O dólar deu sequência à tendência de enfraquecimento ante rivais nesta sexta-feira, 27, com a demanda pela moeda americana reduzida por conta do apetite ao risco nos mercados internacionais. A libra, no entanto, contrariou as demais divisas europeias e se desvalorizou, sob influência do impasse do acordo comercial pós-Brexit entre União Europeia e Reino Unido.
No final da tarde em Nova York, o dólar cedia a 104,05 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,1962. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em queda de 0,22%, a 91,970 pontos, com baixa semanal de 0,65%. A sessão foi marcada pela baixa liquidez, em meio ao feriado prolongado de Ação de Graças nos Estados Unidos.
Analistas do Western Union atribuem o movimento ao início da transição para a gestão do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, que deve implementar mais estímulos à economia. "As esperanças por uma vacina para a covid-19 seguem com outro fator de suporte para o desempenho ruim do dólar nesta semana", explicam.
Na Europa, a libra recuava a US$ 1,3307. Principal negociador da UE para o Brexit, a saída do Reino Unido do bloco europeu, Michael Barnier disse hoje que as negociações continuam, mas, segundo reportagem da Reuters, Bruxelas está preparando um plano de contingência para caso não haja um pacto.
Para o ING, embora o prazo para um entendimento esteja se esgotando, um tratado deve acabar sendo fechado, mesmo que menos robusto que o desejado. "Então, seguimos com nossa visão positiva para a libra", pontua.