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Dólar volta a subir contra real apesar de alívio momentâneo de dados dos EUA; mercado digere Copom

Publicado 29.10.2020, 09:15
Atualizado 29.10.2020, 10:55
© Reuters. (Blank Headline Received)

© Reuters. (Blank Headline Received)

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar voltava a engatar alta contra o real na manhã desta quinta-feira, mesmo depois que dados norte-americanos melhores do que o esperado ajudaram a ofuscar momentaneamente temores em relação à disseminação global da Covid-19 e às eleições nos Estados Unidos.

Enquanto isso, no Brasil, os investidores digeriam a manutenção da taxa Selic em sua mínima histórica de 2% ao ano, bem como as sinalizações do comunicado de política monetária do Copom, divulgado na véspera.

Às 10:44, o dólar avançava 0,34%, a 5,7829 reais na venda. A divisa chegou a tocar a marca de 5,7916 reais na máxima da sessão.

LEIA MAIS: Mercado Acentua Percepção do Cenário Tido Como Promissor, e a Realidade é Outra no Pós-Copom!

O contrato mais líquido de dólar futuro subia 0,56%, a 5,780 reais.

Houve algum alívio no movimento da moeda norte-americana depois da notícia de que o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos disparou 33,1% no terceiro trimestre, resultado acima da previsão de ganho de 31,0% em pesquisa da Reuters. Esse foi o ritmo mais forte desde que o governo iniciou os registros, em 1947, e seguiu-se a uma contração recorde de 31,4% no segundo trimestre.

Além disso, dados separados desta quinta-feira mostraram que 751 mil norte-americanos entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada. Apesar de continuar em um patamar elevado e sinalizar dificuldades para o mercado de trabalho dos EUA, a leitura veio a abaixo da previsão da Reuters de 775 mil solicitações.

Logo após a divulgação dos dados, o dólar foi à mínima da sessão, de 5,7580.

No entanto, o cenário de forte disseminação da Covid-19 em grandes economias -- com alguns dos principais países europeus a caminho de impor novas restrições economicamente prejudiciais -- continuava no radar dos investidores, que já operavam com os nervos à flor da pele a poucos dias das eleições presidenciais norte-americanas.

A proximidade da data da acirrada disputa entre o atual presidente, Donald Trump, e seu adversário democrata, Joe Biden, significa mais um obstáculo para as negociações de novos estímulos fiscais na maior economia do mundo, que provavelmente só serão implementados depois que os norte-americanos forem às urnas.

"Um dos fatores para a alta do dólar é a segunda onda de coronavírus na Europa, que afeta não apenas o mercado de dólar, mas o mercado geral, bem como a economia de vários países", disse à Reuters Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas. "Temos também a questão do estímulo do governo norte-americano, que conta com a falta de acordo no Congresso", o que eleva a busca por segurança e seca a oferta de dólares no mercado, completou.

Enquanto isso, no Brasil, os investidores digeriam a notícia de que o Banco Central manteve na quarta-feira a Selic na mínima histórica de 2% ao ano, conforme ampla expectativa do mercado, deixando a porta aberta para eventual corte nos juros básicos à frente.

VEJA TAMBÉM: Copom não altera Selic e mantêm em 2% a.a., com forward guidance para novos cortes

Parte dos agentes do mercado esperava um endurecimento na postura da autarquia após a escalada dos temores fiscais desde a última reunião do Comitê de Política Monetária, em 16 e 17 de setembro. O BC, contudo, não fez nenhuma menção mais concreta ao tema.

"O BC ontem (...) optou por manter não somente o forward guidance de política monetária, ou seja, mantendo a perspectiva de não elevação dos juros por um período relativamente indeterminado, como manteve a porta aberta a possíveis cortes na taxa, apesar da brusca mudança de cenário recente", escreveu Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

"O Banco Central (...) de certa maneira despreza no contexto geral a total incerteza de um cenário fiscal desafiador, que depende de uma conjunção política que se mostra igualmente desafiadora", completou.

ENTREVISTA: 'Juro a 2% é insustentável, mas não se sabe como o BC sai da arapuca'

Entre os principais riscos fiscais projetados pelos mercados, o que tem dominado as preocupações dos investidores é a possibilidade de que o governo fure o teto de gastos para financiar seu novo projeto de auxílio econômico, batizado de Renda Cidadã.

© Reuters. (Blank Headline Received)

O dólar acumula alta de quase 44% contra o real em 2020.

Na véspera, o dólar spot teve alta de 1,42%, a 5,7633 reais, máxima de encerramento desde 15 de maio (5,8392).

O Banco Central fará nesta sessão leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em abril e agosto de 2021.

Últimos comentários

Parabéns aos envolvidos que diziam que era só a Dilma sair para o dólar cair.
Será que vai repetir as quedas de março?
Chutometro: no mundo é pouco provável pelo motivo Covid19, mas no Brasil, com problemas fiscais e politicos, a chance é bem maior. Como o mundo todo saiu endividado da crise, é provavel que tenha algum abalo em breve.
Na realidade , não temos um ministro da economia comprometido com o Brasil, mas sim, uma pessoa querendo comparar a nossa economia com a americana. Um erro que nos custará muito caro.
Quem sabe no Natal o Papai Noel explica para o BCo motivo do real ser a moeda mas desvalorizada no mundo e. 2020. Enquanto isso o estagiário do Jegues na estatal BC segue procurando o motivo.
rsrsrsrsrsrs boa
lol fujam pata as montanhas. ESTE dólar subiu tanto q ano q vem vai cair feiyo meteoro. qdo esta mídia ver q este vírus já era. cuidado nunca é demais
Pq fugir pra montanha? Com juros baixos, pode cair chuva de meteoro que o dolar nao vai baixar.Sabe de nada inocente
Trevas!!!BC ignora o Mercado!
BC, Tá apenas fingindo de louco
Trevas!!!
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