Investing.com - A confiança do consumidor norte-americano inesperadamente subiu em março, de acordo com um relatório publicado nesta sexta-feira.
A publicação preliminar dos dados deste mês do Centro de Estudos do Consumidor da Universidade de Michigan mostrou que a percepção do consumidor subiu para 102,0 no mês passado.
Isso se compara à leitura de 99,7 em fevereiro.
Analistas previam que essa leitura cairia para 99,3.
O índice de condições atuais subiu para 112,8 em março a partir de 114,9 anteriormente.
Economistas previam que o índice cairia para 114,5.
Além disso, o índice de expectativas do consumidor caiu para 88,6 em março a partir da leitura prévia de 90,0.
O consenso previa uma queda para apenas 89,8.
Enquanto isso, as expectativas de inflação para os próximos 12 meses subiram para 2,9% a partir de 2,7%, ao passo que a métrica para cinco anos ficou inalterada em 2,5%.
Richard Curtin, economista-chefe, observou que a leitora sobre a percepção dos consumidores atingiu seu nível mais alto desde 2004 devido a uma nova avaliação em nível máximo histórico das condições econômicas atuais.
"Todos os ganhos no Índice de Percepção estavam entre famílias com renda no terço inferior (+15,7), ao passo que as avaliações dos que possuem renda no terço superior registraram queda significativa no mês (-7,3)", Curtin afirmou no relatório.
A queda entre consumidores de renda mais alta se concentrou na perspectiva para a economia e em suas finanças pessoais", explicou o economista.
O relatório revelou que menções favoráveis à legislação de reforma tributária foram neutralizadas por referências desfavoráveis às tarifas sobre o aço e o alumínio; cada uma destes itens foi citado espontaneamente por um em cada cinco consumidores.
A respeito da estabilidade de preços, as expectativas de curto prazo para a inflação saltaram ao maior nível em vários anos, ao passo que as taxas de juros deverão subir em sua maior proporção desde 2004.
"Essas tendências levaram consumidores a citarem de forma mais favorável as compras e também o crédito antes dos aumentos esperados", mencionou Curtin.
"Embora os ganhos de renda ainda sejam esperados, o estudo de março descobriu que o tamanho do aumento esperado na renda voltou aos níveis mínimos registrados no ano passado", acrescentou ele.
Curtin observou que, entre as famílias que ocupam o terço superior em termos de renda, as expectativas de rendimentos caíram mais e as expectativas de inflação subiram mais.
"Como essas famílias representam mais da metade de todos os gastos dos consumidores, os dados sugerem que a calma relativa em termos de consumo no primeiro trimestre poderá persistir por mais um trimestre", concluiu Curtin.