória de ganhos e m mais de cinco anos, já que as crescentes exportações da OPEP e o dólar mais forte fizeram com o que pessimismo tomasse conta e os mercados observavam de perto as tendências da commodity.
As exportações de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) subiram pelo segundo mês em junho, de acordo com a Pesquisa de Petróleo da Thomson Reuters, apesar do acordo de limitar a produção até março de 2018 com o intuito de reduzir o excesso global de oferta.
De acordo com o relatório, a OPEP exportou 25,92 milhões de barris por dia em junho, 450.000 barris por dia acima do que foi exportado em maio e 1,9 milhão de barris por dia a mais do que um ano atrás.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA recuavam 1,49% para US$ 46,37 o barril às 07h03 (horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 1,39% com o barril negociado a US$ 48,92.
Investidores aguardavam os dados semanais sobre os estoques de petróleo bruto nos EUA pois o Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deve divulgar seu relatório às 17h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira.
Dados oficiais da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) serão divulgados na quinta-feira, em meio a previsões de redução dos estoques de petróleo em 2,8 milhões de barris.
Os relatórios serão divulgados um dia após o normal devido ao feriado do Dia da Independência dos EUA nesta terça-feira.
5. Atividade do setor de serviços do mundo em foco
Leitoras sobre os índices da atividade dos gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços de todo o mundo foram desiguais, conforme relatórios divulgados nesta quarta-feira.
O setor de serviços da China cresceu em um ritmo mais lento em junho, já que novas encomendas caíram, sinalizando pressão renovada sobre as empresas após uma recuperação em maio e apontando para uma perspectiva mais branda na economia, conforme mostrou um estudo de empresas privadas nesta quarta-feira.
O PMI de serviços Caixin da segunda maior economia do mundo inesperadamente caiu para 51,6 em junho, em comparação a expectativas de um leve avanço para 52,9.
Do lado contrário, a atividade do setor de serviços da zona do euro superou expectativas de forma geral graças a leituras forte da Alemanha, da França e da Espanha, embora a Itália tenha tido uma leitura mais fraca do que o que se esperava e no Reino Unido a atividade teve redução maior do que se esperava devido a preocupações com as negociações do Brexit em curso.
Agentes do mercado verificação a atividade do setor de serviços dos EUA nesta quinta-feira quando o Instituto de Gestão de Suprimentos divulgará o seu PMI da atividade não industrial.