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Após 'onda' de devoluções, total de escritórios disponíveis em SP sobe

Publicado 15.02.2021, 10:02
Atualizado 17.02.2021, 10:35
© Reuters.  Após 'onda' de devoluções, total de escritórios disponíveis em SP sobe

© Reuters. Após 'onda' de devoluções, total de escritórios disponíveis em SP sobe

À medida que o home office foi adotado pelas empresas na esteira dos primeiros casos de covid-19, uma pergunta se impôs no mundo corporativo em 2020: qual será o destino dos prédios de escritórios que abrigavam as empresas? Neste início de 2021, com a pandemia prestes a completar 12 meses, a resposta a essa questão parece já estar clara. A onda de devoluções de escritórios já começou e, segundo especialistas no setor imobiliário, deverá se agravar neste ano.

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O movimento das empresas se reflete diretamente nos dados deste mercado. De acordo com a empresa americana especializada em imóveis corporativos JLL, a taxa de disponibilidade de espaços em edifício corporativos saltou 50% do primeiro para o último trimestre do ano passado: o total de imóveis do tipo sem inquilino, que era de 13,6% entre janeiro a março, no pré-pandemia, fechou 2020 acima dos 20%.

E a própria JLL avisa, em seu mais recente relatório, que a situação tende a se agravar neste ano, tanto pela adoção massiva do home office quanto pela contínua inauguração de novos edifícios em São Paulo - o mercado que serve de termômetro para a situação em todo o País deve ampliar a oferta de espaços corporativos em mais de 200 mil m² em 2021. E há capitais em situação pior: no Rio de Janeiro, a taxa de vacância chega a 40%.

A "onda" de devoluções de escritórios é generalizada. Inclui grupos tradicionais - como a companhia aérea Latam (SN:LTM) e bancos como o Itaú Unibanco (SA:ITUB4) e o Banco do Brasil (SA:BBAS3) - e se espalha, em efeito cascata, por negócios de médio porte. Um aspecto está claro: a vida profissional no pós-pandemia vai ter um componente forte de home office.

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Segundo Roberto Patiño, diretor da JLL, um terço da força de trabalho da área corporativa, em média, deve trabalhar prioritariamente de casa - ele baseia a previsão em conversas que tem tido com empresas. Em negócios que não dependem tanto da interação com o cliente, o corte dos espaços físicos pode ser mais radical. Nas últimas semanas, o Estadão conversou com empresas que já reduziram seus escritórios em 40%, 50% e até 100%.

Segundo Patiño, além de devolverem escritórios, as empresas também vão revisar espaços: logo, os donos de prédios corporativos, que apostavam em grandes metragens para empresas de renome, terão de mudar de tática: isso porque, com boa parte das equipes trabalhando em home office, haverá cada vez mais demanda por espaços de trabalho flexíveis, e não apenas no modelo de compartilhamento ofertado por empresas como a WeWork.

Algumas companhias que já começaram a reduzir espaços estão adaptando as antigas estruturas para transformar as antigas estações de trabalho individuais em ambientes compartilhados. É o caso do banco BMG (SA:BMGB4), que tem 1,1 mil funcionários. Segundo Alexandre Winandy, diretor de transformação organizacional, a instituição abriu mão de 33% do espaço que aluga em uma das regiões mais caras da capital paulista: a Avenida JK, no Itaim.

Agora, um dos andares está sendo adaptado para receber salas de reuniões híbridas, cabines para chamadas telefônicas e armários para que as pessoas guardem seus pertences - que deverão ser recolhidos ao fim de cada dia. Winandy diz que a decisão de partir para a reforma do escritório, que deve ficar pronto em maio, foi apoiada por pesquisas que mostram satisfação de 94% dos trabalhadores com o home office.

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Economia com aluguel

Na Afferolab, consultoria de educação corporativa com 350 funcionários, a maior parte dos escritórios virou coisa do passado: com equipes no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Juiz de Fora (MG), a empresa estava relativamente adiantada em relação ao home office antes da pandemia, pois permitia que seus colaboradores ficassem um dia por semana em casa. "Mas havia certa resistência da liderança, que operava no modo 'comando controle'", diz Leonardo Bar, presidente da companhia.

Com a redução dos negócios na pandemia, uma vez que boa parte das empresas cortou custos com treinamentos, o home office virou não apenas uma forma de organização válida para a Afferolab, mas também uma opção de redução de custos para "segurar" demissões. Por isso, o escritório do Rio foi fechado, enquanto o paulistano acabou reduzido à metade. A economia anual? Cerca de R$ 1,2 milhão.

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Home office

Foi na Quarta-Feira de Cinzas, em 26 de fevereiro do ano passado, que a consultoria LacLaw mudou para seu novo escritório. Após fechar contrato em janeiro e de um curto período de reforma, a empresa ampliou seu espaço corporativo de 300 para 570 m². Três semanas depois, veio o lockdown - e a LacLaw, que nunca tinha trabalhado remotamente antes e nem tinha planos de fazê-lo, foi "jogada" no home office.

Em meio às mudanças na cobrança de impostos instituídas pelo governo durante a pandemia, a empresa teve de ampliar o total de funcionários para dar conta da demanda: passou de 68 para 100 colaboradores, entre março de 2020 e janeiro de 2021. Enquanto isso, o andar locado na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, continuou vazio. O "escritório dos sonhos" terminou por ser abandonado.

"Resolvemos devolver o imóvel para fazer uma reserva de caixa", diz Flávio Lopes de Almeida, sócio da LacLaw. "O aluguel representava 20% dos nossos custos - e hoje o custo é zero." O consultor não descarta o aluguel de um novo escritório em um futuro pós-vacina. Mas adianta que ele será adaptado à nova realidade da empresa. Ou seja: será muito menor do que o anterior.

Outra empresa que optou pelo mesmo caminho foi a startup de tecnologia Blu, que devolveu 100% do espaço que ocupava - zerando custos com aluguéis. "Nós nos perguntamos: será que o nosso negócio funciona nesse modelo? E a resposta foi sim: ele até melhora", diz Luís Marinho, cofundador da Blu. A decisão de fechar os escritórios - que o executivo acredita ser permanente - veio diante da reação da equipe, que hoje tem 400 pessoas, à reabertura temporária dos escritórios, ainda em 2020: "A demanda foi zero."

Já a empresa de tecnologia FS Security, decidiu ficar no meio do caminho. Percebeu que poderia acomodar seus 125 funcionários - o mesmo número do início de 2020 - em um espaço menor: por isso, reduziu a área locada em 50%. "Não foi difícil fazer a companhia funcionar no home office. Mas acreditamos que ainda é importante ter um espaço para ideação de soluções. Esse é um processo muito mais rico quando feito de forma presencial", diz Carlos Alberto Landim, presidente da companhia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

A profissão do futuro será o psicologo pois com tanta gente ficando doida trabalhando de casa e tretando com esposa e filhos e, não tendo vida social e happy hour não é brincadeira kkk O chefe não leva mais a secretaria pra “almoçar”, o funcionário não fará mais “happy hour” no motel com a colega de serviço kkk é o caos kkk
Nao entendo como as empresas um dia acharam que pagar aluguel valeria a pena ao inves de ter sede propria ,selecao de profissionais que residam proximos a empresa, eh gente atravessando a cidade daqui pra la e de la pra ca o tempo todo, a relacao interpessoal eh bastante importante pro convivio humano. Daqui uns anos teremos um bando de pessoas introvertidas e sem capacidade de dividir e receber ideias novas e lidar com o consenso.
Acredito que no home office as pessoas tem mais tempo para sí, também mais qualidade com esse tempo. Aqui em casa minha esposa comecou o home office com a pandemia e desde que começou ela pode escolher melhor o horário para trabalhar aproveitando melhor o dia. E também ela pode fracionar o trabalho se dedicando 3h ao trabalho, depois saindo para fazer alguma coisa pessoal e depois voltando e trabalhando mais 4h. Acho que com essa flexibilidade as pessoas vao poder sair mais e se relacionar mais, talvez aconteça ao contrário do que vc disse...
Anos de exploracão nada mais justo que se fuderem agora
eu que sou da área de TI já falava disso no café bem antes de pandemia.O próximo passo é a Globalização da mão de obra, porquê viver na capital se posso morar na praia, ou no campo? Que tal contratar mão de obra de outro país?
a bolha do Black mirror...vai muita gente adoecer, a primeira é das vistas...viver na frente de uma máquina...até comer uma put@ é por chamada de vídeo...
os famosos centro de serviços compartilhados hospedados em países cujo a mão de obra é mais barato estão ai há algum tempo - no México onde a mão de obra é 40% mais barato vs Brasil, por exemplo.
os famosos centro de serviços compartilhados hospedados em países cujo a mão de obra é mais barato estão ai há algum tempo - no México onde a mão de obra é 40% mais barato vs Brasil, por exemplo.
AGORA QUE VIRAM ISSO???? EU JÁ VIA ESTA SITUAÇÃO DESDE AGOSTO DE 2020, VISÃO ATRASADA ESSA??
Ual
nossa cabra bão
temos um mago aqui
nao é hora de investir em fundos imobiliários que gerem receitas mensais,como é o caso do investimento imobiliário com retorno mensal em conta ,corretora.muito simples de entender ,o dinheiro colocado em investimento por tijolo va8 na maioria das vezes parar em prédios comerciais
o correto é deixarão, e não deixaram. Fica a dica!
 kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
uma coisa é certa de fundo Imobiliário voce entende bem pouco ou quase nada !
doria ja morreu ???
quem sabe da uma diminuída nos alugueis que estavam olhos da cara.
Vai comprando FII de laje corporativa.....     KKK
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