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Risco externo para emergentes cresceu; mercado de câmbio também reflete cena doméstica, diz Ilan

Publicado 22.05.2018, 15:31
Atualizado 22.05.2018, 15:31
© Reuters. Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn

© Reuters. Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn

SÃO PAULO (Reuters) - O risco de mudanças no cenário global para economias emergentes se intensificou desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no dia 16 de maio, disse nesta terça-feira o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, acrescentando que o recente movimento no mercado de câmbio também foi causado por questões domésticas.

"O dólar norte-americano vem se valorizando mundialmente como tendência, refletindo principalmente a normalização das taxas de juros pelo Federal Reserve", disse Ilan em inglês durante evento fechado em São Paulo, segundo publicação do próprio BC .

"Mas há sempre fatores domésticos e globais afetando as moedas. O que é central para nós é persistir no atual caminho de reformas e ajustes, a fim de assegurar a estabilidade de longo prazo da economia brasileira, portanto, manter resiliência da nossa economia a choques adversos, domésticos ou globais", acrescentou.

Na semana passada, o BC surpreendeu ao manter a Selic em 6,50 por cento, citando o cenário externo mais desafiador. A maioria esmagadora dos agentes econômicos previa queda de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros, em meio à inflação e atividade fracas.

Na ata da reunião, divulgada nesta manhã, o BC admitiu que o choque externo e o dólar mais forte fizeram com que a manutenção dos juros fosse "a melhor decisão possível".

Um dia antes da decisão do Copom, Ilan havia dito que a escalada do dólar frente ao real era "normal" e não uma questão do Brasil.

Os mercados de câmbio e de juros futuros no Brasil têm refletido os temores globais de que o Fed possa elevar as taxas de juros dos Estados Unidos mais do que o esperado neste ano, com potencial para afetar o fluxo de capital. Mas a cena política incerta, a poucos meses das eleições presidenciais, também pesava.

Na semana passada, o dólar chegou a encostar em 3,80 reais, maior nível em cerca de dois anos. Assim, o BC entrou mais forte no mercado de câmbio, movimento que segundo Ilan são "decisões separadas" da condução da política monetária e não há "relação mecânica" entre condições externas e a política monetária.

A deterioração do cenário global, com impacto negativo em economias emergentes, vem ganhando ritmo recentemente, de acordo com Ilan, tornando a cena externa mais desafiadora e com maior volatilidade. Segundo Ilan, os efeitos no Brasil são mitigados pela folga na economia e expectativas de inflação ancoradas na meta.

"A frustração de expectativas sobre a continuidade das reformas e dos ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar o caminho da inflação no horizonte relevante", disse Ilan.

"Este risco se intensifica em caso de futuras mudanças no cenário global para economias emergentes. Este risco se intensificou desde a última reunião do Copom."

© Reuters. Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn

Os indicadores mais recentes da economia brasileira mostram um enfraquecimento da atividade econômica no contexto de uma recuperação consistente, embora gradual, disse Ilan.

(Por Iuri Dantas)

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